sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Que cidade queremos?

Presidente da ADEMI-GO fala ao Jornal O Popular sobre a implantação do Plano Diretor de Paulo Garcia em Goiânia.



Referendado pela manifestação democrática das urnas, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, cuida agora da transição para o seu segundo mandato. E o vem fazendo de forma serena e responsável, no que inclui a reforma na estrutura administrativa, com a fusão e extinção de órgãos e o necessário remanejamento de servidores, prometendo gestão em toda sua administração.



No caminho da nova gestão, o prefeito se depara com a responsabilidade de conduzir a revisão do Plano Diretor de Goiânia. Aqui, a expectativa de toda a cidade, tendo em vista que o Plano Diretor determina o modelo do ordenamento urbano, aponta o rumo e a forma do crescimento da cidade, além de definir o conjunto de normas reguladoras dos diversos sentidos de funcionamento da cidade.

Como atuei muito na discussão do atual Plano Diretor, aprovado por unanimidade dos votos dos vereadores, numa histórica sessão na Câmara de Goiânia em setembro de 2007, tenho me mantido numa posição de permanente vigilância.

O Plano Diretor é uma lei feita para durar um bom tempo. Porque é ao longo do tempo que suas diretrizes se impõem, numa espécie de amálgama com a vocação e os costumes da população e da cidade. Nosso Plano Diretor é bom e precisa ser preservado. E até porque foi exaustivamente debatido com todos os segmentos da sociedade goianiense, através das Conferências da Cidade, de centenas de reuniões entre técnicos da Seplam, com os vereadores, o segmento empresarial e o governo do Estado, alem do Ministério Público, numa jornada que varou meses e meses, e que vingou, pela conquista de um atualizado e moderno documento. E assim podemos afirmar, com a referência de ter participado ativamente de inúmeras reuniões e audiências públicas, que o atual Plano Diretor de Goiânia foi elaborado de forma participativa, democrática, ouvindo toda a sociedade. Entendo que precisamos ter leis estáveis – fator primordial para o desenvolvimento de qualquer economia. Assim, não concebo que alguém possa ver nuances impróprias no Plano Diretor de Goiânia, como se fora um instrumento de inspiração partidária e a serviço da atividade produtiva.

Com zelo, o prefeito Paulo Garcia vem cuidando da revisão do Plano Diretor de Goiânia, o que faz por um impositivo do próprio Plano Diretor, e do Estatuto da Cidade. Daqui a mais cinco anos, quando o Plano Diretor fechar a sua primeira década, será o momento de uma revisão maior. E por uma razão simples: a cidade é dinâmica, e mantê-la como organismo vivo que é passa indispensavelmente por esse procedimento.
Na iniciativa privada, temos também o envolvimento com a cidade em que vivemos, onde se desenvolvem nossos negócios, onde estão os nossos empreendimentos, onde criamos nossas famílias. Somos parte ponderável do conjunto de agentes pelos quais deve passar o destino da cidade que habitamos – e que amamos, vale completar. Não descuidaremos dessa obrigação.

À frente do Instituto Cidade e do Fórum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia, que são o braço estendido da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário para ações de cooperação com o poder público, para que possamos ter uma cidade sempre melhor, anunciamos agora uma agenda forte para 2013. E a partir do debate em torno de uma proposta fundamental: “Que Cidade Queremos”.
É este um compromisso-cidadão. Mas pode ser também a resposta a quem prefere o delírio da invocação e da condenação do Plano Diretor de Goiânia ao tal neoliberalismo e à tal permissividade. Melhor nos unirmos todos em torno de uma agenda propositiva para Goiânia. Isto é efetivamente o que importa fazer.


llézio Inácio Ferreira é presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi)
Publicado Jornal O Popular  em 13/12/2012

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