quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A imbatível força do boca a boca.

É a ação mais efetiva que uma marca pode almejar entre todo o espectro de alternativas.
Há uma verdade eterna em comunicação de marketing que não pode nem ser esquecida nem minimizada, apesar da imensa quantidade de instrumentos, mídias, canais e formatos hoje disponíveis para serem utilizados pelas marcas em todas as suas fases de vida. É o boca a boca (word of mouth, em inglês), que continua a ser essencial e a manter uma força imbatível, sendo a ação mais efetiva que uma marca pode almejar entre todo o espectro de alternativas com as quais pode contar.
O boca a boca é poderoso, seja no início do funil de compra, no momento do primeiro contato com a marca ou de consideração de compra de marca já conhecida, seja no final do processo, no momento de opção pela marca específica. Vale tanto para produtos e serviços locais de compra esporádica ou única como para marcas nacionais de alto consumo regular. O boca a boca, no entanto, não é algo que se possa obter diretamente, pois funciona melhor quanto mais espontâneo e indireto seja, pois depende das convicções mais profundas da pessoa comum – às vezes nem mesmo um/a consumidor/a – e de sua disposição de impactar outras pessoas.
Para se gerar o boca a’ boca de fato e poderoso, as marcas precisam combinar diferentes ações em diferentes momentos, como a publicidade em geral, incluindo diversas formas de merchandising nas mídias; os efeitos cumulativos da reputação junto a variados públicos; a experiência decorrente do uso do produto ou serviço em si; as matérias nas mídias tradicionais; e, não menos importante, os vários tipos de menções nas mídias digitais. E tudo isso, como se sabe, leva tempo.
Mas, apesar da importância crescente do digital, não se pode cair na ilusão de que essas mídias podem ser atalhos e aceleradores do processo. E aquilo que pedia paciência e esforços indiretos para se alcançar agora seria possível de ser obtido de forma rápida e direta. Os consumidores não são bobos e separam muito bem as respostas ao searching de caráter comercial das informativas, bem como as provenientes de outros consumidores; assim como as manifestações espontâneas dos diversos formatos digitais pagos.
Dessa forma, os chamados digital influencers, por exemplo, são mais uma opção para tecer a estrutura do boca em boca e não uma substituição mais rápida e direta a esse processo. As marcas que não entenderem essa realidade correm o risco não apenas de se desiludirem, mas de abrir a guarda para suas concorrentes que continuam fazendo as coisas como devem ser feitas, de modo a alcançar uma posição não apenas destacável por um momento, mas sustentável no tempo. Para se ter uma noção mais precisa das forças que se somam na construção do boca a boca, vale analisar os efeitos em termos de credibilidade decorrentes da publicidade nas diversas mídias. Os dados foram levantados em julho de 2017 no mercado norte-americano, pela empresa de pesquisa MarketingSherpa, mas podem ser extrapolados para o nosso mercado e outros semelhantes, pois a natureza das crenças e o comportamento dos consumidores têm características universais.
A credibilidade média decorrente de anúncios em jornais e revistas é de 82%, na avaliação dos consumidores, que colocam esse formato no topo do ranking da credibilidade. É seguida pelos comerciais em TV, com 80%; dos comerciais em rádio, com 71%; e as peças em outdoors, com 69%.
Em patamares inferiores estão a credibilidade de inserções em mecanismos de searching, com 61%; em vídeos publicitários pre-roll (que são veiculados antes do conteúdo buscado pelas pessoas), que é de 46%; das inserções em mídias sociais, com 43%; dos banners na internet convencional e das inserções em mobile, com 39%; e dos pop-ups nas páginas digitais, com apenas 25%.
Fonte: Rafael Sampaio, consultor em propaganda, para PropMark

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O que move a mulher empreendedora na América Latina

Claudia Colaferro e Flavia Spinelli (Crédito: Arthur Nobre)

Grupo DAN divulga estudo inédito sobre o empreendedorismo feminino na região e, no Brasil, dá início a um programa de financiamento de projetos.

