terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mercado automobilístico: os seminovos estão perdendo espaço?

Em janeiro a oferta anunciada de veículos usados cresceu 57% em 4 meses. 

O mercado automobilístico está passando por uma reviravolta. Devido a todas as facilidades oferecidas pelas concessionárias na hora da compra, a venda de carros seminovos tem se tornado cada vez menos rentável. Uma reportagem publicada no portal Band mostra que optar por um carro novo traz menos dores de cabeça ao proprietário: a taxa baixa (e às vezes nula) oferecida pela concessionária e a garantia são dois pontos chaves que devem pesar na hora da escolha.
A pesquisa da Grupom com dados dos maiores jornais diários impressos de Goiás, mostrou que o volume de ofertas de carros aumentou drásticamente nos últimos meses. Confira nos gráficos abaixo:
O gráfico acima, indica um aumento progressivo na oferta de veículos usados iniciando esta escalada no mês de setembro de 2011 atingindo no mês de janeiro de 2012 a quantia de 78.796 ofertas publicadas. Apesar deste crescimento de 57,2% neste período, ainda esta abaixo do mês de janeiro de 2009, quanto atingimos a maior quantidade de ofertas de veiculos à venda que foi 88.281 ofertas.
 
             O gráfico acima, mostra que os dias da semana, com mais ofertas, são as terças e quintas feiras cujo volume representa em média 30% sobre os demais dias da semana, inclusive domingo.

 Um paralelo entre a pesquisa e a opinião dos analistas faz perceber que o preço dos seminovos tende a diminuir, já que existe mais oferta que procura no mercado. Ainda assim, existem aqueles que não tem condições de comprar um carro novo. A reportagem da Band dá a seguinte dica: "o ideal é comprar um seminovo que tenha realizado todas as revisões e inspeções necessárias. Além disso, deve-se checar se ele ainda possui sua própria garantia. O aspecto geral do carro também deve ser analisado, procurando saber se ele não foi rebaixado ou modificado de alguma outra forma."
A pesquisa

Além de avaliar as condições de oferta de automóveis, a pesquisa também indica mudanças no meio em que estão inseridos os anúncios. Segundo o gráfico acima, o jornal Diário da Manhã teve o maior crescimento em relação à publicação de venda de automóveis nos classificados.

A contagem de ofertas (anúncios classificados) apresentado pela Grupom é um tipo de pesquisa denominado Desk Research, que tem por objetivo indicar a tendência do mercado pelo volume de ofertas publicadas nos jornais. A contagem é diária e as avaliações são semanais, mensais, trimestrais e anuais.
As variações nas quantidades de ofertas de veículos indicam qual ou quais direcionamentos e tendencias os gestores empresariais e governamentais podem tomar. A contagem identifica a tendência histórica ao longo do tempo. O volume de ofertas de veículos indica, também, o grau de confiança do meio "jornal" em ser o canal para vender veículos automotores e permite observar a correlação entre a situação da economia e as ofertas.
Este trabalho é realizado e divulgado mensalmente na íntegra em gráficos específicos. Os resultados apresentados antecipam as informações correlacionadas com as vendas de veículos novos.
Solicite o relatório mensal completo pelo seguinte e-mail: atendimento@grupom.com.br

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Novas “cidades” na Grande Goiânia

Empreendimentos imobiliários
Novas “cidades” na Grande Goiânia 
Seis grandes projetos vão agregar cerca de 80 mil novos moradores na capital e em Aparecida
Sônia Ferreira
04 de fevereiro de 2012 (sábado) Jornal O Popular

         A Grande Goiânia vai receber, ainda este ano, seis grandes empreendimentos imobiliários, a maioria voltada para a classe média com preços a partir de R$ 150 mil, que vão movimentar a economia com mais de R$ 3 bilhões. Essa é a notícia boa. Por outro lado, os projetos podem gerar impactos na cidade, em função do adensamento populacional em poucas áreas. Serão mais de 20 mil novas unidades habitacionais, entre apartamentos e casas, que abrigarão cerca de 80 mil moradores.
 
