Por Alberto Carlos Almeida - 24/07/2015 - 05:00
Considerando-se as regras da política e a nossa tradição quanto a como fazê-la, é surpreendente o recente comportamento do deputado Eduardo Cunha a partir da divulgação da delação premiada acerca de suposto recebimento de propina de sua parte. O presidente da Câmara dos Deputados, em decisão de caráter estritamente pessoal, rompeu com o governo. Em entrevista, afirmou que se tornara oposição, em que pese o fato de ser o presidente de uma casa legislativa e de seu partido fazer parte da aliança governista, ter acesso a cargos públicos, recursos do orçamento e ao poder federal. Em uma metáfora bem conhecida no meio político, diz-se que Cunha ciscou para fora.
A crise política que atinge o governo Dilma não é novidade no Brasil. Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva também foram vítimas de escândalos de corrupção, cobertura midiática desfavorável, queda de popularidade e conflitos políticos entre parceiros de aliança em busca de melhor posicionamento e de mais acesso, vis-à-vis seus sócios, aos recursos disponíveis. É humana a propensão a acreditar que tudo que ocorre no presente é mais grave do que aconteceu no passado. Há até nome para isso: presentismo.
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