A participação das mulheres na força de trabalho é assunto que virou pauta do G20 em 2014. Na ocasião, a cúpula do grupo fez um comprometimento de reduzir em 25% a discrepância nas taxas de presença de homens e mulheres empregados até 2025. Em 2017, mesmo em meio à ascensão de debates sobre equiparação de salários e condições mais justas de trabalho para todos os gêneros, o índice de participação na força de trabalho global para as mulheres é de 49%, enquanto a dos homens é de 76%. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, a porcentagem permanecerá inalterada em 2018.
Com o intuito de contribuir para uma mudança de cenário para que as mulheres passem a ocupar cada vez mais empregos e, mais do que isso, sejam chefes de seus próprios negócios, a Dentsu Aegis Network acaba de divulgar o estudo “Hear Her Voice”, que traça o perfil das empreendedoras na América Latina, mais precisamente no Brasil, Argentina, Colômbia e México. O material, resultado de mais de mil entrevistas com mulheres com idade entre 18 a 54 anos – 200 argentinas, 378 brasileiras, 208 colombianas e 225 mexicanas –, mais o monitoramento de mais de 153 mil perfis e menções sobre o tema nas redes, esmiuça as áreas de atuação dessas mulheres e quais são as principais motivações e desafios envolvendo seus negócios.
A Dentsu Aegis já havia feito esse estudo, mas na Ásia. A decisão de fazer a versão latino-americana veio, segundo Claudia Colaferro, presidente da Dentsu Aegis Network Latam, depois que a equipe traçou paralelos entre os desafios enfrentados pelas asiáticas e pelas latinas, ainda que consideradas as diferenças culturais. O Hear Her Voice Latam comprovou que as dificuldades são as mesmas. Há, por exemplo, uma dificuldade geral para conseguir financiamento: somente 5% das entrevistadas receberam ajuda financeira de bancos ou outras instituições para erguer seus negócios. Um segundo ponto comum é a concentração de esforços em torno de segmentos tradicionalmente ligados universo feminino, como cosméticos, cuidados pessoais, roupas e acessórios. Em terceiro, falta coaching para que elas consigam ultrapassar barreiras e fazer o negócio prosperar. E é justamente nessas três áreas que a DAN deseja entrar por meio de sua expertise em comunicação digital, capacitando os negócios dessas mulheres.
Segundo o estudo, os maiores entraves para as mulheres consultadas são: demora para a entrada de lucro (26%), trabalhar sozinha na operação (22%), trabalhar em outro emprego para conseguir ganhar dinheiro suficiente (20%) e dificuldade em encontrar pessoas com capacitações necessárias (19%).
Além de detalhar a atuação dessas mulheres, o estudo conseguiu verificar de que maneira a tecnologia está presente nos negócios delas, seja por meio da divulgação de produtos e serviços nas redes sociais, na venda de produtos e nas transações, ainda que meios de pagamento como o PayPal ainda sejam pouco difundidos na região. Para 82% das brasileiras ouvidas, as plataformas sociais ajudam nos negócios, principalmente o WhatsApp. No entanto, elas ainda estão atrás das outras colegas latinas quando ao uso do celular nos negócios: no México, o aparelho é essencial para as vendas de 38% das mulheres, enquanto no Brasil a afirmação é verdadeira para 23% delas. “Além de a gente ter diagnosticado como o digital ajuda em cada uma das áreas, trouxe um caminho para que a gente, como grupo, percebesse que temos potencial para ajudar nessa transformação”, diz Flavia Spinelli, vice-presidente de planejamento do Dentsu Creative Group.
A holding então decidiu então dar início a um plano de ação por meio de um projeto piloto que identificou projetos de jovens empreendedores da periferia de São Paulo que já estavam em andamento, mas que precisavam de estímulo e orientação para evoluir. De junho a setembro, às terças e quintas, o DAN mobilizou cerca de 50 funcionários para participar de um curso de capacitação com o objetivo de guiar 16 empreendedores em aspectos como estruturação e criação de um plano de negócio e construção de propósito. “Nosso potencial enquanto grupo não é somente o de transmitir nosso conhecimento em comunicação, mas de criar redes para fortalecer esses projetos”, comenta Flavia. Hoje, uma rede de 160 pessoas colabora com esses trabalhos, que inclui não somente profissionais de agências, mas profissionais de coaching e professores de inglês, por exemplo. Tem ocorrido, inclusive, a colaboração entre os participantes do projeto piloto, confirmando um dado do estudo que aponta o senso de coletividade entre as mulheres: 94% estão dispostas a orientar mulheres que desejam se tornar empreendedoras no futuro.
Um dos principais saltos promovidos pelo programa foi a questão ferramental do digital. De acordo com Claudia, a finalização das negociações das empreendedoras ainda ocorria predominantemente no meio físico. “Isso limita, porque se conseguisse finalizar pelo digital o crescimento seria exponencial. Como rede de agências digitais, conseguimos transformar isso”, diz.
Ao final do programa, os 16 participantes fizeram uma apresentação em forma de pitch com duração de sete minutos. Em 2018, além de continuar oferecendo treinamento, o DAN irá financiar alguns projetos a serem selecionados nos próximos meses. “Tínhamos que fundamentar esse projeto no piloto e, a partir de agora, obtivemos apoio de Américas para investimento porque esse programa se encaixa na proposta estratégica do grupo de tomar ações para melhorar o cenário da diversidade”. A executiva também deixa claro que o projeto é de código aberto e pode ser utilizado por qualquer agência ou empresa. Os interessados em participar do projeto podem escrever para queroinovar@dentsuaegis.com.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Pesquisa Comportamento do Consumidor - A Ferramenta para o Sucesso.

É bastante comum que as empresas, em seu processo de planejamento, necessitem entender ou rever como o consumidor de seus produtos ou serviços pensam ao fazer sua compra naquela categoria, ao contrastar o produto ou serviço ofertado com o dos concorrentes, ou mesmo investigar como se comportam diante de uma nova peça de comunicação.  O serviço de pesquisa Comportamento do Consumidor é um produto completo que utiliza métodos quantitativos e qualitativos, podendo ser de caráter exploratório ou descritivo.
Utiliza como principais métodos de pesquisa:
  • Prospecção de dados primários e secundários;
  • Pesquisa quantitativa de opinião, comportamento e tendências;
  • Coleta de dados com grupos de enfoque, observação no local de compra e/ou entrevistas (questionários em profundidade ou semiprofundidade).
A pesquisa define:
  • o comportamento do consumidor para uma categoria específica de produto;
  • atendimento ou não aos requisitos planejados na materialização do produto e da comunicação;
  • análise comparativa envolvendo posicionamento do produto diante da concorrência preexistente. 
Principais vantagens do Serviço de Pesquisa de Comportamento do Consumidor:
  1. Evita equívocos no lançamento de produtos;
  2. Oferece maior assertividade ao processo de planejamento;
  3. Instrumentaliza o processo de planejamento do novo produto/serviço;
  4. Evita erros no desenvolvimento do produto;
  5. Evita erros no desenvolvimento da comunicação;
  6. Apresenta a forma como o consumidor decide sua compra e como o produto/serviço é assimilado;
  7. Identifica e hierarquiza os valores do consumidor.
  • Saiba onde você pode utilizar a pesquisa de Comportamento do Consumidor.

