Estudo do mostra que, apesar da
restrição ao acesso à mídia social no ambiente de trabalho, funcionários
utilizam dispositivos móveis para se conectar às redes preferidas
POR
ARTHUR QUEZADA - aquezada@grupomm.com.br
Facebook, Twitter,
Google+, YouTube, LinkedIn, Instagram, Tumblr, GetGlue, Vine. Para
usuários de internet, as redes sociais já fazem parte da rotina diária. No
entanto, essas plataformas não são vistas com bons olhos por todos. Muitas
companhias enxergam mídia social como uma ameaça à produtividade dos
funcionários. Com isso, é comum que algumas empresas restrinjam a utilização
destas plataformas no ambiente de trabalho, a fim de otimizar a produção dos
empregados.
Apesar das restrições, uma pesquisa do Instituto Qualibest,
feita com exclusividade para a ProXXIma,
revelou que a restrição ao acesso não impede que o funcionário se conecte às
redes sociais no ambiente de trabalho. O estudo foi feito com 313 internautas,
de todo Brasil, que trabalham fora de casa e que utilizam frequentemente
computador com acesso à internet na função exercida.
A análise aponta que os funcionários encontraram nos
dispositivos móveis uma maneira de acessar o conteúdo das redes sociais. De
acordo com o Qualibest, o laptop é o item eletrônico de maior posse e mais
utilizado pelos entrevistados (74%), seguido de perto pelos smartphones, com
68%.
O Facebook é a plataforma preferida para acesso via mobile no
ambiente de trabalho para 74% dos participantes da pesquisa. Também aparecem na
lista YouTube com 61% de acessos via dispositivos móveis; Twitter (29%); Google
(28%); e outras redes (43%). Do lado das empresas, o Facebook é apontado por
51% das respondentes como a rede mais restrita aos funcionários no ambiente
profissional.
Segundo Vasiliki Calliyeris, diretora técnica da Qualibest, a
pesquisa mostra um novo comportamento dos funcionários e, para ela, a restrição
do acesso não é produtiva para as empresas. “Acredito que as companhias devem
encontrar outras formas para engajar os funcionários, como metas de produção.
Se o trabalhador entregar o que for combinado não há problema na vontade dele
de acessar o Facebook ou YouTube”, destaca.
Os sites básicos como Webmail (88%) e Google+ (77%) estão entre
os mais permitidos pelas empresas, segundo a pesquisa. Além disso, o estudo
também mostra que a restrição é maior nas companhias privadas, em comparação
com as empresas públicas. Para Vasiliki, isso aponta que a grande preocupação
das empresas se refere ao controle sob o funcionário. “As empresas privadas
possuem maior fiscalização, maior cobrança em termos de produtividade. Mas o
nosso estudo mostra que as proibições não resultam. O acesso às redes sociais
já faz parte da rotina, como um vício. As empresas precisam saber contornar sem
entrar em conflito com os trabalhadores”, comenta.
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