terça-feira, 12 de setembro de 2017

Mercado de imóveis em Goiânia aquece e economia dá sinais de recuperação

Em seis meses, o mercado imobiliário em Goiânia deu sinais de avanço e mostrou que a crise vem sendo superada e apresentando resultados positivos. A análise realizada pela GRUPOM Consultoria e Pesquisas para a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (ADEMI-GO) mostra que a média de vendas por mês no primeiro semestre de 2017 foi de R$ 278 milhões/mês. Ou seja, as vendas cresceram 22% quando comparado com o primeiro semestre de 2016 (a média no primeiro semestre de 2016 foi de R$ 224 milhões/mês).

A análise da GRUPOM disponibilizou indicadores de lançamentos, vendas, distratos, vendas sobre a oferta (V.S.O) e estoque de unidades. Os distratos caíram 25% (R$ 102 milhões por mês no primeiro semestre de 2017, ante R$ 136 milhões por mês no primeiro semestre de 2016). Já a venda líquida (vendas brutas menos os distratos) foi de R$ 1,1 bilhões no primeiro semestre de 2017. Este foi exatamente o número que vendeu durante o ano de 2016 inteiro! Ou seja, a projeção para esse ano é de duplicar o volume de vendas do mercado imobiliário em Goiânia (quando comparado com o ano de 2016). Diante de todos esses indicadores, o estoque de unidades disponíveis para venda vem caindo nos últimos 9 meses e, mesmo com a crise, os imóveis de Goiânia continuaram valorizando, cerca de 3% em relação ao ano passado.

O vice-presidente da ADEMI-GO, Fernando Razuk, ressalta que o alto número de distratos em 2016 é consequência de muitas entregas de grandes empreendimentos lançados no “boom” do mercado. Outro fator a ser considerado é que no começo da crise, com o aumento da taxa de juros, houve redução do recurso da caderneta de poupança, que é a principal fonte de recurso de crédito imobiliário. Segundo Razuk, “os bancos, para se protegerem, restringiram bastante a concessão de crédito aos clientes, e houve aumento significativo dos distratos”.

Atualmente, o cenário é o inverso: com a queda da taxa de juros, a tendência é de aumentar o recurso de poupança, e, portanto, os bancos passaram a ser menos restritivos a conceder crédito. O mercado imobiliário funciona “inversamente” proporcional à taxa de juros, ou seja, com a queda da taxa de juros, os investimentos bancários passam a render menos, o que é um incentivo para consumidor voltar a investir em imóveis. Por outro lado, a tendência é de que os juros de financiamento bancários comecem a cair, o que diminui o valor da parcela do financiamento e, consequentemente, aumenta a demanda.

O aumento apontado nas vendas líquidas e a tendência de queda nas taxas de juros sugerem o início da retomada do mercado imobiliário. Razuk fala que o momento é propício para compra, pois, com o aquecimento das vendas, os imóveis devem voltar a subir de preço e, por isso, este é o melhor momento para comprar.

As instituições financeiras privadas apostam na redução das taxas de financiamento e na força dos canais digitais para garantir o crescimento do crédito imobiliário, aproveitando um cenário marcado pela redução da taxa básica de juros (Selic), estabilização nas taxas de desemprego, preços ainda competitivos dos imóveis residenciais e melhora gradual nos indicadores de confiança do consumidor.


Fonte: Jornal O Hoje (edição de 11/09/17)

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