quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Centennials, o novo motor econômico para as marcas.


Os Centennials representam 32% da população brasileira e estão se tornando uma potência econômica com influência crescente nos gastos e na fidelidade às marcas.


Marcas que não conseguirem se conectar com os valores, crenças e expectativas dos Centennials (pessoas nascidas a partir de 1997) terão sérias dificuldades em crescer, mostra novo relatório da Kantar, o “Centennials aos 21”. O estudo discute os comportamentos e as expectativas dessas pessoas e desafia marcas e profissionais de marketing a redefinir como se relacionam com esse grupo de clientes cada vez mais influente.

Os Centennials representam 32% da população brasileira e 35% da global e estão se tornando uma potência econômica com influência crescente nos gastos e na fidelidade às marcas. O relatório da Kantar revela uma geração de pessoas mais dependente da tecnologia, embora mais consciente sobre ela. Que são cada vez mais influentes nas decisões de consumo da família e que usam mídias sociais de uma forma totalmente diferente de gerações anteriores.

Os Centennials terão cada vez mais impacto sobre as estratégias das marcas à medida que atingem a idade adulta e se transformam no principal grupo consumidor mundial. Será fundamental para indústrias e marcas saber onde procurar os sinais e como interpreta-los para garantir as mudanças necessárias para atender suas demandas. Compreender os valores e motivações desta geração é apenas o primeiro passo.

Confira alguns findings da pesquisa

  • Eles pegam seus smartphones até 30% mais vezes do que as pessoas com mais de 21 anos e passam até 35% mais tempo em seus dispositivos durante o dia. No entanto, mais de um terço dos Centennials globais acreditam que eles usam muito o smartphone.
  • Centennials na França, Reino Unido e EUA estão ainda mais ligados a seus smartphones do que os Millennials: gastam 2,4 horas diárias em média contra média de 2,12 horas dos Millennials.
  • Centennials não têm tanto apego a marcas: não hesitam em buscar alternativa em caso de experiências insatisfatórias; 62% não usam um aplicativo ou site que seja difícil de navegar e 63% usam bloqueadores de anúncios digitais
Influência sobre o Consumo da Família
  • Cerca de 75% dos Centennials concorda que influenciam as decisões de gastos familiares, já que ajudam coletando informações sobre produtos, comparam avaliações e aconselhando sobre o processo de compra.
  • Sua opinião é particularmente significativa no consumo de alimentos e bebidas (77%), móveis (76%) e bens domésticos (73%).
Mídias Sociais
  • Centennials usam o Facebook 11 minutos por dia, em média, contra 30 minutos que gastam por dia no SnapChat, 28 no Messenger e 22 minutos no Twitter.
  • 61% dos Centennials diz que as coisas que postam online dizem muito/algo sobre eles, contra 56% dos Millenials que dizem o mesmo.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

7 passos para guiar a inovação tecnológica.


Pilar básico da Transformação Digital, a inovação cria novas formas de buscar resultados ao observar obstáculos e demandas recorrentes sob uma nova ótica.


A inovação tecnológica está associada à criação e desenvolvimento de novas soluções em produtos e processos, por meio da aplicação de tecnologia. Pilar básico da Transformação Digital, cria novas formas de buscar resultados ao observar obstáculos e demandas recorrentes sob uma nova ótica.
Apesar de ser um termo muito abordado no mercado atual, nem todas as empresas estão prontas para inovar, nem para participar atividade da transformação digital. Para facilitar este movimento, reuni algumas dicas para guiar este processo de forma produtiva e sem traumas.
Passo 1: Por que a inovação é importante?
Nem toda empresa precisa de inovação tecnológica para existir. Mas se fizermos uma rápida pesquisa, verificaremos que as maiores organizações do mundo, as que estão na vanguarda e que abocanham as maiores fatias de seus mercados, investem pesado em P&D (pesquisa e desenvolvimento). Nomes como a Apple, por exemplo, refletem a inovação diretamente em seu valor de mercado.

Entre os pequenos, o sucesso das startups (pequenas companhias muitas vezes ligadas à tecnologia da informação) vem quase que exclusivamente de sua capacidade de inovar ligada a uma nova visão de gestão.
Ou seja: a inovação não é imprescindível para uma empresa atuar, mas garante um lugar de destaque e crescimento que não poderiam ser alcançados de outra forma. Reconhecer isso é um passo fundamental para galgar competitividade.
Passo 2: Entenda os estágios da inovação
O processo de inovação tecnológica passa por fases necessárias para que a empresa possa desenvolver novas soluções em seu ramo de atuação. Inicia pela pesquisa, trabalho do departamento de P&D que irá atualizar a companhia sobre tecnologias e processos utilizados pelos maiores players do mercado e indicar áreas nas quais vale a pena investir.

