quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A AmazonGo, e o varejo, para onde vai?

As ameaças da varejista às redes tradicionais e como Carrefour e Ponto Frio se preparam para o futuro (presente).


Um dia após a Amazon ter inaugurado sua loja totalmente automatizada, em Seattle, nos Estados Unidos, o Carrefour divulgou um manifesto de mais de sete páginas sobre o que suas lideranças enxergam como o futuro do varejo. O documento batizado de “Carrefour 2022” apresenta as diretrizes de seu plano de transformação para os próximos anos.

“Tenho uma grande ambição para o Carrefour: tornar-se o líder mundial da transição alimentar oferecendo aos nossos clientes, todos os dias e em qualquer lugar, alimentos de qualidade e confiança a um preço justo”, disse Alexandre Bompard, CEO do Grupo Carrefour, na carta.

O teor do comunicado, segundo José Roberto Securato Junior, conselheiro da Saint Paul Escola de Negócios e vice-presidente do Ibevar, é uma resposta ao avanço da Amazon e sua capacidade de impactar o varejo global. “Grandes e pequenos varejistas se mobilizam, uns para conquistar o varejo mundial, outros apenas para sobreviver. Para o Grupo Carrefour, conquistar e sobreviver parecem ter o mesmo significado”, diz Securato. 

“A ambição do Carrefour, que guia o plano, é uma tendência global: permitir que seus clientes consumam melhor. Mas consumir melhor tem outras verticais além de produtos mais saudáveis, mesmo para um varejista alimentar. O Whole Foods, agora Amazon, somente oferece produtos orgânicos, com grande foco nos produtores locais e usualmente declaração de procedência”, afirma Securato. 

O Carrefour definiu quatro pilares: implementar uma estrutura organizacional simplificada e aberta, atingir ganhos de produtividade e competitividade, criar um grupo omnicanal de referência e reformular a oferta da qualidade dos alimentos. 

Luís Eduardo Ribeiro, diretor da Lelo Logística, afirma que a estratégia do Carrefour é a reação “de um gigante que está perdendo espaço no comércio mundial”. “Cortes radicais em despesas de pessoal e instalações visam recuperar a margem, além de viabilizar os também vultosos investimentos no comércio eletrônico. O desafio de ser uma referência online é ainda distante, mas o plano de reestruturação mostra ao mercado um caminho viável. No Brasil, a notícia é boa, já que a empresa está perdendo espaço para o GPA e mostra agressividade com fortes investimentos no ‘atacarejo’”, afirma. 

Em meio a esse movimento, a rede Walmart busca a definição de seu destino no Brasil. De acordo com a coluna de Lauro Jardim em O Globo, da semana retrasada, o fundo Advent negocia a compra de 50% da operação brasileira. Em dezembro, a varejista anunciou a integração de suas operações de lojas físicas e de comércio eletrônico. 

Aqui no Brasil, na semana passada, o Ponto Frio, da Via Varejo, deu outra mostra de como ele enxerga o futuro do varejo. A rede começou a operar na Vila Olímpia, em São Paulo, um novo modelo de loja que busca unir experiência e praticidade. O projeto vem sendo tocado internamente pela companhia e, há cerca de um ano e meio e em sua fase final, contou com a consultoria da Gouveia de Souza. 

Thiago Pasqua, diretor de Lojas Premium da Via Varejo, afirma que o objetivo é inovar da exibição à compra. “O teste de produtos, por mais simples e analógico que pareça, é algo que não temos nas outras lojas e já estamos pensando em levar. Já a realidade virtual é algo disruptivo em móveis, mas precisa de um tempo de maturação maior. Cada categoria e tecnologia terá seu tempo para a questão de escalar ou não”, explica o executivo. 

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O uso do data center para melhorar a experiência do cliente.

