sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Brasil está entre os líderes na adoção de Internet das Coisas no consumo, diz pesquisa.

Estudo da Worldpay revela que 81% dos consumidores brasileiros já estão preparados para fazer compras por meio de dispositivos conectados.


Os brasileiros são os consumidores mais abertos à adoção de novas tecnologias de Internet das Coisas de acordo com uma nova pesquisa da Worldpay. E acreditam que esse processo é parte da evolução de como as empresas e o público se relacionam. Além disso, 81% dos pesquisados afirmaram que se sentiriam confortáveis em usar a tecnologia em comparação com outros países abordados como Austrália, China, Alemanha, Holanda, Cingapura, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.
Os consumidores chineses estão logo atrás, na segunda posição entre os mais receptivos à adoção da Internet das Coisas, com 61% dizendo se sentirem confortáveis na utilização de dispositivos conectados. No outro extremo da pesquisa, apesar do Reino Unido ser um dos países mais preparados do mundo para aplicações de IoT, ocupa a última posição da lista. Somente 23% dos ingleses participantes da pesquisa gostariam de contar com um dispositivo conectado para fazer pedidos de produtos em nome deles, de forma automatizada.
O levantamento também revelou que brasileiros acreditam que a tecnologia IoT será responsável por tornar o cotidiano mais fácil e prático. Apenas 43% dos pesquisados disseram que fariam questão de aprovar cada compra antes de o pedido ser feito pelo dispositivo. Você com o poder da IBM: Descubra como a plataforma correta e as pessoas certas podem ajudá-lo a fazer o trabalho da sua vida Patrocinado 
Ao mesmo tempo, o consumidor brasileiro tem algumas restrições na maneira como gastam seu dinheiro com 78% optando por manter o controle de seus orçamentos e desejando receber uma notificação antes do processo de compra ser concluído. Além disso, 67% dos consumidores brasileiros preferem estabelecer regras para compras como limitar o valor que pode ser gasto a cada semana.
Apesar dos brasileiros serem mais propensos à adoção dos dispositivos conectados, a privacidade dos dados pessoais é uma preocupação para 74% dos pesquisados que se interessam em saber como as empresas compartilham seus dados pessoais e um índice ainda maior (82%) se preocupa com o risco desses aparelhos serem invadidos por hackers.
A pesquisa foi conduzida por Opinium em junho de 2017 e entrevistou 20 mil consumidores sobre a Internet de Coisas na Austrália, Brasil, China, Alemanha, Holanda, Cingapura, Espanha, Suécia, Estados Unidos da América e Reino Unido. O relatório Completo do Consumidor Conectado está disponível mediante solicitação. No Brasil, o estudo entrevistou 2.014 consumidores.
Plano Nacional de Internet das Coisas

Os dados estão em linha com os estudos que deverão embasar o Plano Nacional de Internet das Coisas, finalizado esta semana pela  Câmara de Internet das Coisas (IoT). Comércio foi uma das 10 áreas apontadas como promissoras. Mas o governo acabou escolhendo como áreas prioritárias para as políticas públicas as Cidades Inteligentes, a Sáude, o Agronegócio e a Indústria 4.0.
No caso das Cidades, o objetivo é elevar a qualidade de vida por meio da adoção de tecnologias e práticas que viabilizem a gestão integrada dos serviços para o cidadão e a melhoria da mobilidade, da segurança pública e da gestão dos recursos (energia, esgoto e resíduos).
Já em Saúde, o desenvolvimento do setor de IoT deve contribuir para ampliar o acesso da população aos serviços de saúde de qualidade por meio da descentralização da atenção à saúde, da integração das informações dos pacientes e da melhoria de eficiência das unidades de saúde.
No Agronegócio, a expectativa é aumentar a produtividade e a relevância do Brasil no comércio mundial de produtos agropecuários, com elevada qualidade e sustentabilidade socioambiental, além de posicionar o país como o maior exportador de soluções de IoT para agropecuária tropical.
Por fim, a Internet das Coisas deve resultar no aumento da produtividade da indústria brasileira por meio de processos mais eficientes e flexíveis, da integração das cadeias produtivas, e do desenho de produtos e modelos de negócios de maior valor agregado.
Dentro dessas frentes, o estudo aponta quatro áreas que demandam ações importantes para a evolução da Internet das Coisas no país: capital humano, inovação e inserção internacional, aspectos regulatórios e infraestrutura de conectividade.
Nessas áreas estão previstas ações de governo com o objetivo de ampliar a força de trabalho qualificada em IoT; aprimorar modelos de remuneração, financiamento e contrato para serviços públicos; a criação de um marco regulatório para proteção de dados pessoais; e ampliar a oferta de redes de comunicações para suportar a demanda pelos serviços.
Entre as propostas, três são consideradas “mobilizadoras” para o desenvolvimento do setor de IoT no Brasil: a criação de um ecossistema de inovação; a construção de um Observatório de IoT, uma plataforma online para acompanhamento das iniciativas do Plano Nacional de IoT; e a elaboração de uma cartilha para gestores públicos, sobretudo, para a contratação de soluções de Internet das Coisas para cidades inteligentes.