       Os empreendimentos vão ocupar os vazios urbanos do Parque Oeste Industrial, Goiânia 2, antiga Fazenda Gameleira, Goiânia Golf Clube, Jardim Cerrado e também bairro Monserrat, em Aparecida de Goiânia. A previsão dos analistas de mercado é que a economia brasileira cresça em torno de 3% este ano. Porém, a expectativa dos empresários do mercado imobiliário é que o setor tenha aumento de 10% no número de empreendimentos e de vendas, assegurado pelo crédito imobiliário, sobretudo do programa Minha Casa, Minha Vida.


Nova cidade

       Uma nova cidade, embora dentro de Goiânia, será erguida no Parque Oeste Industrial, na saída para Rio Verde. Numa área de 200 mil metros quadrados serão construídas 6 mil unidades verticais distribuídas em 50 torres com 17 pavimentos cada. O Eldorado Parque será quase duas vezes maior que o Residencial Eldorado.

       O Eldorado Parque terá parque público, áreas comerciais, vias de acesso e infraestrutura, garante o empresário Marcelo Moreira, diretor comercial da CMO Construtora, um dos empreendedores ao lado da Dinâmica Engenharia, Engel Construtora e Tropical Empreendimentos.
Os empreendedores vão investir R$ 1 bilhão no projeto, que será lançado em abril próximo. As primeiras unidades habitacionais serão entregues em 24 meses e terão 2 e 3 dormitórios, alguns com suítes. O preço será de, no máximo, R$ 150 mil a unidade, que garante o financiamento através do programa Minha Casa, Minha Vida, com pagamento em até 360 meses e prestações abaixo de R$ 300,00, a preços de hoje.

       A estimativa de Marcelo Moreira é que 24 mil pessoas residirão no Eldorado Parque. Ele conta que foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa com os moradores da região Oeste de Goiânia. 92% dos entrevistados manifestaram interesse em adquirir um imóvel na própria região. A pesquisa constatou, também, que ninguém da região se lembra do fato ocorrido na área, em fevereiro de 2005, quando os invasores foram retirados, por decisão judicial.

       Aparecida de Goiânia também vai contar com um bairro planejado, dentro do conceito de condomínio fechado, o Parque do Cerrado, no bairro Monserrat, com infraestrutura, inclusive um parque público, que pretende mudar o perfil da região. Serão 4 mil apartamentos de 2 e 3 quartos, distribuídos em 54 torres com uma média de 10 pavimentos cada.

       Por trás desse empreendimento, que vai demandar investimentos de R$ 600 milhões, estão as construtoras GLP, EBM, Terral e Tropical Empreendimentos. “Nosso projeto vai ocupar os vazios urbanos e induzir o desenvolvimento da região”, disse o diretor da GLP, Guilherme Lopes Pinheiro.

       O empreendimento, a ser lançado em junho, deverá ter as primeiras unidades entregues em 2014. Guilherme Pinheiro antecipa que todos os edifícios serão construídos ao redor de um parque e de fontes de água. Os apartamentos terão de 50 a 110 metros quadrados, com 2 e 3 quartos. Os preços vão variar entre R$ 120 mil a R$ 300 mil. O bairro terá, também, uma área comercial, com um minishopping, pista de caminhada, áreas para exercícios, palco para shows ao ar livre e mata nativa.


Maior

        Numa área de 5 mil metros quadrados, na saída para Trindade, está sendo construído o bairro planejado Jardins do Cerrado, com 10 mil unidades habitacionais, entre casas, sobrados e apartamentos. A estimativa é que, até 2016, 40 mil pessoas vão morar no condomínio, construído pela Brookfield Incorporações.

        Segundo o superintendente da empresa para o segmento econômico, Paulo Henrique Simões, até o momento já foram entregues 2.340 unidades e as outras 7.600 estarão concluídas até 2016. “Esse é o maior empreendimento imobiliário do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida dentro do conceito de autossuficiência”, garante. A estimativa é que o projeto envolva recursos da ordem de R$ 600 milhões. O bairro terá quadras comerciais, desenvolvidas dentro do conceito strip mall, um modelo comercial muito comum nos Estados Unidos.