Em seguida, vem o desenvolvimento, que contempla a criação de protótipos, ou seja, um modelo de teste baseado nas informações levantadas durante a pesquisa, que deverá ser utilizado de forma a identificar forças e fraquezas.
Poderão ser criados diversos protótipos, cada um deles visando a corrigir determinados pontos observados durante os testes realizados com o anterior, até que se chegue a um produto, serviço ou processo que atenda as expectativas.
Passo 3: Engenharia
Ao finalizar o protótipo e chegar a um determinado resultado satisfatório, é preciso iniciar a fase de engenharia, na qual será definido como se dará a produção ou distribuição.

O protótipo é construído sem levar em conta a escalabilidade necessária para tornar um determinado produto, serviço ou processo comercializável. Essa fase deve buscar exatamente isso — a produção em massa para atender a demanda de um mercado.
Para isso, devem-se realizar pesquisas completas acerca de como produzir, materiais a serem utilizados, fornecedores existentes, mão de obra necessária e outros diversos pontos necessários para a produção e distribuição do protótipo.
Passo 4: Fabricação
Apesar das pesquisas realizadas, iniciar a fabricação de um produto é crítico pois envolve a incerteza da real aceitação do item pelo mercado.

Por conta disso, o tamanho do lançamento, os números de produção, a distribuição inicial e outros indicadores devem ser muito bem planejados para evitar desperdícios ou perdas com o novo produto, serviço ou processo.
Passo 5: Marketing
Não é acessório: o Marketing é ponto essencial para o sucesso de qualquer lançamento. É preciso fazer com que o produto, serviço ou processo seja conhecido no mercado, fazer com que desperte interesse e desejo, e isso deve concentrar as atenções da empresa para ter atração satisfatória de clientes.

Passo 6: Melhoria contínua
Lançamento feito, é preciso manter monitoramento constante para verificar o feedback dos clientes e identificar pontos de melhoria e eventuais gaps.

Isso ajudará não apenas a melhorar o atual produto, serviço ou processo, mas também a criar novos lançamentos, evoluindo o portfólio da empresa.
Passo 7: Mas e a Transformação Digital?
É praticamente impossível falar sobre Transformação Digital sem citar a inovação tecnológica, uma vez que a ligação entre os dois termos se faz de forma natural. O conceito de TD é um processo pelo qual as organizações buscam aprimorar a experiencia do seu usuário/cliente com o fornecedor e produtos, gerando também maior competitividade por meio da implantação de novas tecnologias.

Uma das maneiras de se alcançar a Transformação Digital em uma empresa é aplicando a inovação tecnológica em seus produtos, serviços e processos, buscando por aumento de resultados, melhoria de desempenho e maior alcance.
Por conta disso, buscar a inovação tecnológica é uma das principais características das novas empresas, que utilizam a transformação digital como motor de crescimento e desenvolvimento.

Fonte: Esdras Moreira, CEO da Introduce – Tecnologia para Crescer para CIO

    segunda-feira, 29 de outubro de 2018

    Eleição de Bolsonaro marca mudança no marketing político.


    Para especialistas, prioridade às plataformas digitais e uso estratégico de mídia tradicional espontânea foram determinantes para vitória de candidato do PSL.



    Com 55,13% dos votos válidos, Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente da república neste domingo, dia 28, após uma corrida eleitoral com fatos inesperados. Entre os diversos fatores inéditos, destacam-se as novas regras sobre financiamento de campanha e o uso de meios digitais, principalmente no que tange à disseminação e controle de fake news. Se numa primeira análise esse contexto pode passar a mensagem de que o papel da comunicação na campanha foi diminuído – principalmente pela redução nas verbas e no tempo de TV –, para muitos analistas o marketing político sai fortalecido do processo, justamente por ter ajudado a construir a candidatura de Bolsonaro com poucos ativos tradicionais.

    “Essa campanha teve muitas peculiaridades, mas provou mais do que nunca que o marketing político ganhou vida”, diz Átila Francucci, vice-presidente de criação da Nova/SB. Para ele, que até recentemente estava licenciado da agência para cuidar da campanha à presidência de Geraldo Alckmin (PSDB), o pleito deste ano afasta de vez a ideia de “marqueteiro político, aquela figura que num primeiro momento é mais pessoa física do que jurídica”, disse, referindo-se aos profissionais que, não raro, eram tão estrelados quanto os próprios candidatos.

    “Nesta campanha, se todos os adversários tivessem iniciado o trabalho com uma antecipação muito maior do que a época de campanha em televisão, que neste ano foi muito mais curta, talvez tivesse sido mais concorrido”, avalia Francucci. “O único que reconheceu isso antes, mesmo que tenha iniciado basicamente nas redes sociais, foi o próprio Bolsonaro, ainda em 2014.”