Fonte: CIO

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O sonho importa mais do que a tecnologia

Jack Ma é o fundador do Alibaba Group. Segundo a Forbes é, atualmente, o segundo homem mais rico da China, com um patrimônio de mais de US$ 22 bilhões. Mesmo tendo feito sua fortuna com negócios na Internet, disse recentemente: “Não é a tecnologia que muda o mundo, mas os sonhos por trás da tecnologia”.
Ma disse que não teria tido o sucesso caso fosse a tecnologia o fator determinante. “Não sou treinado em tecnologia. Não sei nada sobre os computadores e conheço um pouco sobre a Internet, mas eu tenho um grande sonho de querer ajudar as pequenas empresas. São os sonhos que impulsionam o mundo e não a tecnologia”, disse.
Essa declaração de Ma resume tudo o que vem sendo falado sobre propósito e relevância das marcas. São cinco os pilares que atraem a atenção das pessoas: Informação, Educação, Entretenimento, Utilidade e Inspiração, e todos têm uma coisa em comum: movem as pessoas de maneira muito direta e pessoal naquilo que faz diferença para as suas vidas, seja imediatamente ou no longo prazo.
A toda hora surgem novas ideias e negócios movidos pela tecnologia, mas que se esquecem de fazer a mais básica das perguntas: “Que diferença o serviço/produto/marca, fará na vida de quem se interessaria em comprá-lo?”. Mais incrível ainda é que interlocutores com as mais diversas formações e posições de decisão dentro das organizações, muitas vezes não conseguem responder de forma clara e objetiva.
Atualmente vive-se em um mundo no qual as pessoas têm cada vez mais acesso a conhecimento, produtos e serviços, personalizados e moldados às suas necessidades. Elas podem escolher entre centenas e, às vezes milhares, de opções para qualquer coisa em que estejam interessadas.
Sendo assim, ter um propósito claro e que vá ao encontro das aspirações das pessoas, é fundamental para qualquer negócio e marca que deseje ter sucesso. E por uma simples razão: os consumidores têm muitas outras opções para escolher e muitas formas para fazer essa escolha.
Sua marca só será escolhida se for autêntica e verdadeiramente relevante.
A tecnologia pode – e deve – ser uma grande aliada na sua oferta para os clientes. Mas quando estiver criando sua oferta, produto, campanha ou discurso de vendas, lembre-se de se responder à pergunta básica: “Qual é o sonho que estou ajudando a realizar? ”. Com certeza isso será determinante para ser o parceiro escolhido.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Qual o futuro do marketing promocional?

Fernando Guntovitch, da The Group, revela os tipos de ações mais pedidas

Indústria farmacêutica inova na propaganda com recursos diferentes

Em meio a regulamentação de publicidade, laboratórios apostam na conscientização para surpreender público
por DANÚBIA PARAIZO          publicado em 12 de setembro, 2017
A comunicação de marcas é por si só um desafio para qualquer mercado, principalmente em um contexto em que sua imagem é construída cada vez mais por atitudes, crenças e propósito e não apenas produtos ou serviços. Mas em alguns segmentos, a sensação é de viver todos os dias entre a cruz e a espada. É o caso da indústria farmacêutica, que, devido à regulamentação específica pelos órgãos federais e pelo próprio Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), vive com o sinal amarelo ligado constantemente.

Defina uma estratégia digital de negócios, aconselha Gartner.

Medida é fundamental, já que de acordo com pesquisa do instituto 58% dos CEOs enxergam crescimento como sua maior prioridade de negócios.