A transformação digital trouxe uma nova diretriz para o relacionamento entre empresa e cliente. Nos últimos anos, duas palavras têm chamado a atenção do mercado: Customer Experience (Experiência do Cliente), ou seja, a percepção que o consumidor tem sobre a empresa.
O termo se refere à maneira como o cliente foi tratado durante toda a interação com a marca, inclusive após a efetivação da compra, fazendo com que ele recomende ou não os serviços e produtos recebidos. Ao contrário do que foi construído no passado, o sucesso de uma organização não depende unicamente da qualidade do seu produto e de um bom marketing, mas principalmente de uma ótima relação entre empresa e cliente.
Em uma era de ruptura, a Experiência do Cliente ganha ainda mais relevância. Há dez anos o contato com o consumidor deixou de ser apenas via telefone ou presencial e passou a ser integrado com as novas tendências, principalmente por meio das redes sociais e chatbots. Em um cenário de coisas e pessoas conectadas, o Data Center passa a ser um dos protagonistas dessa Revolução Tecnológica.
Pesquisas apontam que até 2020 mais de 20 bilhões de coisas estarão conectadas no mundo. Com uma demanda gigante de dados, as empresas buscarão soluções em cloud para suportar todo o conteúdo e gerar mais espaço dentro das companhias. O armazenamento de dados em Nuvem garante às empresas mais tempo para investir em outras áreas do negócio e na Experiência do Cliente, o que consequentemente irá gerar mais lucros.
Em um mundo digital repleto de dados, é possível com a ajuda da tecnologia e da inteligência de mercado, se antecipar às necessidades dos clientes para melhorar sua jornada. Quando o consumidor percebe a preocupação da empresa em atendê-lo de forma eficaz, ele involuntariamente guarda os três pilares que formam a Customer Experience: esforço, emocional e sucesso. O pouco esforço que ele realizou para ter sua demanda atendida, a forma como a marca foi guardada em seu emocional e o sucesso em atingir os objetivos e possivelmente se tornar fiel à marca.
É por meio dos milhões de dados gerados diariamente que uma empresa pode se antecipar aos desejos de compra e às tendências de mercado para analisar determinado cliente. Investindo em uma boa inteligência analítica, os consumidores receberão ofertas que estão condizentes com suas necessidades e vontades. É a partir daí que a Experiência do Cliente tem início. Quando uma jornada começa bem, o consumidor já cria um vínculo positivo com a empresa, facilitando a comunicação e expondo mais facilmente sua visão sobre o que repassam para ele. No entanto, para manter uma boa imagem, a companhia deve estar presente também no pós-venda.
Antes de iniciar qualquer transformação relacionada à Experiência do Cliente, é necessário investir em plataformas que possibilitam uma melhor análise do seu consumidor. Muitas empresas erram porque acreditam que conhecem bem seu público-alvo, mas nem sempre estão atentas às rápidas mudanças que surgem. Somente por meio de uma visão ampla que a companhia poderá conhecer verdadeiramente seus consumidores e oferecer uma boa Experiência do Cliente.
Proporcionar uma ótima jornada ao cliente é a base do sucesso para qualquer empresa, pois é por meio da percepção do consumidor que as companhias fidelizam seu público-alvo e saem à frente quando o quesito é competitividade. Investir em melhores estratégias para a Experiência do Cliente é apostar no crescimento e reconhecimento da organização.
Por Fernando Dantas, superintendente da Gerência de Serviços da Sonda Ativas para IT Fórum 365

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Oito ferramentas para monitorar o desempenho digital de seus concorrentes.

O trabalho deve ser feito de forma a evitar a perda de tempo e garantir resultados reais. 