    Por outro lado, o candidato que começou a campanha mais tarde, Fernando Haddad (PT), ficou em segundo lugar no primeiro turno e cresceu na reta final do segundo turno, terminando com 44,87% dos votos válidos. “No engajamento das redes, a verdade tem mais poder do que o fake news”, diz Flavio Ferrari, sócio da consultoria Unit34. Ele uniu o serviço Social Data, de sua empresa, aos dados de monitoramento de redes sociais da Stilingue e à startup de gestão e análise de imagem corporativa AltaMedia no acompanhamento das estratégias dos principais candidatos. “Parte do desempenho do Haddad ocorreu por quem viu nele o alvo de fake news, pois falar mal da concorrência faz bem à concorrência – uma lição que o marketing de produto já aprendeu faz tempo.”

    Não há unanimidade sobre o quanto as redes sociais se destacaram na comparação com a televisão. Há quem acredite que o poder das redes foi subestimado, principalmente a do WhatsApp, o que pode ter impactado todos os adversários, exceto o ganhador. “Hoje o povo tem muitos recursos de mídia além da TV, recebendo informações a todo momento”, diz Fernando Barros, presidente da Propeg e chairman do Grupo PPG. Ele também esteve afastado da agência recentemente, para trabalhar no marketing das campanhas de César Maia (DEM) no Rio de Janeiro para o senado, que perdeu, e as de governador de Paulo Câmara (PSB) em Pernambuco e Ratinho Junior (PSD) no Paraná, ambos eleitos no primeiro turno. “Estava escrito nas estrelas: as plataformas de mídia não se resumem à telinha de TV. Tem influência, claro, mas também o celular, a TV paga e todas as outras coisas que o eleitor recebe no decorrer do dia”, acrescenta o publicitário.

    Uma pesquisa do Datafolha sobre a relação do eleitorado de cada candidato com redes sociais, publicada às vésperas do primeiro turno, mostrou Bolsonaro em destaque na maioria dos quesitos, às vezes atrás somente de João Amoêdo (Novo), cujo eleitorado era concentrado na classe AB. O Facebook era usado por 57% dos eleitores de Bolsonaro, contra 40% de Haddad, por exemplo. No WhatsApp, o candidato do PSL se comunicava com 61% de seu eleitorado, contra 38% do concorrente do PT. O presidente eleito tinha a maior base que compartilhava conteúdo sobre política e eleições, em ambas as plataformas, entre todos os candidatos: 31% no Facebook e 40% no WhatsApp (Haddad com 21% e 22%, respectivamente). Um levantamento da Socialbakers, plataforma de análise e gestão de plataformas digitais, mostra que Bolsonaro saiu de 6,9 milhões de seguidores (Facebook, Twitter, YouTube e Instagram) em janeiro de 2018 para 17,1 milhões em outubro. No mesmo período, Haddad foi de 742 mil para 3,4 milhões.

    Apesar disso, Ferrari observa que as movimentações nas plataformas sociais ocorreram, segundo os estudos da Social Data, quase sempre a reboque de conteúdos veiculados na grande mídia. “Ficou evidente na análise que as mídias tradicionais tiveram peso, definiram a conversa das redes sociais, mas também ajudaram a construir o capital midiático dos candidatos, deram exposição a eles”, avalia. “Esse olhar de que a TV não funcionou costuma estar direcionado ao horário político, pois o que tinha mais tempo de TV não se refletiu em votos. Se não tem a comunicação adequada, pode ter todo o tempo de televisão do planeta que não vai resolver. A questão é conteúdo.”

    Francucci lembra que o atentado à facada sofrido por Bolsonaro deu muito tempo em televisão para o candidato. “O mais precioso não é o break nem o horário obrigatório, que era disputado por senadores, deputados e outros candidatos. Ele estava no editorial e vitimizado pela facada, então a rejeição ao Bolsonaro, que era alta, começou a cair”, afirma, O publicitário lembra ainda que apesar da mídia espontânea, a estratégia reclusa no segundo turno, evitando aparecer em debates, quase se demonstrou nociva, já que Haddad começou a subir nas pesquisas na reta final.

    Bolsonaro não teve a figura tradicional de um profissional de marketing conhecido durante a campanha. Familiares, o presidente do PSL Gustavo Bebianno e consultores colaboraram para a campanha. Algumas agências de marketing digital, como a 9ideias, AM4 e Yacows trabalharam plataformas e foram inclusive alvo de denúncias envolvendo disparo pago por empresários (proibido por lei). Steve Bannon, consultor de Donald Trump e de diversos políticos conservadores europeus, chegou a se encontrar com Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente eleito, mas ambos negam que uma agenda oficial tenha sido estabelecida.