         O Goiânia 2, bairro criado pela antiga Encol, na saída para Nerópolis, também foi redescoberto pelas construtoras Brooksfield, MCA e Masb, com a urbanização a cargo da Tropical Empreendimentos. Apenas este ano, serão lançados mais 3 grandes empreendimentos na região, com seis torres, oferecendo ao mercado mais 500 unidades habitacionais, de 70 a 110 metros quadrados. A previsão é que o valor dos apartamentos saiam entre R$ 150 mil a R$ 300 mil.

        A Mauá – Empresa Brasileira de Participações Societárias Estruturadas - ligada à Toctao Construtora -, adquiriu há dois anos, através de leilão público da antiga Encol, a Fazenda Gameleira, situada entre os Condomínios Alphaville e Portal do Sol. A área possui 1,64 milhão de metros quadrados, onde poderão ser construídas 7 mil unidades habitacionais no estilo vertical. A empresa não confirma quantos imóveis serão erguidos na área, sob a alegação de que os projetos encontram-se em fase de estudos.

Condomínio

        Este ano, ainda, R$ 20 milhões serão investidos pela Tropical Empreendimentos, a Leonardo Rizzo e a Masb para garantir as obras de infraestrutura para o relançamento da 2ª etapa do condomínio Portal do Sol Green, na saída para Bela Vista. Serão mais 200 lotes, de no mínimo 500 metros quadrados, ao custo de cerca de R$ 450,00 o metro quadrado, que estarão localizados ao redor do campo de golf, do Goiânia Golf Clube.

        De acordo com o diretor de empreendimentos da Tropical, Antônio Carlos da Costa, o condomínio terá espaços para construção de casas e prédios, voltados para a população de maior poder aquisitivo. Também terá uma área de 20 mil metros quadrados, para a construção de um hotel, além de uma mata.

        Segundo o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO), Ilézio Inácio Ferreira, existe uma tendência de bairros planejados em todas as grandes cidades. Neles, o empreendedor cria ambientes para se morar, efetuar negócios e desfrutar de lazer, sem que as pessoas tenham de se deslocar em grandes distâncias.

      “Estamos todos enfrentando problemas de mobilidade por causa do trânsito sempre congestionando. Por isso é que a indústria da construção está criando empreendimentos mistos (residencial e comercial)”, diz Ilézio.

        Ele garante que esses empreendimentos planejados, onde vão residir e transitar milhares de pessoas, estão surgindo com novas estruturas, para não causar mais problemas à cidade e aos poderes públicos. Segundo o presidente da Ademi-GO, Ilézio os novos bairros planejados serão acompanhados de estrutura viária para dar vazão ao trânsito, contarão com energia elétrica, redes de água e esgoto e até acordo prévio com as empresas de transporte urbano para garantir linhas de ônibus.



Conflito

          A área onde será erguido o empreendimento foi palco de violento conflito. Duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na desocupação da área, que era subutilizada. Até hoje, ainda existem cerca de 1,7 mil lotes baldios na região, conforme dados da Seplam. Batizada de Sonho Real, a invasão foi erguida num terreno que originalmente era um sítio comprado pelo marido de Anália, Sebastião Júlio de Aguiar.

         Ele morreu em um acidente de avião em 30 de outubro de 1981, em plena campanha eleitoral, quando era candidato a deputado federal pelo PMDB. Pioneiro de Goiânia, empresário, dono das Casas Aguiar, na Rua 4, no Centro, Sebastião era amigo do então candidato a governador pelo PMDB, Iris Rezende Machado.

          A ocupação durou dez meses, até o cumprimento da ordem judicial de reintegração de posse que completa sete anos na semana que vem. Havia uma negociação em andamento para que os moradores do local pagassem pelo terreno, mas a alternativa foi ignorada.