O Gartner aponta que atingir competência em TI baseada em eventos será uma das três maiores prioridades para a maioria dos CIOs até 2020. Assim, definir uma estratégia digital de negócios baseada em eventos será chave para entregar a agenda de crescimento que muitos CEOs veem como prioridade.
“Event-driven architecture (EDA, ou arquitetura baseada em eventos) é uma tecnologia-chave para atingir esse objetivo”, diz Anne Thomas, vice-presidente e analista do Gartner. “Negócios digitais demandam respostas rápidas a demandas de negócios. Organizações devem ser capazes de responder e tirar vantagem de ‘momentos de negócio’. Esses requisitos de tempo real impulsionam os executivos de tecnologia a fazerem seu próprio software de aplicação baseado em eventos”, acrescenta a analista.
O instituto de pesquisas elenca as três principais estratégias que apoiarão as empresas na transformação dos negócios digitais:

1) Definir uma estratégia de negócios digitais centrada em eventos

Já que CEOs estão focados no crescimento por meio dos negócios digitais, CIOs precisam definir uma estratégia de negócios digitais centrada em eventos e articular o valor de negócio da EDA. De acordo com pesquisa do Gartner, 58% dos CEOs enxergam crescimento como sua maior prioridade de negócios.
Os CEOs alcançam crescimento adotando novos modelos de negócio, introduzindo novos serviços e produtos, expandindo para novos mercados e lugares, oferecendo serviços extras para clientes e roubando participação de mercado de seus concorrentes.

2) Usar tecnologias inovadoras baseadas em EDA para apoiar a transformação dos negócios digitais

“Processamento de eventos e Analytics têm um papel significativo em permitir que as organizações aproveitem um momento de negócio”, diz Anne.
Os eventos gerados pelos sistemas – clientes, objetos e inteligência artificial (AI) – devem ser digitalizados para que possam ser reconhecidos e processados em tempo real.
A EDA se tornará essencial para fornecer suporte à transformação até 2018. Isso significa que times de desenvolvimento e arquitetura de aplicação devem desenvolver competências de EDA agora para se prepararem para a demanda do ano que vem.
CIOs precisam identificar projetos atuais em que a EDA pode prover o maior valor para permitirem a adoção de inovações tecnológicas como microsserviços, a internet das coisas (IoT), AI, Aprendizado de Máquina, blockchain e Smart Contracts.

3) Modernizar portfólios de aplicação para apoiar a transformação dos negócios digitais

Um portfólio de aplicação preexistente pode ser um inibidor significativo para a transformação dos negócios digitais. Uma base de tecnologia dos negócios digitais deve suportar disponibilidade contínua, escalabilidade massiva, recuperação automática e dinamismo.
Aplicações de negócios digitais devem também utilizar tecnologias modernas para envolverem os consumidores. Além disso, precisam apoiar ecossistemas de negócios digitais, capitalizar momentos digitais e explorar AI e IoT.
“Modernizar os principais sistemas de aplicação leva tempo e poucas organizações estão em posição de migrar imediatamente para um novo sistema”, diz Anne. “Em vez disso, elas devem utilizar EDA para simularem seus esforços de modernização e gradualmente migrarem recursos enquanto implementam uma transformação digital.”

terça-feira, 26 de setembro de 2017

O lado humano da revolução digital

A criação de um processo de decisão orientado por dados exige o treinamento de uma equipe multidisciplinar, com conhecimento de negócios e competências analíticas, capaz de elaborar hipóteses, obter insights, testar sua viabilidade e medir os resultados.

Muito se discute sobre o impacto da revolução digital em nossos processos e tecnologias, entretanto, pouca ênfase tem sido dada a entender como ela transformará as pessoas e as relações de trabalho. Sob esse aspecto, a DMEXCO 2017 procurou resgatar o aspecto humano da revolução digital, colocando-o como o elemento central, catalizador entre os dados e a criatividade, uma ponte necessária entre a tecnologia e o engajamento das marcas com seus clientes.

From data to insights

Dados são importantes, mas agir a partir deles é disruptivo. Ter uma grande base de dados não significa tomar decisões mais inteligentes e estabelecer conexões mais relevantes com seus clientes. A captura e o armazenamento de dados do cliente é apenas o primeiro passo. A criação de um processo de decisão orientado por dados exige o treinamento de uma equipe multidisciplinar, com conhecimento de negócios e competências analíticas, capaz de elaborar hipóteses, obter insights, testar sua viabilidade e medir os resultados. Saber fazer as perguntas certas no momento certo é fundamental, por isso a qualidade do material humano é mais determinante para o sucesso do que o volume de dados disponíveis.