    Apesar da aparente informalidade, a comunicação de Bolsonaro foi construída profissionalmente e será um case a ser estudado. “O marketing político precisa de estratégia, mas também de criatividade, pois o digital é, como a TV e o rádio, mais uma plataforma”, diz Fernando Barros. “Se houver um candidato que o eleitorado não quer, o marketing não vai fazer milagre.” Na opinião do publicitário, o que muda basicamente é a entrada de profissionais mais focados em ferramentas do marketing real, que já se mostraram produtivas, e a saída de cena de profissionais que se destacavam por usar o marketing político para se vender como milagreiros. “Era algo desonesto, um raciocínio atrasado e preguiçoso”, afirma.

    Flávio Ferrari endossa: “O marketing reforçou sua importância, mas precisa se renovar para conhecer as ferramentas disponíveis para operar uma campana e conhecer melhor as demandas da sociedade”. Segundo ele, há duas demandas básicas que voltam a ser valorizadas e podem até mesmo partir de profissionais e consultores diferentes: o posicionamento e a execução. “Entender o candidato e definir o que será importante na estratégia política, o que é mais importante de comunicar, qual é a linguagem em cada um dos pontos de contato com o potencial eleitor: isso é posicionamento. Na prática isso não mudou conceitualmente”, fala Ferrari. “Mas hoje tem um leque de ferramentas muito maior para estabelecer pontos de contatos com o consumidor, então é preciso transformar esse planejamento de comunicação em uma estratégia transmídia, já que cada um desses pontos exige características próprias na distribuição das mensagens ao eleitor.”

    Além de ressaltar novamente que tempo de campanha segue sendo importante, Átila Francucci afirma que “é preciso que as plataformas, o próprio WhatsApp, e outros profissionais estudem como esse movimento se comporta como veículo de comunicação”. Em tempos nos quais o primeiro pronunciamento à nação do presidente eleito, ainda antes de falar a rádios e televisão, foi numa live no Facebook, essa mensagem parece ter ficado bastante clara.

    quinta-feira, 25 de outubro de 2018

    Você se preocupa em inovar e realmente pensar na experiência do consumidor?

    Nos Estados Unidos, há cerca de quatro anos, marcas disruptivas começaram a surgir derivadas de inovações em produtos muitas vezes considerados básicos ou focadas na experiência do consumidor. Uma delas foi a Casper, empresa online que vende, graciosamente, o conceito de “dormir, repouso”.  Não, ela não vende colchões.


    No cenário internacional, a The Economist, da semana passada, com o título “A próxima recessão: Quão ruim será?” fala sobre a nova desordem ou “confusão” no mundo e chama atenção para os possíveis cisnes negros como a Turquia, Itália – que tica como uma bomba relógio, a China e sua própria crise e sobre o espaço que a incerteza abre para o pessimismo. Esse que se alimenta de si mesmo e que pode crescer para algo nunca imaginado.

    Highlights como esses são para lembrar que mais uma vez vamos andar na montanha russa, seja no mundo ou na conjuntura política instável brasileira, que se torna apenas mais uma na lista das dezenas de dificuldades que enfrentamos.

    Com todo esse cenário, estaríamos enxergando as nossas próprias responsabilidades, quais rumos deveríamos tomar para nossas empresas, nossas marcas ou deveríamos nos questionar: O que eu estou fazendo para inovar, para continuar crescendo e pensando em uma real experiência do consumidor? Marcas que não se preocupam em arriscar em inovações ou realmente pensar na experiência do consumidor não sobrevivem.

    Por anos, alguns mercados foram controlados por determinados “players” que eram responsáveis por suprir e distribuir produtos em categorias na qual o consumidor não tinha escolha. Mas com a velocidade da era digital da informação, esse consumidor começou a enxergar que merecia acesso, transparência, produtos de qualidade e entendeu sua força como cliente criando oportunidade para novas marcas que têm como propósito todos esses requisitos.

    Nos Estados Unidos, há cerca de quatro anos, marcas disruptivas começaram a surgir derivadas de inovações em produtos muitas vezes considerados básicos ou focadas na experiência do consumidor. Uma delas foi a Casper, empresa online que vende, graciosamente, o conceito de “dormir, repouso”. Não, ela não vende colchões. Concepção brilhante para um produto tão básico como um colchão. Com essa filosofia enraizada em cada um dos seus funcionários e investimento de alta tecnologia nos e preços acessíveis, a Casper, estrategicamente, fez parceria com marcas como Target, Nordstrom e Amazon, testou lojas pop up em várias localizações e, pensando na experiência do cliente, fez em uma loja piloto em Nova York, um espaço chamado “The Dreamery”.