Conhecer o mercado e os concorrentes de seu negócio é uma prática utilizada há muito tempo pelas empresas. Porém, a análise da concorrência deixou e ser usada apenas para a disputa e competição entre marcas para ser também uma forma de aprendizagem e aperfeiçoamento entre elas. 
Essa prática é percebida entre as maiores companhias do mundo. Praticamente 90% das empresas listadas na Fortune Global 500 admitem reunir informações sobre seus concorrentes, sendo que 70% das empresas americanas  aumentaram o orçamento investido em análise da concorrência.
Para o guru do marketing digital e empreendedor Neil Patel - famoso por potencializar os lucros de gigantes como Amazon, Google e GM - o mundo dos negócios não poderia vivenciar um momento melhor do que este em que a concorrência deixou de inspirar medo aos concorrentes. "Estou feliz por termos chegado a esse ponto, pois hoje os profissionais de marketing estudam seus concorrentes para promover melhorias, e a análise da concorrência é uma estratégia que defendo há um bom tempo".
Patel explica que esse método deve ser feito de forma pensada para evitar a perda de tempo e garantir resultados reais. Com plena consciência do posicionamento de mercado da empresa, definir alguns passos iniciais é fundamental para os resultados. "É preciso saber antes de tudo o que você deseja buscar, quais as ferramentas corretas para obter essas informações e como irá aprimorar esses insights para alavancar seu negócio".
Patel destaca ainda que mesmo com todo engajamento para analisar a concorrência, cada negócio precisa ter sua estratégia de conteúdo bem definida e baseada em técnicas provadas. "Caso não perceba uma melhora significante em tráfego orgânico e geração de leads, pode ser necessário ajustar o tipo de conteúdo criado", afirma. 
Conheça as ferramentas listadas pelo especialista:
1. Rank Signals - Esta ferramenta gratuita serve para comparar o posicionamento de sites concorrentes. "Você recebe uma visão geral do perfil pesquisado. Além disso, os dados complementares que aparecem nos resultados lhe permitem traçar estratégias para se destacar onde seus concorrentes ainda não estão presentes", explica Patel.
2. SEMrush - "Você conseguirá dominar a pesquisa de concorrência de SEO com o uso dessa ferramenta, extremamente versátil e abrangente", destaca o especialista.
Após digitar a URL, a ferramenta dará uma visão geral do domínio pesquisado. Dados como: principais palavras-chave orgânicas, palavras-chave pagas, landing pages e backlinks são alguns dos dados fornecidos.
3. SimilarWeb - A SimilarWeb faz análise de tráfego entre sites concorrentes. Descobrir quais canais angariam mais visitantes e de onde essas visitas vêm, é uma de suas funções. "Conhecer como funciona o tráfego dos concorrentes e incrementar seu negócio com esses insights é fundamental. Nada mais importa para um blog se ele não gerar tráfego, por exemplo."
4. Alexa - Esta ferramenta da Amazon possibilita a quem começar um negócio estar bem informado sobre o atual momento do mercado em questão. Capaz de fornecer insights analíticos que comparam e otimizam negócios na internet, é utilizada para classificar a relevância de websites. "Esta ferramenta é muito útil para certificar-se de que está falando a mesma língua que seu público. Ferramentas de marketing para benchmark, quantidade de visualizações por mês, tempo gasto no site e a taxa de rejeição são alguns destaques da Alexa."
5. Social MentionUtilizada para observar as atividades dos concorrentes em redes sociais, a ferramenta serve para rastrear menções às marcas e saber com qual freqüência seus concorrentes são mencionados. "Atualmente, muitos investem tempo e recursos em redes sociais. É imprescindível fazer um acompanhamento nesse cenário", afirma o especialista.
6. Spyfu - É possível conhecer quais são as principais palavras-chave pagas e o custo delas, mensal ou por clique. "Essa é a opção perfeita para iniciantes em campanhas PPC (pagamento-por-clique) por ser simples e eficaz. Com ela você consegue saber onde seus concorrentes estão investindo e se valerá a pena fazer o mesmo para seu negócio", destaca Patel.
7. BuzzSumo - Ao inserir o domínio a ser pesquisado será possível receber informações dos posts de melhor desempenho sobre o concorrente buscado. "Faça a seleção do que for de maior relevância ao seu negócio e crie estratégias para ir além. Recomendo que seja feito também um cadastro para testar a ferramenta, pois a opção gratuita é limitada".
8. Operadores de busca do Google - Diferente das buscas normais realizadas no Google, que trazem muitos resultados e muitas informações a serem checadas, os operadores de busca do Google são capazes de criar buscas mais sofisticadas e específicas. "É uma excelente escolha que possibilita receber um resultado compatível com o que é buscado. Os operadores possibilitam, por exemplo, encontrar conteúdos não disponíveis na navegação do site", finaliza o especialista.

Fonte: CIO


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

O uso da tecnologia beacon no varejo

Ser reconhecido ao entrar nas lojas, receber promoções personalizadas, ganhar cupons para gastar nas suas compras usuais ou até mesmo ser direcionado a um cantinho especial da loja para encontrar itens que você possa gostar. Todas essas opções já são realidade no varejo graças a uma tecnologia específica: beacon.

Embora os beacons não sejam exatamente uma tecnologia nova, 2018 promete ser o ano em que ela começará a ganhar força no mercado. Vivemos em tempos em que os consumidores estão acostumados com uma alta taxa de interatividade, seja com pessoas, marcas ou estabelecimentos e eles também sabem exatamente o que querem comprar, usar ou frequentar. Por isso, os beacons são uma ferramenta valiosa para personalizar o atendimento ao cliente e se manter próximo a ele.

Os beacons são dispositivos de geolocalização para locais fechados. Eles permitem que os smartphones se conectem a eles via Bluetooth, estabelecendo uma comunicação por meio de um aplicativo personalizado. Os beacons geralmente ficam instalados na entrada de lojas e eventos, assim, captando a entrada do usuário no minuto que ele adentra o ambiente, dando início à interação.

A utilização dessa tecnologia traz um mar de possibilidades: fidelizar clientes, oferecer promoções, colher informações de público, entre várias outras coisas. É perceptível no mercado uma crescente demanda por beacons, geralmente em locais onde concentram-se grande quantidade de pessoas, como lojas (varejo e atacado), feiras, eventos corporativos e restaurantes.

Quando a tecnologia beacon é bem trabalhada, é possível reunir uma boa quantidade de dados, e com essas informações levantadas, o dono do estabelecimento consegue criar interações únicas e individuais para cada tipo de cliente, sabendo sua frequência de presença no local, tempo de permanência e proximidade de produtos ou serviços que são do seu interesse.

Por isso, a dica é cada vez mais manter-se atento a essa tendência de mercado, pois os clientes adoram novidades e gostam ainda mais de se sentirem únicos, duas demandas que os beacons atenderão sem dúvida alguma neste ano.