  • Lançamento de Produtos: 
Para lançar um produto com sucesso, pesquisar é essencial e não podemos ignorar as reações geradas pelo lançamento de um novo produto.
O Lançamento de Produtos é uma ferramenta que verifica, por meio de testes, como o consumidor relaciona-se com o novo produto, interpretando as mensagens nele contidas, a adequação à forma de uso, ao estilo de vida e à classe social, bem como a existência de mensagens não planejadas.
Por meio de análise comparativa, o Lançamento de Produtos verifica o correto posicionamento de marca e preços, analisando criticamente o posicionamento planejado e o resultado materializado.
  • Redefinição de estratégias: 
Durante o ciclo de vida de um produto ou serviço, é sempre importante reavaliar as estratégias do composto de marketing (produto, distribuição, preço, propaganda), o posicionamento de mercado e a segmentação.
Para tanto, é fundamental aprofundar os conhecimentos sobre o comportamento do consumidor e assumir uma postura que possibilite a quebra de paradigmas e crenças pré-existentes sobre o mercado, o produto e o comprador.
Alimentada das informações de uma nova investigação, que retrata o status atual do produto, sua empresa estará segura.
Foco no novo consumidor
Um dos maiores desafios para as empresas nos dias atuais é obter uma compreensão sobre o "Novo Consumidor", que é fruto da grande transformação digital pela qual passamos. O consumidor mudou e passou a exigir cada vez mais das empresas, inclusive transparência em suas práticas. Estamos vivenciando uma grande mudança de paradigma e uma aceleração da complexidade nas relações entre consumidores e empresas. 
Se a sua empresa está vivenciando a necessidade de melhor entender o comportamento do seu consumidor, procure a Grupom! São mais de 45 anos dedicados ao estudo do comportamento de mercado e de consumidores.
Por equipe Grupom.


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Comércio Digital: estudo aponta novas tendências.

Nos próximos 10 anos, 90% do crescimento da indústria será impulsionado por companhias que investem no engajamento com o seu cliente final.


Relacionamento próximo e verdadeiro com o cliente. Este será o grande diferencial entre as empresas inovadoras e bem sucedidas daquelas que estão lutando apenas para se manter no mercado. Essa é uma das previsões mais importantes que aparecem no 8º Relatório Anual de Vendas e Marketing (8th Annual Sales & Marketing Report 2017), produzido pela Consumer Goods Technology (CGT) em parceria com a IDC.
 
Pode parecer clichê afirmar algo aparentemente “tão banal”, mas como o próprio editor Chefe da CGT, Peter Breen, comenta no início do relatório, “a indústria como um todo, com frequência, tem se distanciado do usuário final e focado mais nos aspectos de produção do que na satisfação do cliente”.
 
A pesquisa aponta que, nos próximos 10 anos, 90% do crescimento da indústria será impulsionado por companhias que investem no engajamento com o seu cliente final. Isso mostra como, mais do que nunca, o poder está na mão do cliente. Ter as melhores estratégias de marketing e vendas será crucial.  
 
Hoje os consumidores são hiperconectados e empoderados. Desejam ter sua voz ouvida e optam por produtos que realmente façam sentido. A melhor forma de entender e atender estes clientes é investir na transformação digital. Os consumidores são a força que impulsiona a indústria, por isso eles precisam ser percebidos como a prioridade de qualquer negócio.
 
Apesar de falarmos muito sobre transformação digital e inovação, não podemos perder de vista que a maior parte dos produtos comercializados no mundo ainda passam pelos canais de vendas mais tradicionais. Mesmo que essa parcela esteja diminuindo frente às vendas on-line, é essencial garantir que ainda exista esse canal e que ele funcione totalmente adaptado à necessidade dos novos clientes.
 
A melhor performance para as transações comerciais depende da união de gestão de qualidade, efetividade das vendas e otimização para o futuro. Dessa forma, você melhora suas vendas hoje, já pensando no crescimento de amanhã. Para chegar a este nível de maturidade, o setor tem apostado em diferentes tecnologias. Internet das Coisas, mobilidade, análise de dados e Social Business são algumas delas.
 
Novas tecnologias
É interessante observar como cada grupo valoriza as tecnologias de modos diferentes. Em sua pesquisa, o IDC pediu para que os fabricantes apontassem qual tecnologia era mais determinante na sua estratégia de relacionamento com o varejo. Analytics foi apontado por 50% como muito importante. Em seguida temos a mobilidade para trabalhos em campo, com 9%. Social Business aparece com 5% e  Internet das Coisas, com 2%.

O fato do Social Business e a IoT aparecerem com números relativamente pequenos pode indicar que os empresários não veem ainda como essas tecnologias podem alterar o rumo dos seus negócios. Mas, em pouco tempo, estes números devem mudar.
 
A captação de dados, para serem analisados via Big Data e Business Intelligence, já existe hoje e apresenta uma possibilidade de crescimento exponencial. Mas apenas captar o dado não leva a lugar algum. É preciso investir em qualidade de captação e interpretação. Senão, em pouco tempo estaremos capturando milhões de dados que serão simplesmente descartados. Isso é um desperdício de tempo, trabalho e dinheiro.
 
Vendas diretas ao consumidor
Em 2016, o IDC perguntou sobre as principais áreas de mudanças nas grandes empresas e a resposta nº1 foi a aposta em vendas diretas para o consumidor. A venda direta permite ao fabricante uma relação mais próxima com o cliente, pois ele tem acesso a jornada de compra como um todo. Além disso, se tiver o conhecimento necessário, ele pode investir em melhorias para a experiência de compra e visibilidade da marca. Dessa forma, os clientes ficam satisfeitos e as empresas conseguem aumentar suas vendas. 
 
Essa situação pode causar certo desconforto entre fabricantes e varejistas. A questão, porém, é que ser fabricante ainda não é sinônimo de ter um preço menor ou uma melhor experiência de venda. Os dois tipos de vendas ainda devem coexistir por algum tempo.
 
Essa ainda não é uma tendência confirmada. As pessoas mudaram muito a forma como compram coisas, então a principal sugestão deste estudo é que as fabricantes modernizem suas operações e se preparem, o mais rápido possível, para um mundo omnichannel.
 
 
Superando as expectativas dos clientes
A empresa que apenas atender a demanda do cliente vai ficar para trás. Hoje temos consumidores muito mais antenados e cientes de sua importância. Por isso, é preciso exceder as suas expectativas, atendendo as necessidades que eles sequer sabiam que existia.
 