         O despejo aconteceu à base de balas, gás de pimenta, bombas de efeito moral e cães como pit bulls, dobermans e pastores alemães. Duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. “Olha, ficou escuro que parecia noite depois da chegada da polícia”, lembra José Renato de souza, de 63 anos. “Estou vivo pela misericórdia de Deus. Não passo mais por lá, meu coração aperta só de lembrar.” Depois da desocupação, José Renato e as outras 10 mil pessoas despejadas passaram a viver amontoados nos ginásios de esportes do Bairro Capuava e do Setor Novo Horizonte. Eles ainda moraram num acampamento no Setor Grajaú, antes de serem realocados no Real Conquista. Levou mais de quatro anos e inúmeras promessas para que eles fossem levados às novas casas.

          Se antes eles não tinham acesso à moradia, agora eles não têm acesso ao restante da cidade. O bairro fica a 14 quilômetros de distância do Parque Oeste Industrial, não possui posto de saúde nem escola de ensino médio. Lá não tem parques, cinema, teatro nem opção cultural alguma. “Tráfico tem bastante”, revela um comerciante.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Câmara Municipal na lanterna

Comportamento
Câmara Municipal na lanterna
Erros dos parlamentares, denúncias de corrupção e a defesa de interesses próprios prejudicam a imagem da instituição.  

08 de janeiro de 2012 (domingo) Jornal O Popular


Instituição mais desacreditada entre as citadas na pesquisa do Instituto Grupom, a Câmara Municipal de Goiânia tem um longo caminho pela frente se quiser contar com a confiança da população.

Em alguns extratos da pesquisa, como a que estabelece o nível de confiança segundo o grau de instrução do entrevistado, a Câmara aparece com 1,7% de credibilidade entre os que têm 3º grau, por exemplo.


“É lamentável, mas infelizmente acontece o mesmo com todas as casas legislativas do País”, comenta o vereador Clécio Alves, vice-presidente e corregedor da Câmara de Vereadores de Goiânia. “O resultado é consequência dos atos dos próprios agentes públicos. Não podemos condenar a população por esta visão, embora eu faça parte do poder político. É muita corrupção e desvio de verba. Cabe aos políticos mudar essa imagem”, afirma.

Credibilidade

A Câmara de Vereadores de Goiânia foi palco de fatos recentes capazes de abalar a credibilidade do Legislativo Municipal. O próprio vereador Clécio Alves esteve no centro de um deles, em 2010, quando seu filho envolveu-se num acidente de trânsito quando retornava de uma festa no carro oficial da Câmara.

Em 2009, a defesa dos parlamentares, interessados em aprovar o 15º salário para os vereadores, também arranhou a imagem do Legislativo.

O caso mais recente foi a promulgação, pela Câmara, no fim do ano passado, de um projeto de lei que acrescentava uma hora no horário de abertura e fechamento dos estabelecimentos de Goiânia, tornando sem efeito o horário de verão.

Reportagem do POPULAR mostrou, na ocasião, uma sequência de cinco erros cometidos pelos parlamentares na condução do projeto. “É o povo que põe lá – na Câmara – o bom e o ruim. É preciso ter em mãos uma lupa para analisar os políticos na hora de votar”, sugere Clécio Alves. “Mas é preciso dizer, também, que há muita injustiça. As pessoas pensam que todo político é picareta.”

Bombeiros: o campeão

O Corpo de Bombeiros Militar em Goiás tem um contingente de 2,4 mil homens e está presente, com unidades físicas, em 35 municípios goianos. São eles os campeões de confiança junto à população de Goiânia, segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Grupom.

“Não é só porque o bombeiro salva vidas que a população confia, mas porque faz isso com eficácia, em menor tempo. Quando o bombeiro vai – para uma ocorrência –, vai com o coração”, comenta o tenente-coronel Martiniano Gondim, assessor de Comunicação do Corpo de Bombeiros em Goiás.

Segundo ele, os equipamentos usados, veículos bem estruturados e treinamentos contribuem para a percepção da população e para a credibilidade com que contam. “A população sabe que pode contar com o Corpo de Bombeiros.”

Veja materia completa:
Blog Grupom: População não confia nas instituições

Câmara de Vereadores de Goiânia gasta R$ 62 mi e discute 384 projetos

Quase 15% dos projetos de lei analisados foram enviados pelo prefeito.
População diz não ver resultado dos trabalhos e questiona o alto custo.