Por Caio Bretones, CEO da Mobile2you Tecnologia.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Indústria 4.0: A Revolução Inevitável

Essencialmente, a transição para a 4ª Revolução Industrial passa pela adoção de um novo modelo de negócio digital. Pela perspectiva estratégica, a implementação das mudanças para este novo modelo deve garantir a integração interna vertical dos processos de produção, bem como a integração horizontal externa na cadeia de valor, com foco sempre implacável no cliente. Como consequência desta integração, o desejo do consumidor deve se materializar, em tempo real, na linha de produção, por meio da customização individual do produto, ou serviço, a ser ofertado. 

O processo de transformação é um movimento mundial que surge do posicionamento ativo do novo consumidor, também conhecido como prosumer, ou seja, aquele que, em alguns momentos, vira produtor da transformação do capitalismo pela economia de custo marginal quase zero e da adoção das novas tecnologias disruptivas, as quais geram um salto de eficiência e de integração econômica. 

Tudo indica que, em breve, veremos a transformação da forma como energizamos a atividade econômica, com a expansão do uso das fontes de energia renováveis descentralizadas, e a transformação da forma como movemos a atividade econômica, com a adoção de veículos elétricos e driverless (sem motorista). Atualmente, as empresas que buscam ter sucesso neste novo cenário econômico vivenciam esta jornada tanto como provedores de soluções para a transformação de seus clientes como protagonistas da própria transformação interna. 

A 4ª Revolução Industrial será tão densa que questionará a própria razão de existir das empresas. Todos os segmentos serão diretamente impactados. É apenas uma questão de quando isto irá acontecer. Por isso, é necessário que as empresas trabalhem a construção de sua estratégia pela perspectiva de reinventar seus processos para obter eficiência e flexibilidade com as novas tecnologias, num momento em que o produto/serviço é praticamente cocriado pela experiência que o usuário deve vivenciar. Como em toda transformação, seu sucesso somente será alcançado com pessoas sendo o epicentro da mudança. É indispensável preparar bem as equipes, identificar o que há de melhor nelas, desenvolver novas habilidades, fomentar a mudança de mindset, de forma q ue se tornem protagonistas da era digital.

Embora problemas de infraestrutura, qualidade da educação e lacunas de legislação sejam obstáculos em diversos projetos de implementação da 4ª Revolução Industrial, deve-se acreditar no potencial econômico do Brasil, no espírito empreendedor do brasileiro e nas novas tecnologias que surgem para transformar o mundo. A revolução é inevitável e prevê uma crescente integração entre diversas áreas de conhecimento para mudar radicalmente – para melhor – a vida das pessoas e o dia a dia das corporações.


Por Augusto Moura, CEO da IHM Engenharia para CIO.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Opinião - O que é uma startup? E quando ela deixa de ser?

Você certamente não sabe que não sabe, porque acha que sabe, só que não.


A definição de startup e de quando ela deixa de ser uma é boa para entendermos que conceitos são, ao mesmo tempo, vitais e, parte das vezes, de relevância relativa para a vida real.

Toda vez que penso no Facebook, por exemplo, não consigo deixar de imaginar que eles ainda são uma startup. Bobagem, certo? Eles, além de serem já bilionários, terem milhares de colaboradores em todo o mundo, estão em operação há mais de 13 anos. O Facebook, portanto, é uma empresa constituída normal.

Será?

Os indicadores que usei foram receita, número de colaboradores e tempo de operação. Seriam esses bons indicadores para dizer se uma startup é ainda uma startup?

Há quem diga que sim e quem diga que não.

Bom, para complementar e ajudar, quem sabe poderíamos acrescentar como critério o número de rounds de aportes que a startup recebeu. Aí, talvez, fique mais fácil, né?

O Facebook já recebeu inúmeros rounds e, portanto, já não é mais uma startup. Já que o número de rounds que oficialmente se utiliza como parâmetro para determinar se uma startup é uma startup é de …, bem, hummm, digamos, uns três? Quem sabe quatro?

Pois então … não há nenhum número oficial de rounds internacionalmente reconhecido como parâmetro para determinar se uma startup deixa de ser uma startup ou não. Cada um usa o critério que acha mais legalzinho.

Há quem defenda que não seja então o número de rounds, mas sim a ordem de grandeza dos investimentos, e aí entramos no âmbito das series … series A, B, C, etc.

Só que, mesmo problema. Eu posso achar que o razoável é que seja series A e alguém poderia argumentar que seria B, C, ou, bom, você escolhe aí o parâmetro que quiser.

Já volto ao tema, mas queria dar um passo atrás e começar da base. Para discutir quando uma startup deixa de ser uma startup, antes precisamos discutir e definir claramente o que é uma startup.

Até porque isso é bem mais simples, certo?

Então, vamos lá.

A família da minha mulher tem malharias em Monte Sião, sul de Minas. Agora, neste exato instante, uma nova malharia de fundo de quintal está sendo aberta numa garagem (literalmente, como a Apple) em Monte Sião.