From Artificial to Augmented Intelligence

Será que um dia seremos substituídos pela máquinas? Se isso ocorrer, não estaremos vivos pra ver. Na opinião de Bob Lord, CDO da IBM, a tendência é que nos próximos anos os algoritmos nos ajudarão a resolver problemas específicos, como por exemplo, escolha da melhor audiência de uma campanha, melhor oferta de produtos, precificação, entre outras aplicações, liberando tempo para que nós, seremos humanos, utilizemos nossa criatividade para construir experiências mais enriquecedoras com nossos clientes. Para definir essa nova relação, ela utiliza o termo “inteligência aumentada”(Augmented Intelligence), defendendo que homens e máquinas serão ainda mais eficientes juntos.

Data-driven Creativity

Dados e criatividade sempre estiveram em lados opostos da mesa?

Temos visto que a crescente quantidade de dados oriundos de todos os canais de contato com o cliente tem nos ajudado a trilhar a jornada do cliente e entregar mensagens personalizadas de acordo com as características de cada momento e canal, utilizando-se de triggers em tempo real e de recursos de personalização em escala. Isso abri um amplo universo para que profissionais criativos e de tecnologia construam juntos mensagens únicas, relevantes e pessoais em cada um interação com o cliente, criando experiências marcantes entre marcas e consumidores

A revolução digital mudará a nossa relação com nossos pares e com a tecnologia. Nós precisaremos estar preparados para um novo ambiente de negócios onde a velocidade de ação e a capacidade de compartilhamento de tarefas complexas com outras equipes, e até mesmo com máquinas e algoritmos de inteligência artificial, serão cruciais.

Por Marcelo Sousa, Presidente da ABRADI  e Diretor executivo da Marketdata para a ProXXima

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Goiás - Número de restaurantes cresce 20% em dois anos no Estado

Apesar da grave crise econômica no Brasil nos últimos três anos, o número de restaurantes em funcionamento em Goiás cresceu 20% desde 2015, segundo pesquisa exclusiva realizada para o EMPREENDER EM GOIÁS pela Resultys, startup goiana que ajuda empresas na prospecção de clientes. São 12,7 mil estabelecimentos deste segmento em operação atualmente no Estado, contra 10,5 mil em 2015. A metade está em Goiânia (35%). As outras cidades com maior número de restaurantes são Anápolis (5,4%), Aparecida (5%), Caldas Novas (3%) e Rio Verde (2,8%).
A grande maioria dos restaurantes em Goiás é de micro e pequeno porte. Ou seja: pequenos estabelecimentos tocados pelos próprios donos ou com a ajuda de poucos funcionários. Segundo o levantamento da Resultys, 30,9% dos restaurantes são de microempreendedores individuais e 28% são microempresas. Os estabelecimentos de pequeno porte, que já possuem mais funcionários, são 40,6% do total. Já os de médio e grande portes representam apenas 0,3%.
Outro exemplo de que este negócio é, na maioria dos casos, um empreendimento praticamente familiar é que 80% têm até cinco funcionários, contra 16% que contam com 5 a 20 trabalhadores e 3,8% que possuem em seus quadros mais do que isto. Entretanto, embora a pesquisa não tem o dado do faturamento geral do setor, os restaurantes são responsáveis por uma folha salarial média de R$ 47,6 milhões por mês no Estado.