07/02/2012 11h45- Atualizado em 07/02/2012 11h45

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Veja o video: 

G1 Goiás: Câmara de Vereadores de Goiânia R$ 62 mil e discute 384 projetos

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Vendas de imóveis de alto padrão devem crescer 10%

Mercado
Vendas de imóveis de alto padrão devem crescer 10%
Uma parcela cada vez maior da população exige imóveis que aliam sofisticação e modernidade
Lídia Borges

01 de fevereiro de 2012 (quarta-feira) Jornal O Popular


Morar em uma localização privilegiada, com muito espaço, tecnologia e eficiência, não é apenas o sonho de muitos goianos. Esta tem sido cada vez mais uma opção para uma parcela crescente da população que quer aliar conforto e segurança a sofisticação e modernidade. E as construtoras e incorporadoras, é claro, estão de olho nesses desejos. Por isso mesmo, assim como o fizeram no ano passado, vão continuar investindo em 2012 em produtos projetados para agradar a clientela mais exigente, com alto poder aquisitivo e disposta a gastar cifras que podem passar da casa de R$ 1 milhão.

Esse é o mercado chamado de alto padrão, que deve crescer cerca de 10% em 2012, segundo estimativa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). Este segmento também se beneficiou do bom momento da economia vivido nos últimos anos para avançar junto com o acelerado crescimento do mercado imobiliário.

O que é?

Para se ter uma ideia, neste momento existem seis empreendimentos em construção em Goiânia (1,3 mil unidades de apartamento) com este conceito de qualidade, de acordo com dados da Ademi. E para que fique claro, imóvel de alto padrão não se resume somente a um limite mínimo de preço e tamanho.
É um conjunto de diferenciais, que começam com o local escolhido para a construção, em áreas nobres da cidade e, em alguns casos, com vista para praças e grandes parques, como o Vaca Brava e o Flamboyant. A alta qualidade do acabamento também é essencial para esta classificação, como, por exemplo, o uso de porcelanatos em grandes formatos, esquadrias com isolamentos térmico e acústico, banheiros em mármore, dentre outros detalhes.

Também primam pelo uso de novas tecnologias (como automação de iluminação e sistema de aspiração de pó central), além da inovação no projeto arquitetônico e da disponibilidade de inúmeras facilidades num mesmo local (várias vagas na garagem, lazer completo, fitness, beleza e em até empório).

Tudo isso é que leva ao encarecimento do produto. Mas, para base de comparação, é possível considerar que um apartamento de alto padrão tem o custo do metro quadrado de R$ 4,5 mil para cima, afirma o presidente da Ademi-GO, Ilézio Inácio Ferreira.

Potencial

Com menos de cinco anos no mercado, a Opus Inteligência Construtiva se especializou nesse tipo de produto e, em parceria principalmente com a Flamboyant Urbanismo, já lançou 18 empreendimentos – 13 residenciais e cinco comerciais. Em 2011, foram feitos quatro lançamentos. Os residenciais vão de 178 m², com preço de R$ 750 mil até os maiores, de 330 m², no valor de R$ 1,8 milhão.

Já para 2012, estão confirmados mais três novos empreendimentos. Com isso, a expectativa é de que o Volume Geral de Vendas (VGV) para este ano alcance os R$ 220 milhões. Para Dener Justino, (Foto) diretor da empresa, existe um grande potencial de crescimento do mercado de alto padrão em Goiânia para este ano. Os principais motivos seriam as recentes reduções nas taxas de juros e a volta do crescimento da oferta de crédito.

“Com crédito mais fácil e parcelas mais baixas, muitos que planejavam comprar um apartamento de R$ 500 mil, agora ,pulam facilmente para um alto padrão de R$ 1 milhão”, justifica. Conforme o diretor, outro motivo para o incremento desse mercado é a vigorosa valorização desse tipo de imóvel – acima de 50% sobre o preço de lançamento até a entrega do imóvel, ou seja, num prazo de cerca de três anos.
Interfere nesse encarecimento a escassez de áreas nobres para construção em Goiânia, afirma o diretor comercial da EBM Incorporações, Rodrigo Meirelles. "No ano passado, ainda havia uma boa oferta em volta do Parque Flamboyant e do Vaca Brava. Hoje, escolher áreas para um empreendimento de alto padrão não é fácil", frisa.