A grande missão digital para as empresas agora é criar experiências de engajamento em grande escala. As expectativas e necessidades dos clientes e revendedores devem servir como um norte para as inovações de mercado. Mas como será a implementação dessas novidades e sua eficiência é que determinará a lucratividade e competitividade de cada empresa.
 
Relacionamento com o cliente, engajamento, consumidores hiperconectados. Todas as ações das empresas precisam voltar a girar em torno dos clientes para o mercado crescer. E para isso, as novas tecnologias digitais como a mobilidade e a garantia de ter as informações na ponta dos dedos na frente do cliente, serão fundamentais. O que hoje, para alguns empresários ainda é “uma série de nomes complicados”, em pouquíssimo tempo será determinante para a sobrevivência em qualquer setor, o que demonstra a importância do alinhamento estratégico entre as áreas de negócios.
 

Fonte: Por Sandra Vaz, Chief of Sales & Marketing da MC1 Win The Market para o site CIO

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Sociedade hiperconectada intensifica medos.

FCB, Quantas e Coletivo Tsuru mapearam os principais medos dos brasileiros e novas preocupações motivadas pelo consumo de mídia.


Enfrentar algum problema sério com os filhos, perder o emprego, voar de avião ou ser atacado por abelhas: seja qual for o seu maior medo, ele faz parte de construções que acompanham a evolução da humanidade e das tecnologias. As redes sociais e a sociedade hiperconectada na última década, no entanto, são responsáveis por reformular medos que já existem, conforme aponta um novo estudo da FCB.

O estudo “Os Medos que Pairam sobre Nós” foi realizado em agosto deste ano em parceria com os institutos de pesquisa Quantas e Coletivo Tsuru, e identificou que 78% dos brasileiros têm muito medo de fracassar, 54% têm medo do julgamento dos outros e 52% têm medo de falar o que pensam. Tais índices  quase se equiparam a medos comuns e socialmente aceitos, como o medo de avião e medo de perder o filho – com 54% e 51% de incidência, respectivamente.

O estudo foi feito em três etapas em todas as regiões do Brasil, com respondentes das classes ABC, com mais de 13 anos: 50 entrevistas presenciais, questionário aberto online com 230 pessoas e mais 2.088 respostas quantitativas online.

O levantamento qualitativo também notou um aumento na incidência de medos relacionados à experiência social e consumo de informação em rede: medo de fracassar, de não ser bem sucedido como pai ou mãe, de não ser feliz ou de mudar de carreira são cada vez mais comuns. Para 23% dos entrevistados, enfrentar algo novo é um medo constante.‌

O estudo dividiu os medos em blocos. Parte deles são categorizados como fruto da “sociedade de telas” e da sociedade do espetáculo, onde as relações são sempre intermediadas por telas. Pedro Cruz, COO e CCO da FCB Brasil, afirma que esse cenário fomenta o medo da artificialidade, a amplificação das experiências e a pressão pela felicidade.

“As telas e redes sociais nos colocam dentro deste movimento de julgar e ser julgado o tempo todo. As pessoas se divertem, têm medo e ficam ansiosas por causa disso. Esse contexto evidencia nossas inseguranças de um jeito inédito, já que falhar na frente dos outros no ambiente digital é falhar diante de todos, seja dos seus amigos ou da sua avó. Não existem mais fronteiras, e então todo mundo começa a ser forçado a se comportar dentro de um padrão. Estes medos reinventam o que é ser normal”, disse ele durante o evento de lançamento da pesquisa nesta quarta-feira, 22.

A criação de novos parâmetros de normalidade fazem com que coisas simples, como deixar a bateria do celular acabar ou não ter determinado número de interações em uma foto postada se torne uma nova espécie de fobia. No Brasil, país onde a cultura das redes sociais é mais forte do que a média mundial, a linha entre o público e o privado fica ainda mais tênue, segundo o executivo.

Na pesquisa qualitativa, a abundância de informação, disponível o tempo todo, também foi apontada como fator que contribui para o medo do desconhecido, de não ter respiro e de não ter critérios para definir o que é importante na vida. Pedro afirma que a sensação de FOMO (fear of missing out, em inglês) é consequência disso. Também há medos resultantes da queda na credibilidade instituições tradicionais, que deixam os indivíduos sem referências.

Redes sociais: ajudam ou atrapalham?


Ao analisar marcas de bancos, automóveis, telecom, internet e seguros e cuidados pessoais, o estudo constatou que as empresas ligadas à internet, paradoxalmente, são as que mais ajudam consumidores a superar seus medos.

Foram computadas opiniões em relação a Google, Youtube, Twitter, Instagram e Facebook, e a constatação é de que tais plataformas ajudam usuários a celebrar datas importantes, criar oportunidades, entender o que está acontecendo no mundo e a levar a vida com mais leveza e bom humor. Apesar disso, nenhuma delas ajuda as pessoas a se sentir mais protegidas, ter coragem para assumir erros, sentir-se poderoso ou apoiado, segundo o levantamento.

“Nenhuma das plataformas digitais consegue significar algo para pessoas dentro dessas medidas. Pessoas físicas e jurídicas terão que ser mais competentes pra lidar com estes fatores. Cabe às marcas, de maneira geral, um papel importante para ajudar a tirar os medos das pessoas, e neste mundo de ansiedade, elas depositam uma enorme esperança em produtos e serviços”, avalia Pedro.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Identificar os consumidores é o próximo passo do varejo físico.

Tão importante quanto a inovação é a possibilidade de trabalhar cada cliente de forma customizada.


Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), corrigiu sua expectativa de crescimento para o varejo físico em 2017. A previsão inicial, divulgada no começo do ano, era de alta de 1,2%. Devido ao cenário favorável nas datas sazonais recentes, o número de vendas em lojas físicas foi acima do esperado, fazendo a estimativa subir para 1,5%. Enquanto isso, no ambiente digital, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) faz projeção de alta de 11% para o e-commerce nacional, um cenário impulsionado por ofertas personalizadas e ações que induzem o cliente a adquirir um produto ou serviço.
Uma das principais facilidades encontradas no comércio eletrônico é poder mensurar a quantia de visitantes e quais as páginas mais acessadas do site. Por outro lado, as lojas do varejo físico tinham dificuldades em quantificar esse tipo de número, o que pode ser crucial para uma boa definição de estratégias comerciais.
No entanto, o mundo está mudando. Atualmente, já existem diversas ferramentas que permitem aos lojistas a coleta de dados referente a quantidade de visitantes, se estão indo ao estabelecimento pela primeira vez ou não, quanto tempo ficaram e quais setores estão atraindo mais público. Dessa forma, o varejo físico deu um grande salto no número de oportunidades e de proximidade com o ambiente digital.
O próximo passo para alcançar o e-commerce, tendo em vista as possibilidades de inovação, é ser capaz de identificar os clientes nas lojas físicas, algo que já ocorre no virtual há bastante tempo e que permite ações como as de remarketing, que oferece benefícios para cada consumidor individualmente, aproximando a marca do público.
O grande desafio do varejo é melhorar a experiência de compra. Muito se investe em lojas conceituais, provadores que utilizam dispositivos tecnológicos e outras ações de omni-channel. Mas tão importante quanto a inovação é a possibilidade de trabalhar cada cliente de forma customizada. Identificar seu nome, idade e gênero e conhecer seu histórico nas visitas anteriores, o que comprou ou quantas vezes deixou o estabelecimento sem comprar nada, são informações valiosas para uma abordagem mais personalizada e relevante.
Em um mundo onde as ferramentas digitais estão cada vez mais unidas ao cenário real, ser disruptivo é saber utilizar a tecnologia para ampliar as estratégias dos negócios e também otimizar as tarefas cotidianas nos mais variados aspectos.

Fonte: Walter Sabini Junior, sócio-fundador da FX Retail Analytics para CIO

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A pesquisa Black Friday 2017 de O Popular, feita pela Grupom, está na edição de 22/11 do periódico e também aqui no nosso Blog. Confira.


Pesquisa revela que 30% dos jovens brasileiros estão desempregados.

Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que avaliou mais de 190 economias. Desse total, 36 países têm situação pior que a do Brasil.


O desemprego entre os jovens no Brasil é o maior dos últimos 27 anos. Dados apresentados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que, ao fim de 2017, praticamente 30% dos jovens brasileiros estarão sem trabalho. O índice é mais de duas vezes superior à media internacional.

Segundo a OIT, o desemprego entre jovens no mundo é de cerca de 13,1%. A situação brasileira só é equivalente às taxas registradas nos países árabes, que viram o desemprego desencadear uma importante crise política e social a partir de 2011.

Hoje, entre as mais de 190 economias avaliadas pela OIT, 36 delas têm uma situação pior que a do Brasil para os jovens. Na Síria, por exemplo, a taxa de desemprego nessa faixa é de 30,6% e no Haiti, de 34%.

A queda do crescimento da economia brasileira, a informalidade e as incertezas de investimentos foram responsáveis pelo aumento do desemprego brasileiro em geral e também entre os jovens."Houve uma enorme desaceleração de alguns países, entre eles o Brasil", disse a diretora de Política de Desenvolvimento e Emprego da OIT, Azita Awad.

Em 1991, a taxa brasileira de desemprego entre os jovens era de 14,3% e, em 1995, chegou a cair para 11,4%. Mas a segunda metade da década de 90 registrou um aumento, com um pico em 2003. Naquele ano, o desemprego de jovens era de 26,1%. Entre 2004 e 2014, a taxa caiu, chegando a 16,1%. E, com a crise, voltou a subir, atingindo no ano passado 27,1%. A estimativa da OIT para este ano é de 29,9%.

América Latina


A situação brasileira acabou afetando as médias de toda a região latino-americana, que teve o maior salto de desemprego no mundo entre essa camada da população. O continente terminará 2017 com seu nível de desemprego mais alto desde 2004. A taxa entre os jovens chegará a 19,6%, contra um índice de apenas 14,3% em 2013. Apenas neste ano, 500 mil jovens extras ficarão desempregados e a região deve somar 10,7 milhões de pessoas nessa situação.

Questionada sobre o impacto do desemprego entre os jovens para os países mais afetados na América Latina, Awad fez alusão ao movimento de contestação que gerou a Primavera Árabe. "Basta ver o que ocorreu no Norte da África", alertou. Segundo ela, empregos estão no topo das prioridades para essas sociedades.

Os números latino-americanos contrastam com os dados da América do Norte e da Europa. Nos EUA e Canadá, a taxa deve ser a menor desde 2000, com 10,4% dos jovens desempregados. Na Europa, a crise de 2009 ainda é sentida. Mas os números de desemprego começam a perder força. Para 2017, o ano deve fechar com uma taxa de 18,2%, o quarto ano consecutivo de queda. Em 2013, essa taxa chegava a ser de 23,3%.

No mundo, um total de 70,9 milhões de pessoas com até 24 anos estão sem trabalho. Esse número deve piorar em 2018, com 71,1 milhões de jovens desempregados.

Nem-nem


Os dados também revelam que uma parte considerável dessa camada da população deixou de procurar emprego. Em 1997, 55% dos jovens com até 24 anos estavam no mercado de trabalho. Hoje, essa taxa é de 45%. Para a OIT, essa queda não significa apenas que eles estão permanecendo nas escolas e universidades por mais tempo. Um indicador disso é que 21,8% dos jovens em 2017 nem trabalhavam e nem estudavam.

Outro destaque da OIT se refere ao número de jovens que, mesmo trabalhando, não consegue sair da pobreza. No mundo, esse total chega a 160 milhões de pessoas, que ganham menos de US$ 3,1 por dia. "Eles representam 39% de todos os jovens que trabalham", destaca a diretora da entidade. Na América Latina, a taxa é de 9,1%, com 4 milhões de pessoas vivendo nessa situação.



terça-feira, 21 de novembro de 2017

O mundo virtual é tão perigoso quanto o real.