Essa malharia é uma startup?

Bom, é uma empresa nascente, sem dúvida. Mas é uma startup?

Startup, em inglês, é uma expressão que designa algo que começa e vai para cima. Start, começar. Up, para cima. Tudo bem que é uma tradução literal simplista, mas não é nada muito diferente disso não. Tanto que não é errado você escrever separado por hifen … start-up.

Ora, toda empresa que começa, começa, e quer ir pra cima. Portanto, semanticamente, em inglês, toda empresa que nasce é uma startup e, assim, a tal malharia de Monte Sião é uma startup também. Ela acaba de começar e quer ir para cima. 

Se os investidores e empreendedores do Vale do Silício soubessem ler em português e, por um improvável acaso do destino, estivessem lendo este texto, morreriam de rir. De mim e da empresoca de Monte Sião.

Os investidores e empreendedores brasileiros que estão lendo agora, possivelmente, também.

E por que?

Porque o uso da expressão start-up (separada por hifen) difundiu-se notadamente na história dos EUA a partir de meados dos anos 70 atrelado notadamente as jovens empresas de tecnologia que se acomodaram e se expandiram a partir do campus de Stanford, em Palo Alto, invadindo o que se convencionou chamar de Vale do Silício.

Assim, porque a difusão do uso da expressão deu-se a partir de empresas com atributos de tecnologia, a pobre malharia de Monte Sião, e a padaria que o portuga está abrindo aqui na esquina da minha casa, não costumam ser chamadas de startups.

Startup tem que ter tecnologia.

Mas não só isso.

O tempo foi passando e o conceito foi ganhando em sofisticação. Por exemplo, se o business da startup não for escalável, não é startup.

Quem defende esse conceito é um fodão chamado Paul Graham, o fundador do Kickstarter, certamente um dos caras que mais entende de startups do Planeta.

Mas é curioso pensarmos o seguinte. Se startup é só uma empresa nascente de tecnologia e escalável, mas escalar é algo que pode até estar no modelo original como premissa, mas que só se configura a partir de um determinado volume e de um determinado tempo (growth), você só chegaria a ser uma startup anos depois de ter começado, nunca no seu nascimento, confere?

Resumindo, como nenhuma empresa nascente tem escala from scratch, segundo Graham, não poderia ser considerada como uma startup desde o seu início. Ela nasceria antes, para só depois virar uma startup.

Sei que estou pegando no pé do Graham, mas é que essa é uma premissa purista.

A tentativa dos puristas é apontar para um modelo. E estimulá-lo. O que nem de longe está errado.

E o modelo visa gerar negócios de fato escaláveis desde o quanto antes possível. Criar um mindset junto aos empreendedores nesse sentido. Orientá-los e treiná-los para isso. O objetivo final é startups realmente escaláveis, porque mais valiosas. E aí a conta fecha mais "bunito" para todos.

O fato é que ao definir startup, quanto mais você aprofunda o critério, mais ele se esvanece.

Ora – e voltando ao início da conversa – se é tão impreciso e/ou subjetivo assim definir o que é uma startup, como é que vamos então definir o que não é mais uma startup? Ou quando uma startup deixa de ser uma startup?

Igualmente impreciso e subjetivo.

Fiz essa curva toda para te provocar. Se você está lendo este texto até aqui ou você tem uma startup, ou é investidor, ou por algum motivo, se interessa pelo tema.

Então, considere comigo que é, sim, importante buscarmos definições de modelos de negócios, porque discuti-los é vital. Mais para discuti-los e menos para chegarmos a um consenso sobre eles.

Se você tem uma definição muito clara e precisa sobre o que é ou deixa de ser uma startup, think again.

Na verdade, seja qual essa definição for, estará errada diante de uma infinidade de tantas outras ou ficará rapidamente obsoleta frente a diversa, inusitada, surpreendente e ricamente transformadora aula que a realidade nos dá diariamente, destruindo conceitos velhos e colocando outros novos, igualmente imprecisos, no lugar.

De vez em quando, não saber é que é a grande sabedoria.

Por Pry Marcondes, Diretor-geral da M&M Consulting para a ProXXima

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Tecnologia: o que profissionais de humanas precisam saber para não se tornarem obsoletos.

As previsões para automatização do mercado de trabalho, feitas pelo Fórum Econômico Mundial, apontavam que até 2020 o número de empregos perdidos por conta da tecnologia passaria dos 7 milhões. Deste número, dois terços abrangeriam postos de trabalho ligados a escritórios e atividades administrativas. A dois anos de alcançar essa estimativa, a habilidade técnica para os profissionais que ocupam esses cargos, em sua maioria com formações na área de humanas, é hoje uma necessidade, até para que esses postos sejam transformados, e não mais descartados.