Apostando na expansão deste segmento imobiliário, a EBM projeta para este ano um resultado de R$ 350 milhões em VGV de unidades de alto padrão, em Goiânia e Brasília. Dentro dos projetos, a empresa promete apresentar uma série de itens de arquitetura internacional envolvendo a concepção de interiores.

O diretor de Incorporações e Novos Negócios da Sousa Andrade Construtora e Incorporações, Dalger Junqueira Júnior, que também aposta no segmento de alto padrão, diz que as empresas que se prepararem para desenvolver um produto adequado à exigente clientela de alto padrão terá sucesso em 2012.

"Quem compra um apartamento de alto padrão é muito exigente. Normalmente já teve um ou dois imóveis, já passou por reformas, tentativas de ampliações, troca de piso e, por isso, sabe bem o que quer. Pode ser aquela pessoa que já morou em casa de condomínio e está cansado de cuidar da manutenção, que é trabalhosa, mas também pode ser um casal de jovens, já estabelecido economicamente", frisa.

Um imóvel de R$ 1,8 milhão


Em busca de mais segurança, a advogada e empresária Elni Divina Neves Jacó (Foto) decidiu sair de sua ampla casa no Setor Bueno para morar num apartamento. Acostumada à privacidade e ao espaço de uma residência privativa, ela optou por um imóvel de alto padrão localizado no Jardim Goiás. Com mais de 300 metros quadrados, cinco suítes e uma vista privilegiada para o Parque Flamboyant, a transição não foi difícil.


“Nossa adaptação foi muito rápida. O local é muito agradável, tem 360 graus de luminosidade, áreas bem dividas. Posso chegar tanto pelo elevador de serviço como pelo social, sem precisar transitar por outros ambientes. Tenho total privacidade, além de ser mais seguro. Por isso, não sentimos muita diferença na mudança", frisa.

E o ótimo negócio não se deu apenas pelo conforto. Desde que comprou o apartamento, há menos de três anos, o imóvel teve uma valorização de 63%. Pulou de R$ 1,1 milhão para R$ 1,8 milhão, atualmente, segundo informações de corretores. Mas para Elni, esse não é um detalhe tão relevante; afinal, a escolha foi pensando no conforto da família e não no investimento em si.

No caso do advogado José Ricardo Roquete, de 73 anos, a valorização do imóvel também ultrapassou os 50%. Mas foram a modernidade e a beleza do prédio, com ampla vista para o Parque Areião, que pesaram na hora de decidir pela compra de uma unidade do City Hall Park, no Setor Marista. Prestes a se mudar para o apartamento de quatro suítes, José Ricardo, que agora é síndico do prédio, diz que adquiriu o imóvel apostando na renovação do modo de vida dele e da esposa.

Clientela migra para apartamentos menores, mas confortáveis e sofisticados.

Em 2011, houve uma mudança no perfil da clientela de alto padrão, afirma o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Ilézio Ferreira (foto).
Até então concentrados apenas nos empreendimentos de quatro a cinco quartos, estes consumidores migraram para apartamentos menores, de dois ou apenas um quarto, mas com as mesmas exigências sobre qualidade, conforto e sofisticação.

Projetos
Por isso mesmo, muitas empresas inovaram com projetos diferentes do que o mercado vinha apresentando, com unidades residenciais de 30 a 40 metros quadrados.

“Antes, para atender ao padrão de vida desse consumidor, só havia apartamentos de espaços muito amplos, de no mínimo quatro quartos. Agora, um executivo solteiro, uma pessoa divorciada ou jovens que alcançaram independência financeira podem optar por apartamentos que atendam mais a sua necessidade de viverem sozinhos, mas com todas as facilidades que um alto padrão pode proporcionar", analisa Ilézio.