Brasileiro adora novidade, estamos entre os países que adotam mais rapidamente novas tendências, principalmente tecnológicas. Se por algum tempo houve temor e resistência em aderir a novos dispositivos ou aplicativos, a realidade hoje é muito diferente – estamos abertos a mudar nossos hábitos com a utilização de tecnologias inovadoras, principalmente na Internet.
Essa postura moderna, no entanto, camufla a deficiência da população em entender os perigos e os riscos do mundo virtual. Estamos mais do que nunca expostos a ataques cibernéticos, já que o nosso interesse por novidades tecnológicas não é acompanhado pela preocupação com os riscos e a segurança digital.
A falta de conscientização no país para compreender as ameaças presentes no mundo virtual (web, redes sociais) faz-nos expormos nossas vidas, dados pessoais e privacidade, pois avaliamos muito superficialmente as informações que recebemos e não nos preocupamos em clicar sem saber a procedência de um link.
Preferimos gastar na compra de um novo smartphone a investir em antivírus e quando lemos notícias sobre um ciberataque global – como o Bad Rabbit, sobre Sequestro de Dados (Ransomware), responsável por invadir milhares de computadores nas últimas semanas – achamos que é algo muito distante da nossa realidade.
Infelizmente, qualquer um de nós pode ser vítima de criminosos virtuais, mesmo que não tenhamos bitcoins em nosso nome ou acesso a redes visadas (como o sistema de grandes empresas). Afinal, quem nunca recebeu um SMS ou e-mail com uma mensagem do tipo: “parabéns! Você foi premiado com um iPhone”, “atualize sua senha ou seu internet banking será bloqueado”, “veja fotos do vencedor do Big Brother Brasil com a nova namorada”, entre tantas outras. Parece óbvio que esses comunicados são maliciosos e não devem ser clicados, mas esteja certo de que muitas pessoas desatentas irão faze-los e tornar a internet ainda mais perigosa.
Uma maneira eficaz de alertar sobre esses golpes é explicar a sua finalidade. Por que um vírus é criado? Também chamados de malwares, eles têm o objetivo de tomar o controle de uma rede, invadindo um computador conectado nela, com o intuito de se instalar nos servidores e executar uma missão – que pode ser, por exemplo, criptografar todos os arquivos e depois exigir um resgate para recuperá-los (crime conhecido como Ramsonware ou sequestro de dados), transferir dados para fora da organização (como números de cartão de crédito, que podem ser vendidos no mercado negro) ou infectar máquinas com um arquivo malicioso que vai hibernar até ser acordado por um comando externo. Outro ataque muito comum é aquele que passa a enviar e-mails Spams maciçamente a partir de um endereço de IP fora da lista negra dos sistemas AntiSpam.
Para ser bem-sucedida, a invasão precisa de uma cooperação involuntária da vítima. O vetor mais utilizado hoje em dia ainda é o e-mail, com um arquivo executável anexo, ou um link que leva a um site no qual o vírus espera pacientemente até ser clicado.
Essa prática é conhecida como “Phishing” – do verbo inglês “to fish” (pescar) -, metaforicamente um anzol com uma isca atirado para fisgar um “peixe” descuidado. É relativamente simples produzir um arquivo malicioso, dispará-lo para muitas pessoas e depois colher resultados. Para atrair os alvos, são utilizadas técnicas de engenharia social com estímulo para sentimentos e emoções básicas, curiosidade, ambição ou medo. Um outro exemplo clássico: “se você não se cadastrar nesse link, seu Facebook passará a ser pago”.
Longe do acesso da grande maioria de usuários de tecnologia, existe o “mercado negro virtual”, como a Dark Web – uma parte da Deep Web, invisível para os browsers comuns e para o Google, cuidadosamente protegida por diversas camadas (por exemplo, o prosaico internet banking ou o webmail). Nesses ambientes, quase secretos, é possível comprar e vender produtos e serviços ilegais, como vírus, malwares, ataques específicos, vulnerabilidades recentemente descobertas até cartões de crédito, CPFs, Endereços, entre outras informações.
Segundo Roberto Gallo, PhD, coordenador do Comitê de Risco e Segurança Cibernéticos da ABES, bastam duas informações pessoais, o CPF e o e-Mail de uma pessoa para se conseguir muita informação “útil” sobre ela.
A melhor forma de se proteger é procurar se informar, buscar por bons antivírus e ser muito seletivo no comportamento on-line, principalmente em Redes Sociais.
O Brasil tem avançado muito nas discussões sobre o Mundo Virtual, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a Estratégia de Transformação Digital e o Plano Nacional para Internet das Coisas, mas nenhuma dessas ações será plenamente aproveitada se não conscientizarmos a população sobre os cuidados essenciais.
A Segurança no mundo Virtual é como vacina, quanto mais pessoas forem vacinadas, isto é conscientizada, educadas, menor a probabilidade de que uma epidemia virtual faça vítimas no Brasil.
Iniciativas como o projeto “Brasil, País Digital”, desenvolvido pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e parceiros para que a sociedade civil se engaje na discussão de segurança digital são um passo importante para mudar essa realidade, mas só haverá sucesso caso tenhamos ações constantes, em frequência e sequência.
Fique alerta! Desconfiar sempre é uma boa regra.
Fonte: Help Digital

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Apenas 6% dos negros se sentem representados nas campanhas de TV

Pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva ouviu 2.020 pessoas em todo o Brasil

por PROPMARK          publicado em 20 de novembro, 2017
A representatividade nas propagandas foi um dos pontos de destaque em um estudo feito pelo Instituto Locomotiva em São Paulo. De acordo com o levantamento, apenas 6% dos negros se sentem adequadamente representados pelas propagandas de TV e, para 72% dos negros, as pessoas que aparecem nas propagandas costumam ser muito diferentes deles.

domingo, 19 de novembro de 2017

Neurobusiness, Neuromarketing e a arte de desvendar a mente do consumidor.