Desafios
Conduzir um restaurante exige do empreendedor cautela e dedicação. Os consumidores estão cada vez mais exigentes e buscam uma alimentação de qualidade, preço justo e boa localização, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae que aponta as 12 características que garantem o sucesso de um estabelecimento no ramo alimentício. Uma delas é o bom atendimento. Sócio-proprietário do Steak In, Paulo Henrique Barbosa, afirma que apostar em profissionais que atendem as necessidades do consumidor é essencial. “O sucesso do funcionamento do negócio é altamente dependente da capacitação dos funcionários. O cliente precisa se sentir à vontade e bem servido”, diz.
O empresário Pedro Lelis, diretor e idealizador da bebida goiana Fiu fiu e sócio proprietário do Weón Bar, afirma que o conceito de atendimento deve ser explorado com maior profundidade. “Atendimento bom não é somente entregar bebida e comida rápido, ou somente saber conversar e ser carismático. Um bom atendimento envolve funcionalidade, empatia e emoção. Envolve se identificar com os clientes e, principalmente, fazê-lo entender que os atendentes não devem ser tratados com desigualdade”, frisa.
Além do atendimento, qualidade e um bom marketing são cruciais para o sucesso no ramo. “Entender as vontades dos clientes, criar propostas atraentes para consumo, divulgar de maneira persuasiva conquistam o cliente. Trazer pessoas para consumir fora de casa é uma grande dificuldade. Por isso a proposta de cada casa deve ser atraente”, conta Pedro Lelis. Proporcionar ao cliente uma boa experiência, como forma de pagamento alternativa e alimentação saudável, são apontados pelo Sebrae como critérios para garantir o sucesso com restaurante.
Os desafios para manter o estabelecimento são diários, principalmente quanto à gestão. Tanto para Paulo Henrique como para Pedro Lelis, uma das maiores dificuldades é a alta rotatividade no meio. “Quando existe um rodízio de funcionários, muito comum em bares e restaurantes, a implementação e manutenção da cultura da empresa acaba ficando comprometida. Manter a qualidade dos serviços oferecidos com pessoas diferentes trabalhando, por exemplo, é uma prova de gestão”, diz Paulo Henrique.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Assim será o futuro próximo, by Singularity University

Resumo do Singularity University Global Summit 2017 em São Francisco, CA/US, que circulou na internet recentemente. O evento trata sobre o futuro dos negócios, da tecnologia e da humanidade.


Singularity University Global Summit 2017 – Resumo do primeiro dia:

  • São 1.600 participantes do mundo inteiro. 70% são estrangeiros. A maior delegação é a do Brasil.
  • Em 2030, mil dólares vão comprar poder computacional equivalente ao cérebro humano. Em 2050, mil dólares vão comprar poder computacional equivalente a todos os cérebros humanos juntos.
  • Em 2010 1.8 Bilhões de pessoas estavam conectadas à internet. Em 2017 são 3 Bi. Entre 2022 e 2025 será o mundo inteiro. Com mais conexões, mais oportunidades, mais gênios.
  • As próximas duas décadas serão diferentes de qualquer coisa que vivemos nos últimos cem anos.
  • Podemos prever empregos que serão absorvidos pela tecnologia. Mas não podemos prever quais empregos vão surgir a partir da tecnologia. A dificuldade é a velocidade com que isso está acontecendo.
  • 130 milhões de pessoas no mundo estão satisfeitas com o seu trabalho. Parece muito, mas em termos mundiais é nada.
  • Veículos elétricos tem 90% menos moving parts do que veículos tradicionais.
  • Na China todos os taxis serão elétricos até 2020.
  • O custo de um carro elétrico vai reduzir drasticamente nos próximos 5 anos. Razões: demanda e abundância.
  • Esqueçam os wearables. Estamos entrando na era dos insideables.

  1. Singularity University Global Summit 2017 – Resumo do segundo dia:

  • Human life is a software engineering problem.
  • As ferramentas do nosso tempo: big data e machine learning.
  • 3 bilhões de pessoas vivem com menos de 2,5 dólares. 80% da humanidade vive com menos de 10 dólares por dia.
  • 90% das enfermeiras que usam Watson da IBM seguem as recomendações do Watson.
  • Automação e inteligência artificial criarão empregos. Posso tornar qualquer coisa inteligente usando inteligência artificial e ganhar dinheiro com isso. Estados Unidos é o país mais automatizado do mundo e não perdeu emprego com isso.
  • No futuro teremos muito mais máquinas do que humanos.
  • Ensinamos da mesma forma há cem anos. Sistema educacional é resistente a uma mudança disruptiva. Que tal just in time education?
  • Nossas premissas sobre o mundo podem limitar nosso pensamento. E isso faz toda a diferença.
  • Organizações não mudam até que todas as pessoas mudem.
  • Líderes exponenciais não tentam mudar o mundo. Eles tentam mudar a si mesmo.