    Pense em uma experiência lúdica com mini casinhas, teto estrelado, espaço sideral, fronhas com carinhas lúdicas, uma cortina para fechar a casinha e manter a privacidade, pijama disponível, bebidas e amenidades e, além de, é claro, poder tirar um belo cochilo. Uma soneca de 45 minutos, pelo custo de U$$25. E, saiba que há fila de espera em determinados horários.

    Todas essas experiências fizeram da marca nascida digital e até então, exclusivamente online, abrir sua primeira loja física, em fevereiro desse ano e já ser considerada uma companhia de sucesso, na qual os colaboradores também tem a disposição espaços para a soneca que, segundo o CEO, aumenta a produtividade.

    A ambição da Casper não para por aí. Serão 200 lojas ao longo da América do Norte, com o objetivo de que a experiência na loja seja acessível e divertida, e que as pessoas descansem e alcancem o bem estar nos 45 minutos do seu dia.

    E, sabe o que mais impressiona? A companhia, está, no mínimo, pensando três anos na frente e se perguntando como continuarão sendo disruptivos e planejando como se manterão líder na categoria.

    Enfim, essa é uma companhia que embora venda “o sono” e colchões, literalmente, não dorme no ponto.

    Fonte: Sandra Hayashida, sócia-diretora da GS&Digital para ProXXima

    terça-feira, 23 de outubro de 2018

    A era digital desafia o varejo.

    A outrora gigante Sears é a mais nova vítima dos modelos disruptivos.

    O pedido de proteção contra a falência feito pela outrora gigante varejista Sears na semana passada colocou a companhia norte-americana numa ingrata lista de negócios que foram à bancarrota – que inclui marcas famosas como Kodak e Blockbuster - por não conseguirem acompanhar as mudanças do mundo digital, representadas hoje pela Amazon. Ocorre que mesmo com a notória crise do varejo de lojas físicas existem oportunidades de sobrevivência para quem tiver a coragem de se reinventar numa versão híbrida ou multicanal.
    O curioso é que a própria Sears já foi considerada exemplo de inovação. Suas vendas por catálogos, um símbolo do american way of life, começaram ainda no final do século XIX e antecederam em duas décadas a primeira loja física. O formato era tão inclusivo e de baixo custo que foi considerado até fator de incorporação da população negra do sul dos EUA à economia do país, furando a segregação. O Discover, criado nos ano 80, foi o primeiro exemplo bem sucedido de cartão corporativo e a empresa também foi uma das pioneiras em investir no e-commerce. Mas sua aposta em clientes mais abastados nos anos 70 plantou as sementes da ruína nas décadas seguintes.
    Não aprender com esses erros pode ser fatal. Segundo um relatório elaborado pela Moody´s Investors Service, o segredo do sucesso pode estar na criação de experiências inclusivas para um tipo de clientela que está cada vez mais exigente. Os supermercados, por exemplo, investem cada vez mais em modelos do tipo pick up, com compra online e retirada na loja, e click & collect, uma espécie de drive-through. A rede Macy´s, por sua vez, já tem feito uso de realidade aumentada para suas lojas de móveis, diminuindo a necessidade de grandes espaços.
    Enquanto isso, a Amazon, faz um movimento contrário, agregando espaços físicos ao seu portfólio, como na aquisição da Whole Foods, ou investindo em logística e transportes próprios para sanar o problema de entregas, a chamada “última milha” do varejo. Resumindo, estar onde e quando o cliente precisar.
    Fonte: DCI

    segunda-feira, 22 de outubro de 2018

    Pesquisa mostra que só 2 em cada 10 brasileiros acreditam em dias melhores.

    Estudo sobre como o consumidor percebe a situação do país mostra que 82% classificam como ruim o momento atual. Mais da metade considera o custo de vida a razão do maior incômodo.


    Com o alto desemprego no Brasil e as incertezas que cercam o próximo governo, a confiança do consumidor segue estagnada em campo pessimista, com 41,9 pontos, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil.  Na avaliação de 82% dos brasileiros, a economia está ruim e só 19% acham que a situação do país vai melhorar nos próximos seis meses. Outros 47% alegam que há pelo menos uma pessoa desempregada na residência.

    A pesquisa foi realizada junto a 800 consumidores, e enfocou questões como a avaliação deles sobre o momento atual da economia; a avaliação sobre a própria vida financeira; a percepção sobre o futuro da economia e sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador varia de zero a 100 pontos, sendo que há confiança quando o resultado superar a linha neutro de 50 pontos. Abaixo dessa pontuação, domina a falta de confiança.

    Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, embora o país tenha superado a recessão chamada de recessão técnica, o consumidor brasileiro ainda sente os reflexos da crise e tem ficado mais cauteloso diante do processo eleitoral em curso. “Toda eleição traz incertezas, ainda mais uma campanha marcada pelo imponderável como a atual. Há muitas dúvidas sobre como os candidatos pretendem lidar com as reformas de que o país precisa”, afirma.