Entenda como estas tendências buscam dar um passo além no processo de compreender anseios e conquistar novos mercados.

Conhecer os desejos mais íntimos de seu público-alvo. Compreender, exatamente, de que forma uma campanha publicitária pode gerar maior impacto e contribuir para a decisão de compra dos consumidores. Superar técnicas de abordagem convencionais que trazem sempre os mesmos resultados e inovar nos processos de Customer Relationship.
Se é verdade que estes objetivos já rondam o universo de profissionais do marketing, empreendedores e gestores de negócios há décadas, o fato é que, nos últimos anos, tais metas deixaram de ser meras aspirações distantes para, com o suporte da neurociência comportamental, tornarem-se não só objetos de estudo, mas, propriamente, novos campos do conhecimento humano portadores de metodologias e estratégias inovadoras voltadas para a interpretação da mente do consumidor.
Estou falando do Neurobusiness e de seu aliado direto, o Neuromarketing. Que tal analisarmos estes conceitos mais a fundo? 
Uma viagem ao cérebro primitivo
Para iniciar, precisamos, primeiramente, entender um componente crucial que serve de base para os estudos do Neurobusiness e Neuromarketing: o cérebro primitivo. De acordo com especialistas em Neurociência, é possível dividir a mente humana em três centros principais de acordo com o seu comportamento:
O cérebro racional: responsável pelo raciocínio, pelos pensamentos em si;
O cérebro médio: responsável pelo sentir;
E, finalmente, o cérebro primitivo: instintivo, autocentrado e voltado para impulsos egoístas.
Dito isso, porque o cérebro primitivo é tão importante para os ramos de estudo do Neurobusiness e do Neuromarketing? Porque ele é um centro de tomada de decisões, de onde partem a maior parte de nossas escolhas. Neste sentido, busca-se analisá-lo, visando o desenvolvimento de estratégias que possam ser aplicadas no universo dos negócios.
Graças a estes estudos, hoje se sabe, por exemplo, que uma comunicação somente baseada nas características de um produto não é suficiente. As marcas precisam ligar suas histórias aos desejos pessoais dos consumidores, construindo pontes entre os benefícios de um produto e estes anseios mais personalistas do cérebro primitivo.
Em outras palavras, para o cérebro primitivo, não importa se um produto é bom, ele precisa ser bom para mim, compreender minhas necessidades pessoais, profissionais ou de minha empresa e atendê-las de modo personalizado.
Com tudo que vimos até aqui, já é possível perceber o quanto os estudos do Neuromarketing e do Neurobusiness são fundamentais para as ideias de Customer Success e do cliente como centro de um negócio, uma vez que, de acordo com estas novas percepções organizacionais, devemos entregar valor de modo constante para a nossa base de clientes e estabelecer diálogos cada vez mais individualizados.
Analisando os conceitos e entendendo os processos
Após esta primeira etapa, podemos analisar, de modo mais apropriado, os conceitos irmãos de Neurobusiness e Neuromarketing.
De modo bastante direto, Neurobusiness trata-se da união de estudos de neurociência, negócios e gestão empresarial, buscando, através de uma análise profunda dos processos cerebrais, entender como problemas em uma organização podem ser resolvidos de modo mais eficiente, de que modo as empresas podem inovar na gestão de suas equipes, desenvolvimento de novos modelos de negócio e até no fortalecimento do posicionamento de mercado.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o psiquiatra e professor da Universidade Harvard, Srini Pillay, especialista em Neurobusiness, explicou que, até 2021, cerca de um quarto das grandes companhias norte-americanas deve adotar técnicas de Neurobusiness em questões como liderança, inovação e agilidade.
Por sua vez, seguindo a mesma linha de raciocínio, o Neuromarketing tem como principal meta descortinar a mente do consumidor. Para tanto, são realizados estudos das reações cerebrais de pessoas quando expostas a campanhas, produtos, marcas e anúncios. Fazendo o uso de equipamentos que captam desde um desvio de olhar até o arrepio na pele, os pesquisadores do Neuromarketing são capazes de destrinchar percepções não expostas em palavras.
Fugindo dos modelos convencionais de pesquisa de mercado, o Neuromarketing busca dar um passo adiante no entendimento das tendências de consumo, na busca das “respostas ocultas” que não são expostas em questionários-padrão e no estudo das emoções. Trata-se, por fim, de uma metodologia inovadora, para tempos em que os clientes exigem muito mais dos produtos antes de estabelecer relações de fidelidade.
Algumas técnicas centrais
Antes de concluir, vale a pena comentar algumas das técnicas principais do Neuromarketing que, aplicadas em um contexto de companhias voltadas para o Customer Success, compõem uma estratégia importante para o fortalecimento empresarial.
Vá além do produto
Como já comentado acima, não basta que concentremos nossas estratégias em abordagens centradas meramente na apresentação de nossos produtos ao mercado. Precisamos criar pontes entre os desejos mais individuais de nossos clientes, demonstrando como podemos auxiliá-los, de modo real, em suas vidas, sejam pessoais ou profissionais.
O olhar direcionado e o poder do storytelling
Na hora de desenvolver campanhas, é interessante combinarmos imagens (de muito maior impacto) que direcionem a visão do cliente ao produto que estamos comercializando. A ilustração de um bebê em uma marca de fraldas, por exemplo, pode ser algo muito genérico. Mas um bebê que observe, na ilustração, a marca que está sendo comercializada de modo empático, pode contribuir na hora da tomada de decisões do cérebro primitivo.
Outra arma importante é o desenvolvimento de storytellings que criem conexão emocional entre marcas e consumidores. 
A busca pelas respostas ocultas
Uma das principais técnicas do Neuromarketing, também já indicada acima, consiste na busca pelas “respostas ocultas” dos consumidores. Por meio do uso de instrumentos para captar as reações dos clientes, os pesquisadores do Neuromarketing conseguem ir além das respostas tradicionais das pesquisas de mercado que, por diversas razões, podem omitir a verdadeira percepção de um consumidor sobre produtos ou campanhas.
Atenção, interesse e vínculo
Por fim, de acordo com especialistas, o caminho do consumo segue três etapas principais: a chamada de atenção do cliente, a manutenção do interesse por meio da entrega de valor (Customer Success) e, por fim, a criação do vínculo que se dá através da percepção de que determinada marca é “insubstituível”.
O Neuromarketing, e o grande cosmos do Neurobusiness tem auxiliado companhias de todo o mundo a se aprimorar em todas estas técnicas, além de contribuir para o desenvolvimento de modelos de gestão mais eficientes e que levem em consideração as individualidades de colaboradores e gestores. É a ciência em prol do crescimento e, sobretudo, visando desvendar o maravilhoso e complexo universo da mente humana.
Por Mozart Marin, diretor corporativo comercial na empresa MV para PropMark.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Três formas através das quais a cultura corporativa pode sabotar a inovação.