  1. Singularity University Global Summit 2017 – Resumo do terceiro e último dia.

  • Em 2020, 85% das interações com clientes será através de máquinas. E essa será uma das formas de se diferenciar dos concorrentes.
  • 75% dos millennials consideram a comunicação através de mensagens de texto uma opção de relacionamento com o cliente e tem duas vezes mais chance de se manter fiéis à empresas que oferecerem essa forma de comunicação com eles.
  • 30% dos millennials não possuem o ícone do telefone na tela principal dos seus smartphones.
  • Empresas hoje já produzem carne de frango e gado sem matar nenhum animal. A partir da célula animal.
  • 20% de todas as buscas em dispositivos móveis já são feitas por voz.
  • Veículos e objetos autônomos vão mudar as cidades profundamente.
  • Criatividade, empatia e coragem são as habilidades do futuro.
  • As instituições de ensino que existem hoje, em sua maioria, foram criadas com pressupostos de 60 anos atrás. O ensino médio é a chave para mudar todo o sistema educacional.
  • O principal problema da educação é cultural. Há cem anos é igual. Muitos falam de customizar ensino para crianças, mas a chave é customizar ensino também para os professores. Um a um. Até a mudança ocorrer.
  • O futuro da educação é learning by doing.
  • Vamos mudar a lógica de “vender carros” para “vender serviços de mobilidade”.
  • O mundo hoje está fazendo a transição da era industrial para a digital da mesma forma que anos atrás fazia da era agrícola para a industrial. Mas MUITO mais rápido.
  • Existem 2.6 bilhões de smartphones no mundo. E 9 vezes mais dados somente nos últimos DOIS anos.
  • As pessoas vão aprender dentro de uma lógica de “nano-learning”, e não de um longo investimento em educação para usar somente um percentual mínimo daquilo que se aprende. Todos terão um portfólio de trabalho, que será nano-desenvolvido.
  • Os maiores problemas do mundo são também as maiores oportunidades de negócio.
  • Robôs serão considerados uma opção de força de trabalho. Assim como hoje consideramos funcionários, terceiros, freelances e a crowd. Simples assim.
  • Ser exponencial é atualizar e se atualizar de tudo constantemente.
  • O Vale do Silício tem uma palavra para descrever fracasso. Se chama experiência.
  • Hoje existe abundância de capital, conhecimento, habilidades e tecnologia. Não há desculpa para não fazer as coisas. Não há limites. A única limitação é a nossa convicção e comprometimento de simplesmente ir e fazer.
  • Em poucos anos todos trabalharão para aprender, ao invés de aprender para trabalhar.

Fonte: Proxxima


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Será que a geração millennial conhece o garoto da Bombril?

Mais que o alcance, esse novo ambiente permitiu que qualquer um tivesse o poder de criar e acessar conteúdo, a qualquer momento, em qualquer lugar, e iniciou-se um movimento intenso de descentralização das audiências.

É natural se esperar que os mercados mudem, que surjam novas tendências, e não poderia ser diferente com os formatos e agentes da propaganda, mais especificamente no ambiente digital.

O valor de mídia investido em canais digitais cresceu astronomicamente na última década. Para se ter uma base, em 2016 o setor apresentou crescimento de 26%, totalizando o valor de R$11,8 bilhões, segundo o estudo Digital AdSpend 2017, do IAB (Interactive Advertising Bureau). Para o fim de 2017, a expectativa também é de crescimento. O estudo estima ampliar os investimentos em 26%, agora em 2017, chegando a casa dos R$ 14,8 bilhões, número que corresponde a um terço dos investimentos no mercado publicitário brasileiro. O  montante investido no mercado publicitário foi de R$44 bilhões em 2016 e ao fim de 2017 estimam chegar aos R$47 bilhões.

Muito disso, devido à possibilidade de se ter mais precisão no monitoramento da performance dos anúncios. Entender quanto custa pra gerar uma nova compra em seu site, pra trazer um novo cadastro para seu app, mudou completamente as regras do jogo.

Mas, por mais que o marketing de performance tenha tomado a cena e roubado boa parte do orçamento das campanhas antes focadas quase que 100% em branding, essa segunda frente não deixou de ser importante, muito menos de ser parte essencial de uma estratégia de marketing sólida.