    Enquanto a recuperação da economia não se traduzir em queda do desemprego e crescimento real da renda, Marcela Kawauti entende que não haverá uma percepção de melhora do bem-estar. “A economia está se recuperando de forma gradual, mas enfrentou percalços ao longo do ano para esboçar uma reação mais vigorosa que justificasse retomada da confiança e um final de ano menos pessimista”, explica a economista.

    Os dados apurados pela CNDL e o SPC Brasil mostram que o Indicador de Confiança do Consumidor permaneceu estagnado na transição dos últimos dois meses, com 41,9 pontos em setembro, ante 42,4 pontos em agosto. Na passagem de agosto para setembro, permaneceu estável o universo de 82% dos brasileiros que consideram ruim a situação da economia.

    Pelo menos 68% dos consumidores ouvidos avaliam que o principal sintoma das atuais condições econômicas é o desemprego elevado; 61% culpam o aumento dos preços de produtos; 38% justificaram a percepção em decorrência das altas taxas de juros; e 29% acreditam que é atrapalhou o aumento do dólar.

    Medo 

    Quase metade dos consumidores afirmaram que em casa há, pelo menos, um desempregado, e 34% disseram ter receio de ser demitido. Para mais da metade dos entrevistados (51%), o alto custo de vida tem gerado o maior incômodo em relação à vida financeira familiar, e para 19%, o principal problema é o desemprego. Indagados sobre os itens que mais pesam no orçamento, 89% citaram despesas com contas de luz e água; 87% afirmaram ser o supermercado; e 86% apontaram os preços dos combustíveis.

    No que se refere à própria condição financeira, 43% dos consumidores consideram ruim ou péssima, ante apenas 11% que consideram que ela vai bem. Entre as causas do pessimismo financeiro, estão o custo elevado de vida (57%), o desemprego (34%), queda na renda familiar (25%), imprevistos (13%) e a perda do controle orçamentário (11%).

    O levantamento abordou também as perspectivas para o futuro da economia, e dentre os entrevistados, 33% se declararam pessimistas (10% no que se refere à vida particular), enquanto 19% afirmam estar otimistas (55% na avaliação financeira particular).De acordo com quase metade dos entrevistados, corrupção e desemprego são as maiores causas de insegurança, questões que estão ligadas aos primeiros meses de atuação do próximo presidente.

    No entendimento do SPC Brasil, embora o país tenha atingido certa estabilidade diante da recessão econômica, o brasileiro se mantém cauteloso em relação ao processo eleitoral. A entidade ressaltou haver incertezas sobre como os candidatos pretendem lidar com as reformas econômicas que o país precisa, e que apenas a queda no desemprego e crescimento real da renda vão mudar positivamente a percepção do consumidor. (Com Agência Brasil)

    O QUE ELES DIZEM
    Resultados da pesquisa feita junto a 800 consumidores

    82% acham que a economia está ruim
    19% acreditam que a situação do país vai melhorar nos próximos seis meses
    47% dizem que há pelo menos uma pessoa desempregada na residência
    89% reclamam dos reajustes das contas de água e luz
    51% dizem que o que mais incomoda é o custo de vida
    19% estão mais incomodados na vida da família com o desemprego


    sexta-feira, 19 de outubro de 2018

    Como criar um mindset de inovação na sua empresa.


    Não há cartilha! Só depende de você. Pense você mesmo como começar. Estabeleça planos, estude teorias de inovação e entenda como elas acontecem.


    Inovar é o caminho natural das empresas. Quando falamos em negócios, empresas, processos e tudo o que envolve o dia a dia de uma companhia, acabamos nos voltando a este tema. Como melhorar processos internos? Inovação. Precisa de um novo software para encurtar ou automatizar trabalhos? Inovação. Quer ganhar mais ou reduzir custos? Inovação!
    As áreas de conhecimento respiram inovação. Cientistas inovam para obter novas fórmulas, teorias e avanços. Banqueiros inovam para ter margens maiores de lucro. Arquitetos inovam em construções para encontrar materiais mais baratos e mais resistentes. Desenvolvedores e profissionais de TI inovam para fazer sistemas mais rápidos e que tornem a experiência de seus usuários cada vez mais imersiva.
    Temos então esta situação. Todo mundo precisa inovar, no entanto, como as empresas novas e tradicionais fazem para que isso seja possível? Como estimular um ambiente inovador? Quais resultados esperar e de quais tipos de inovação?
    Quebrar hierarquia