Se sua empresa está lutando para se adaptar à era digital devido à falta de inovação, talvez seja hora de reconsiderar a cultura corporativa. Mudá-la exige esforço, mas a recompensa vale a pena.


A Transformação Digital deixou as empresas lutando para inovar em torno da tecnologia, mas se sua empresa está falhando em inovação, talvez você pode precise olhar urgentemente para a cultura da sua empresa.
Unir sua força de trabalho sob um objetivo comum é a melhor maneira de prosperar e promover a inovação na Era Digital, diz Barry Pellas, tecnólogo chefe de negócios da PointSource, uma empresa de consultoria de TI com foco em Transformação Digital. Mudar a cultura corporativa é uma tarefa dificílima, mas as empresas vão perder muito se não puderem abraçar essa mudança. Saiba mais: Qual a importância da cultura da inovação para as empresas? A SONDA te explica! Patrocinado 
"Se as empresas não conseguem unificar a empresa em torno de um objetivo comum, correm o risco de uma má alocação de recursos. A concorrência interna impede a conclusão do projeto, e pode por a perder uma riqueza inestimável em ideias criativas", diz Pellas.
Pellas oferece três razões pelas quais sua cultura corporativa está deixando a inovação estagnada, e como você pode trabalhar para mudar as atitudes dos trabalhadores.
1 - Perder a visão do usuário final
Uma das marcas de um produto de tecnologia de sucesso é uma interface amigável, que permita aos consumidores começar a usá-lo imediatamente com uma curva de aprendizado baixa. No entanto, Pellas diz que as empresas têm o hábito de se concentrar na "transação" mais do que na "entrega de um produto final que contemple a melhor experiência do usuário".

Pellas sugere mudar para uma ênfase de toda a empresa em "design thinking", que é uma estratégia que os designers costumam usar para ficar focado no usuário final.
"É uma abordagem centrada no usuário que combina o toque humano, a integração da tecnologia e mantém o sucesso do negócio no foco", diz ele.
Pellas incentiva as empresas a incutir essa mentalidade em cada unidade de negócios para construir uma cultura de empresa que se concentra em colocar o usuário em primeiro lugar. Uma mudança para o "design thinking" fará com que cada funcionário pense sobre o usuário final, em vez de se concentrar em seu papel singular no ciclo de vida de um produto ou iniciativa.
Pregar para uma mentalidade inovadora é admirável, diz John Underkoffler, CEO da Oblong Industries, mas colocá-la em ação não é tão fácil. Uma coisa é dizer que você incentiva a inovação no local de trabalho, mas outra é apoiar ativamente ideias inovadoras com tempo, energia e recursos.
"Há muitas organizações que dizem que promovem a inovação, mas que, na prática, negam permissão a indivíduos ou equipes que tentam trabalhar de modo inovador", diz Underkoffler.
Os líderes de negócios não podem simplesmente incentivar a inovação e parar por aí, precisam identificá-la em toda a empresa e depois "reconhecer, receber e estruturar o que será transformado", diz ele.
2 - Ignorar a colaboração interdepartamental
As empresas sofrem mais quando são fortemente descentralizadas, com departamentos que raramente interagem uns com os outros. Isso resulta em "menos compartilhamento de conhecimento e avanços inovadores", diz Pellas.

No entanto, as empresas precisam evitar se aproximar da colaboração apenas como mais um projeto - não é algo que pode ser reservado em um calendário, precisa se tornar um processo "end-to-end, interagindo com e estendendo o mundo", diz Underkoffler .
"A comunicação constante é uma pedra angular para a transformação digital em qualquer organização e quando designers, desenvolvedores e equipes de distribuição trabalham juntos, a inovação orgânica é quase certa", diz Pellas.
3 - Deixar de unificar os objetivos comuns
Os líderes empresariais precisam unificar a empresa sob um objetivo comum se quiserem incentivar a inovação. Isso volta a encorajar o design e incentivar cada unidade de negócios a trabalhar para o mesmo objetivo, como oferecer serviços e produtos de fácil utilização.

"Diversos objetivos criam uma desconexão entre departamentos, muitas vezes levando a processos ineficientes e à falta de um esforço unificado em prol da inovação", diz Pellas.
Como sempre, isso requer uma abordagem de cima para baixo - uma que executivos e gerentes possam modelar para o resto da empresa. Se os empregados não conseguirem que os líderes empresariais respeitem esses padrões de inovação, eles não seguirão o exemplo, de acordo com Pellas.
"O propósito e a visão da empresa, sua substância real em maior escala, precisa ser parte do ar que todos respiram", diz Underkoffler.  Estruturas e processos de todo o negócio precisam apoiar linhas de comunicação abertas e ideias inovadoras.
Se as empresas puderem encontrar esse equilíbrio, criarão um ambiente com infinitas possibilidades e um "sistema operacional humano que possibilite que o melhor trabalho e pensamento das pessoas se unam em torno de novas ideias poderosas", diz Underkoffler.

Fonte: CIO