É nesse contexto que chegamos a, talvez, uma das mudanças mais interessantes dos últimos anos. O crescimento das redes sociais, mais especificamente desde 2006, acabou por gerar um novo espaço para se chamar a atenção. Nas redes sociais é possível atingir, nos dias de hoje, mais da metade do público do qual antes só a TV conseguiu chamar a atenção. Para termos uma base, segundo o estudo eMarketer de 2016, um terço da população mundial vai se logar nas redes sociais em 2017, o que equivale ao número de 2,46 bilhões de pessoas. Esse número representa 71% de toda a população da internet global e equivale a um crescimento de 8,2% sobre o total de usuários de redes sociais do estudo de 2016.

Mais que o alcance, esse novo ambiente permitiu que qualquer um tivesse o poder de criar e acessar conteúdo, a qualquer momento, em qualquer lugar, e iniciou-se um movimento intenso de descentralização das audiências.

Os olhares que antes ficavam direcionados para os canais abertos e fechados da TV começaram a se voltar para conteúdos sobre receitas, sobre política, moda, comédia, entre vários outros, feitos por pessoas do dia a dia, pelas câmeras dos celulares, em casa, nas ruas. A confiança que antes era transmitida apenas por famosos, por atores nos comerciais com mega produções, surgia também na opinião dos novos youtubers, instagrammers, personagens responsáveis por criar um novo mercado: Os influenciadores.

E se nos questionarmos sobre os motivos do estrondoso aumento da demanda por esse tipo de conteúdo, logo vem à tona um fator muito importante: a noção de proximidade. Artistas, famosos chamavam a atenção, pois as pessoas admiravam, idolatravam o sucesso. Mas por mais interessante que fosse, era algo distante, essas personalidades não falavam diretamente para você.

Com os influenciadores, o cenário é completamente diferente. São pessoas que usam o mesmo vocabulário que você, frequentam os mesmos ambientes. Você assiste a um vídeo e acha que ele foi direcionado a você. E quando além disso, esse vídeo viraliza, torna-se tangível acreditar que pode ser você o próximo. A oportunidade está aberta a todos.

Foi enxergando essa mudança na realidade das audiências que as marcas começaram a investir nas pessoas comuns, criadoras de conteúdos personalizados, “amigos próximos” de seus fãs. E quem melhor, e mais confiável, que um amigo pra indicar um produto ou serviço.

O que o influenciador posta vira verdade, vira desejo. O poder da audiência saiu dos grandes canais e está cada mais na mão do youtuber ao seu lado. Apostar no relacionamento com os influenciadores deixou de ser tendência e se tornou realidade, pré-requisito, para as marcas.

Por Alexandre Alvares, CMO do Banco Neon para a Proxxima

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Gartner alerta empresas sobre a importância de responder a rupturas digitais

Executivos devem estar atentos às tecnologias emergentes que servirão de base para novos negócios digitais.


Relatório do Gartner alerta que rupturas digitais criam mais dificuldades de adaptação do que mudanças anteriores causadas por tecnologias devido à sua natureza virtual. Apesar de especialistas reconhecerem que empresas como Uber e Airbnb estão causando uma ruptura no mundo dos negócios, muitos CEOs ainda mantêm uma postura de "esperar para ver".


"Tradicionalmente, isso significa responder assim que a ameaça real aos seus próprios negócios for identificada. No entanto, no caso da ruptura digital, esperar até a ameaça ser clara é tarde demais. Não haverá tempo suficiente para responder de forma que minimize o impacto para o negócio", diz o documento.


"A ruptura digital tipicamente existe fora do campo de visão normal da empresa", diz Janelle Hill, vice-presidente e analista do Gartner. "Embora os CIOs e executivos de negócios reconheçam o potencial de uma ruptura digital, eles não têm ferramentas, técnicas e critérios para identificar e avaliar transformações potenciais."


O relatório enfatiza que as rupturas no passado eram geralmente desencadeadas por tecnologias materiais como computadores ou caixas eletrônicos. "Já as rupturas digitais existem em maior parte no mundo virtual, sendo difíceis de serem reconhecidas até que o impacto já tenha sido sentido. Além disso, tecnologias virtuais são facilmente acessadas e modificadas."