    A hierarquia mata a inovação. Encare isso. A pessoa que está se propondo a isso não pode depender do julgamento de outras acima de seu nível hierárquico até que a ideia chegue a quem realmente a entenderá. As inovações incrementais mais bem-sucedidas e mais rápidas são aquelas que pesquisam o hábito do consumidor. É algo rápido, está na boca de todos os usuários que usam sua ferramenta e não pode esperar pela hierarquia.
    As pessoas têm medo de levar suas ideias adiante por acharem que serão julgadas. Quando há muitas etapas a serem vencidas, a ideia morrerá sem chegar aos ouvidos de quem realmente importa.
    Tenha muitos ouvidos

    Vejo muitos clientes, com orgulho, dizer: criamos uma área de inovação - que já foi chamada de R&D (ou P&D – Pesquisa e Desenvolvimento) -, com orçamentos volumosos. Reconheço que a inovação precisa começar de alguma forma, mas restringir os ouvidos somente às vozes vindas do próprio time é perigoso.
    Mas, lembre que empresas pequenas e com poucos funcionários não têm um departamento de inovação. No Nubank, por exemplo, há uma área que se chama “Fator Wow!”. Como o nome sugere, a responsabilidade do time é criar experiências que impressionem seus clientes.
    Seu cenário é de empresa grande? Pense no Google. Com milhares de funcionários, 20% do tempo de cada funcionário é livre para que possam trabalhar em suas próprias ideias. O modelo de negócios da Google permite este tempo ocioso, pois sua fábrica de dinheiro está automatizada. Legal, vamos olhar agora para a Apple. Ela vende hardware, é uma fábrica e é uma das empresas mais inovadoras do mundo!
    Estimule o intraempreendedorismo

    O objetivo final é inovar, mas isso só vai acontecer quando as pessoas pensarem fora da caixa e, para isso, precisam se sentir à vontade e entender que têm liberdade para propor ideias e que elas não serão cortadas.
    Não deixe o outro se desmotivar

    Um projeto é analisado por diversas pessoas antes de ser colocado em prática ou não. Por este motivo, é essencial passar feedbacks ao idealizador, deixando claro o que achou da ideia e destacando os pontos positivos e negativos. Desta forma, a pessoa não ficará desmotivada e buscará se aperfeiçoar em uma nova ideia.
    Uma dica: quem for avaliar uma proposta deve buscar com o idealizador o conceito principal, para juntos decidirem se é aplicável ou não à empresa.
    Comece

    Não há cartilha! Só depende de você. Grandes empresas de consultoria irão propor modelos prontos, que custam milhões de dólares, sobre como “implementar a transformação digital”, por exemplo. Não vai funcionar. Sua cultura não deixará. A inovação é incremental. Não terá prazo e custo definidos. 
    Pense você mesmo como começar. Estabeleça planos, estude teorias de inovação e entenda como elas acontecem. Uma vez compreendido, você saberá por onde começar. Sugestão: estude lean, jornadas de design e metodologia ágil de desenvolvimento de software.

    Fonte: Guilherme Sesterheim, Business Innovation na ilegra para CIO

    quinta-feira, 18 de outubro de 2018

    A importância da inteligência competitiva no contexto digital.

    Utilizada em conjunto com a inteligência competitiva, a inteligência de mercado contribui no desenvolvimento de ações inovadoras, já que a análise das informações da concorrência e das demandas dos consumidores possibilita que uma empresa inove em seus serviços ou produtos, causando impacto muito positivo diante do seu público-alvo.


    Você já ouviu falar em inteligência competitiva (IC)? Se está atento e acompanhando o buzz sobre temas como transformação digital e o que vem ocorrendo no mercado, no mínimo tem uma boa ideia do que estamos falando. Empresas de todos os portes e segmentos já percebem que devem ser orientadas por dados. Assim, uma das principais abordagens em qualquer organização – e que é adotada, com certeza, por aquelas que procuram aperfeiçoar sua capacidade de compreender seu ecossistema e seu público para se manterem vivas – é o uso da inteligência.


    Aplicada sobre as informações relevantes do negócio, a inteligência competitiva possibilita verificar tendências, prever movimentos, encontrar oportunidades e dar forte embasamento às decisões estratégicas da companhia, em um trabalho que pode visar o longo prazo.


    Por que falar sobre isso?


    Estamos em um mundo que experimenta mudanças constantes e em altíssima velocidade – e a verdade é que nunca se gerou tanta informação quanto nos tempos atuais. Produzimos dados a todo instante, e esse imenso volume está à disposição para ser analisado e bem trabalhado pelas companhias.


    Utilizada em conjunto com a inteligência competitiva, a inteligência de mercado contribui no desenvolvimento de ações inovadoras, já que a análise das informações da concorrência e das demandas dos consumidores possibilita que uma empresa inove em seus serviços ou produtos, causando impacto muito positivo diante do seu público-alvo.