É praticamente impossível hoje, segundo os especialistas, conseguir desenvolver atividades profissionais sem o domínio mínimo de tecnologia. Entender de programação e análise de dados pode parecer uma barreira difícil de transpor para quem não tem formação e experiência em cursos mais técnicos. Mas superar essa dificuldade e se manter no mercado de trabalho requer algo simples: uma postura curiosa e sem resistência.
Para quem ainda não domina tecnologia, ou não se sente confiante em lidar com ela no trabalho ou em uma entrevista de emprego, alguns passos simples podem colocar o profissional no caminho do mundo digital. Confira as dicas do responsável pelos Recursos Humanos da Contabilizei, Otávio Torres; da investidora-anjo e presidente da Gávea Angels, Camila Farani; do fundador e CEO da Linte, Gabriel Senra; e do diretor da PwC Brasil, Roberto Martins.

5 passos para alguém de humanas tornar-se um profissional digital

1. Busque informação sobre a tecnologia Quando estiver em um processo seletivo de emprego, veja se no e-mail de recrutamento existe alguma menção (geralmente no final da mensagem) de algum programa usado pela empresa. Se sim, busque informações sobre ele para mostrar, na entrevista, que tem interesse na tecnologia empregada.
Segundo o CEO da Linte, Gabriel Senra, o caminho é querer conhecer, saber como os programas funcionam, sem ter medo. “Toda mudança dói muito. Os profissionais da área de humanas precisam primeiro entender que a tecnologia vai ajudar, não atrapalhar. Trabalhar usando tecnologia não é necessariamente saber programar, mas querer aprender a usar novas ferramentas”, explica o fundador da startup que desenvolveu uma plataforma que controla a gestão dos processos e contratos de escritórios de advocacia e departamento jurídico de empresas.
2. Ainda dá tempo de aprender a programar
Se a empresa não oferecer treinamento para uso de programas e ferramentas, existem hoje disponíveis muitos cursos online e nas universidades, pagos ou gratuitos. Para começar, invista em um de programação básica.
Qualquer pessoa que não saiba pode aprender programação, independentemente da idade. E não necessariamente quem é mais jovem terá um domínio maior de tecnologia dos que os que estão no mercado há mais tempo. Para a investidora-anjo e presidente da Gávea Angels, Camila Farani, esse tipo de pensamento é um engano. O domínio de novas ferramentas não tem ligação necessária com a idade, mas com o interesse de cada profissional.
“Pessoas que conseguem aderir às novas tecnologias mais rápido, usar aplicativos e softwares sem medo de aprender, são as que se saem bem no mercado, não importa se têm 20 ou 40 anos. Portanto, o caminho para quem ainda não sabe nada — ou muito pouco de tecnologia — é aprender. Para isso a saída é buscar formação sozinho.
3. Busque se familiarizar com o maior número possível de ferramentas.
Sempre que ouvir falar em alguma que desconhece, faça pelo menos uma busca rápida para saber do que se trata e ter noções básicas do seu funcionamento.
A previsão dos especialistas é de que não vai faltar colocação para quem se dispuser a aprender. Pelo contrário, o que existe — e tende a piorar nos próximos dez anos — é uma falta de profissionais capacitados para lidar com novas tecnologias. E isso independe de um curso formal. Ficar atento a blogs e sites de tecnologia ajuda bastante para saber o que já existe e a ficar de olho no que é tendência.
4. Informe-se sobre a transformação digital na sua empresa
E na transição pela qual passa o ramo da da empresa em que trabalha ou pretende trabalhar. Saber por qual caminho ela vai é fundamental na hora de saber buscar ferramentas úteis para essa área.
Muitas empresas usam programas conhecidos, outras não. No primeiro caso, cursos e buscas na internet (como nas dicas acima), ajudam. No segundo, quando a empresa trabalha com alguma tecnologia específica, desenvolvida especialmente para as atividades que realiza, geralmente existe treinamento próprio, já que dificilmente um profissional vai ter um conhecimento prévio daquele programa.
“Nesses casos, a habilidade essencial que precisa ter é estar disposto a conhecer, mexer, mostra-se interessado a usar o potencial da tecnologia para potencializar seu trabalho”, diz Otávio Torres, responsável pela área de Recursos Humanos na Contabilizei, empresa que presta serviço online de contabilidade.
5. Aprenda a analisar dados.
Mais do que saber programar, é preciso entender e interpretar dados. É um trabalho mais numérico e menos subjetivo.
Com a experiência de inserir uma área essencialmente de humanas a esse universo tecnológico, Senra (que fundou uma startup que desenvolveu uma plataforma que controla a gestão dos processos e contratos de escritórios de advocacia e departamento jurídico de empresas) percebeu que o problema dos profissionais dessa área está em uma formação mais subjetiva, não acostumada a usar métrica e analisar resultados.
E é esse papel que a tecnologia cumpre. Isso não significa que ela vai substituir esses profissionais. Pelo contrário. Professores, advogados, contadores e psicólogos, por exemplo, não serão descartados, mas terão seus desempenhos potencializados com auxílio de ferramentas digitais, e quanto mais focarem em fazer uma interpretação analítica dos números e informações, mais terão oportunidade de melhorar sua produtividade. 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Cinco tendências tecnológicas para ficar de olho em 2018.