    “Uma marca não é mais o que nós dizemos que é, mas sim o que os consumidores dizem uns aos outros sobre elas”.

    Scott Cook, fundador da Intuit


    Nessa era do conhecimento, a informação está mais e mais acessível. E aplicando a inteligência para entender (e utilizar bem) os dados sobre o ambiente, as empresas conseguem informações que têm valor real para os seus negócios e clientes, além de garantir o conhecimento do que está acontecendo no seu mercado, o que as coloca em posição vantajosa, à frente dos seus competidores.


    Afinal, é somente com uma análise mais aprofundada que se consegue conhecer bem o cliente, compreender o setor do mercado com seus problemas, desafios e oportunidades. E a IC realmente se mostra importante porque, com essa orientação, conseguimos obter informações relevantes, fazer cruzamentos interessantes e conhecer profundamente quem concorre com a nossa empresa. A partir daí, podemos antever algumas direções ou ocorrências de modo a nos posicionarmos de uma maneira melhor, mais competitiva – e isso não tem preço.


    Inteligência para conhecer a fundo o mercado e a concorrência.


    É fundamental hoje poder analisar as iniciativas de quem disputa o mercado com você, tanto para saber como o competidor se comporta quanto para verificar como o público reage a essas ações. Quanto mais você atua sobre bases de conhecimento sólido, mais vai deixando o “achismo” de lado, pois a construção de uma inteligência competitiva verdadeira contribui para que sua tomada de decisão tenha mais embasamento e, consequentemente, seja mais certeira e poderosa.


    Digamos que você atua numa agência de comunicação e precisa desenvolver uma estratégia de comunicação em mídias sociais para uma determinada rede de farmácias. Trata-se de um segmento altamente concorrido, portanto, a inteligência competitiva se mostra absolutamente fundamental para que, munido das melhores informações sobre o ecossistema – e o conhecimento profundo sobre a concorrência – você consiga desenvolver o que pode ser a melhor linha de ação para que a rede cliente ganhe destaque.


    Perceba que, assim, ao chegar para conversar com o cliente você terá, além dos dados sobre ele, seus objetivos e demandas, um olhar sobre o ambiente de competição que ele enfrenta, entendendo o que os rivais fazem e já avaliando a reação do público e como eles se comunicam. Ou seja, você terá condições de mostrar ao cliente que conhece as circunstâncias do mercado dele, as falhas e os acertos dele e da concorrência e, a partir daí, procurar oportunidades estratégicas para atuar com destaque e ganhar mercado. Suas chances de sucesso com este cliente crescem, não é mesmo?


    Portanto, o uso da inteligência competitiva é um elemento cada vez mais importante para aperfeiçoar a execução das suas iniciativas e gerar resultados muito melhores para os clientes. Para monitorar o mercado, entender o cliente e agir proativamente em relação às estratégias da concorrência, investir em soluções que contemplem a inteligência competitiva é com certeza a melhor alternativa.


    As informações estão aí, e é fundamental trabalhar bem com elas para não perder terreno e não ficar para trás. E para otimizar e tornar menos árduo esse trabalho, a tecnologia – para variar – é a melhor aliada.


    O papel da tecnologia


    Como dissemos em outro artigo, o marketing hoje é potencializado pela tecnologia, e as agências contam com ferramentas, plataformas e soluções alinhadas para o marketing digital. Surgem as Martechs, que mesclam e trabalham com os dois setores para tornar ainda melhores e mais eficientes as mais variadas iniciativas. Afinal, as ações de marketing e comunicação só têm a ganhar com o cuidadoso acompanhamento da movimentação da concorrência, verificando como ela atua nas redes sociais, nos blogs e sites, como são as interações que ocorrem, que tipo de retorno o público oferece.


    A tecnologia, portanto, ajuda o trabalho humano da inteligência a identificar aquilo que, dentre os padrões verificados nos players que disputam determinado mercado, está gerando melhores resultados, o que pode ser oportuno ou não naquele momento, etc. Uma coisa é certa: negócios cujos gestores obtêm e aproveitam informações estratégicas a respeito da concorrência e do mercado ganham muito em competitividade. E, com isso, podemos afirmar que talvez o que falte para a sua agência seja simplesmente esse tipo de conhecimento.


    Como se comporta o seu mercado? Seus competidores fazem que tipo de campanha? Em que redes sociais estão presentes? De que modo? Como é a interação no blog deles? De que maneira eles se comunicam em cada um dos canais em que atuam? E como interagem com o público? Qual é a resposta dos clientes às interações das marcas? Estes são alguns dos muitos pontos possíveis de serem levantados e estudados a partir de uma plataforma completa que faça uso da inteligência competitiva.


    Fonte: Eduardo Prange, CEO da Zeeng para ProXXima