Ninguém duvida que as tecnologias estão evoluindo e sendo adotadas com uma velocidade cada vez maior. Várias delas surgiram nos últimos anos e já ganharam diferentes aplicações e representatividade em inúmeros segmentos da indústria. Por isso, não podemos deixar de olhar para a evolução e os impactos que cada uma delas causará nos nossos negócios e setores. Para facilitar essa análise, trago abaixo cinco tendências que se difundirão mais fortemente em 2018 e que todas as empresas devem estar atentas.
Inteligência Artificial
A tecnologia vai continuar sendo um dos principais tópicos do próximo ano. Ela está evoluindo a passos largos para diversas aplicações e estará em praticamente todos os tipos de sistemas e soluções. Mais do que isso, a IA também deixará as coisas mais inteligentes. Robôs, drones, máquinas agrícolas. Todos eles responderão perguntas e oferecerão insights para tomada de decisões em diferentes indústrias.  
A evolução dessa tendência também passa muito pelas experiências conversacionais, como Alexa, da Amazon, e Siri, da Apple. Esses exemplos da vida pessoal ingressarão fortemente no universo corporativo, como no atendimento ao cliente, por exemplo, que poderá pedir orientações ou fazer perguntas por comando de voz ou texto e ser direcionado a um manual ou à localização específica da resposta na página de FAQ (perguntas e respostas frequentes, da sigla FAQ em inglês).
Além disso, há estudos sobre a operação de máquinas e sistemas com o uso de comandos de voz. Desta forma, por meio de uma interação com linguagem natural, será possível interagir com um software e pedir para que ele emita uma nota fiscal para empresa X, por exemplo, e ele o fará sozinho. 
Realidades Virtual e Aumentada
Outras tecnologias que vão crescer muito no próximo ano são as realidades virtual e aumentada. Até então bastante usadas na indústria de games, em 2018 se tornarão mainstreamimpulsionadas pelos setores de lazer, como museus e estádios, hotelaria e turismo. Mas também serão bastante usadas nos segmentos de varejo, saúde e educação - incluindo treinamentos.
Esses conceitos ganharam popularidade no mercado de games, como Pokémon, mas, assim como a inteligência artificial, estão sendo inseridas em aplicações de negócios. Em uma loja física, com uma aplicação assim, será possível obter informações adicionais de um produto ou verificar se uma carteira que você está comprando combina com um sapato que já está em casa. No segmento de saúde, será possível ”escanear” o tornozelo após uma contusão e obter indicações do que aconteceu e recomendações do que fazer. Tudo isso com a câmera do celular.
Os benefícios não param por aí. Essas tecnologias permitirão uma experiência imersiva, como, por exemplo, no aeroporto de Singapura que já treina seus novos engenheiros mecânicos 100% com óculos de realidade virtual. Na educação à distância, estudar o corpo humano como se ele estivesse na sua frente será um grande avanço para estudantes e professores. E imagine se, antes de comprar uma passagem para o Japão, você pudesse vivenciar uma caminhada pelas ruas da cidade ou saber como será a visão do assento do ingresso que deseja comprar para um show ou um jogo no estádio, antes mesmo de adquiri-lo. Até mesmo um passeio no museu ou em uma exposição torna-se mais rico e interessante com informações adicionais sobre uma obra usando apenas o celular.
Blockchain
Até o momento tivemos muitos casos teóricos de blockchain, mas em 2018 o veremos, de fato, em produção. Haverá um crescimento forte não só da tecnologia em si, mas, principalmente, de soluções desenvolvidas em cima dela. Será possível, por exemplo, fazer tracking e auditoria do transporte de medicamentos utilizando um sensor de internet das coisas (IoT) que rastreia o trajeto e a temperatura dos medicamentos durante todo o processo, salvando essas informações no blockchain. A medida garante a proteção dos dados, a imutabilidade deles e, até mesmo, a segurança e a qualidade dos produtos, que não sofreram alterações durante o trajeto. O mesmo princípio, pode ser usado no supply chain e na agricultura.
A tecnologia também deve crescer muito no segmento financeiro, onde surgiu juntamente com os bitcoins. Hoje, não existe uma instituição financeira que não use ou não esteja discutindo a adoção de Blockchain. Outro aspecto que deve crescer bastante no próximo ano é a identidade digital e o Blockchain será usado para garantir a segurança da informação e também que você é você mesmo.
Fog computing
Em 2018, vamos começar a usar o poder computacional das pontas. Isso agilizará a rotina de empresas e profissionais, pois não será mais necessário enviar todos os dados para uma nuvem, esperar ela processá-los e enviar a informação de volta para tomar decisões.
Imagine a diferença dessa mudança de paradigma em um carro autônomo, em que a velocidade de decisão é fundamental para a segurança das pessoas. Ao usar o poder computacional das pontas, realiza-se o processo localmente e apenas o armazenamento do resultado na nuvem tradicional, combinando várias nuvens ao invés de centralizar tudo em uma só. E isso só acontecerá porque o poder computacional que temos hoje no nosso smartphone ou em um carro autônomo, por exemplo, são incríveis.
Combinação de todas essas tecnologias
Além dos benefícios oferecidos por cada uma dessas tecnologias individualmente aos negócios, a combinação de várias delas também impactará fortemente o dia a dia nas empresas e a nossa interação com elas. O carro autônomo, por exemplo, usará não só a fog computing, mas também a inteligência artificial para tomar decisões. Na saúde, veremos o uso de IA e de realidade aumentada para dar uma prévia de diagnósticos. Além disso, com os óculos HoloLens, da Microsoft, será possível escanear um paciente e depois interagir com ele por meio de realidade aumentada e inteligência artificial.
Essas são algumas tendências que impactarão as empresas e os negócios em 2018 e precisamos estar atentos aos impactos que elas podem causar, não só no ambiente corporativo, para não perdermos competitividade, como também na interação com os clientes e nas experiências que oferecemos a eles.

Fonte: Vicente Goetten, diretor do TOTVS Labs para CIO

Espaço, fantasia e minimalismo podem guiar criatividade para 2018

Relatório da Shutterstock aponta tendências com base nas buscas do último ano.

A partir da análise de bilhões de buscas em mais de 170 milhões de imagens, a Shutterstock acaba de divulgar o Relatório de Tendências Criativas de 2018. Os dados ajudam a identificar informações relevantes colhidas em imagens, músicas e vídeos de 2017 que determinaram ideias e conceitos que poderão influenciar a criatividade no ano que se inicia.
Nesta edição, o relatório identificou não apenas temas com maior relevância, como uma lista com 20 tendências específicas por país. Além disso, o cenário do design também ganhou um guia de 11 estilos.
Entre as principais tendências para 2018, “Fantasia” aparece como um conceito reconhecido entre as pesquisas. De animais místicos a paisagens, símbolos e elementos fantásticos que levam para outro mundo, o termo “unicórnio” cresceu 297% e “sereia” 145% em relação a 2016. Além disso, a música épica e orquestral também está crescendo em popularidade, resultando em uma pitada de sobrenatural no cotidiano através dos profissionais de marketing e criativos.
Outra tendência destacada, “Espaço” tem atraído as bilheterias de todo o mundo e a criatividade tem se apropriado da ficção científica. As buscas por “energia solar” aumentaram 991% e o interesse em astros cresceu 671%. A popularidade do som de sintetizador de ficção científica aumentou 494% em relação ao ano anterior.
A evolução do minimalismo para um visual mais moderno, chamado de novo minimalismo, também foi identificado. Ele se configura além de linhas nítidas e limpas, mas com cores arrojadas, vibrantes e com estilos fluidos. A procura por “linha contínua” aumentou 432% em relação a 2016. Já “círculo de néon” foi pesquisado 387% a mais do que no ano anterior.
Por país, a Shutterstock também divulgou uma lista de tendências. No Brasil,  “cão” é o estilo identificado pela pesquisa. As outras são:  Fãs de jazz (Argentina); Curvas matemáticas (Austrália); Vintage (Canadá); Cactos (Egito); Histórias em quadrinho (França); Valores familiares (Alemanha); Nebula (Índia); Outonal (Itália); Círculo rosa (Japão); Bordados florais (Coreia do Sul); Design em loop (Malásia); Jazz (México); O Cosmos (Polônia); Mármore (Rússia); Criptomoeda (África do Sul); Antiguidades (Espanha); Grunge (Turquia); Terraço (Reino Unido); e O Phyllomedusa sauvagii (Estados Unidos).
“Em seu sétimo ano, nosso Relatório de Tendências Criativas inspira profissionais criativos em todo o mundo, pois apontam tendências para o planejamento criativo do próximo ano”, disse Robyn Lange, curador da Shutterstock. “Nosso relatório de 2017 foi particularmente preciso em suas previsões, identificando tendências como ‘estática’ no começo. Ao longo do ano, observamos como o estilo cresceu, se desenvolveu e prosperou em grandes campanhas para marcas em todo o mundo. Estamos ansiosos para ver as tendências de 2018 florescerem da mesma maneira”.
Confira cada uma delas: 






























Fonte: PropMark