Os executivos podem preparar a organização para superar os desafios da ruptura digital e capacitar seus pares para reconhecerem e lidarem com ela. No Symposium/ITxpo 2017,que terá sua edição brasileira de 23 a 26 de outubro, em São Paulo, analistas do Gartner apresentarão em primeira mão detalhes três estratégias para responder às transformações digitais nos negócios:


1) Reconheça a ruptura digital — É importante primeiro aprender a separar rupturas digitais de modismos. Um modismo, como Pokémon Go ou Google Glass, incitará muita empolgação, mas terá impacto limitado. Uma ruptura irá redefinir completamente as necessidades do mercado e potencialmente causar mudanças significativas na indústria. O iPad, por exemplo, causou mudanças no desenvolvimento de aplicações, impactou a renda de fabricantes de desktops e notebooks e até mudou a maneira como os seres humanos interagem com a tecnologia, sendo o FaceTime a primeira aplicação de conferência móvel. A tecnologia também criou uma indústria de acessórios pós-venda. Em algum ponto, os agentes de rupturas digitais mudarão completamente os mercados, enquanto os modismos não. Considere como a TV digital reformulou totalmente a indústria do entretenimento e se tornou tão disseminada que substituiu a TV analógica.


2) Estabeleça um mecanismo de detecção — Organizações que querem identificar os agentes de ruptura antes que seja tarde demais devem estabelecer um "mecanismo de detecção" para monitorar indicadores externos. Esses indicadores incluem mudanças no comportamento do consumidor e tendências de consumo, já que muitos fatores de ruptura se originam no mundo do consumidor. É importante considerar também onde os capitais de risco são investidos e as rupturas de mercados adjacentes. O mecanismo de detecção criará muita informação para administrar, sendo necessários cientistas de dados para explorarem o mar de informações para percepções.


3) Seja amigo dos executivos de marketing e de distribuição — Monitorar indústrias externas é território novo para um CIO, mas outros membros do time executivo são preparados para essa tarefa. Dependendo de como o negócio é organizado, o CIO pode procurar uma parceria com o CMO (diretor de marketing), CFO (diretor financeiro), vice-presidente de supply chain ou mesmo o líder de pesquisa & desenvolvimento para ter uma visão melhor dos possíveis agentes de ruptura. Em uma organização B2B (business to business), a ruptura pode acontecer na cadeia de suprimento ou com o cliente final, sendo importante tornar-se parceiro do CMO e do VP de supply chain. Em companhias B2C (business-to-consumer), rupturas provavelmente acontecem no segmento de consumo, devendo o foco ser no CMO.


Os executivos de marketing podem oferecer uma visão sobre o comportamento do mercado e do consumidor. Eles também serão capazes de identificar indicadores potenciais e provavelmente terão uma equipe com as habilidades necessárias para analisar os dados. Em contrapartida, os CIOs podem oferecer aos CMOs conhecimento institucional sobre sistemas de TI e razões para que certos sistemas sejam configurados da forma como são para fornecerem uma perspectiva sobre como uma ruptura potencial muda o cenário vigente. Uma vez que uma ruptura é identificada, a empresa deve trabalhar em sua resposta.


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Varejo é o que mais tem percebido a transformação digital dos negócios, diz pesquisa

Estudo da SAP mostra, porém, que os maiores desafios às iniciativas de transformação digital no Brasil são a falta de liderança, falta de gerenciamento e de habilidades da força de trabalho.

Embora 84% das companhias globais afirmem que a transformação digital é fundamental para sua sobrevivência nos próximos cinco anos, apenas 3% delas completaram os esforços de transformação em toda a operação. É o que revela o relatório "SAP Digital Transformation Executive Study: 4 Ways Leaders Set Themselves Apart". Com base em resultados de entrevistas com mais de 3 mil executivos seniores em 17 países, o estudo identificou desafios, oportunidades, valor e tecnologias relevantes usadas na transformação digital.

De acordo com o estudo, mais de metade das empresas na América Latina e no Brasil esperam aumentar seu faturamento entre este ano e 2018, mas têm consciência de que, nos próximos dois anos, a velocidade das mudanças no mercado deve aumentar, gerando uma necessidade de acelerar também o "go to market".

"Já não se trata mais, para as empresas de todos os segmentos, hoje, de uma simples escolha. A transformação digital é o motor essencial para receitas, lucros e crescimento no mercado", afirma Claudio Muruzabal, presidente da SAP América Latina e Caribe.

A pesquisa corrobora plenamente as observações do executivo, apontando que 56% das empresas brasileiras esperam um crescimento de receita de 5,1% a 10% a partir da transformação digital já a partir do próximo ano. E 51% delas querem acelerar o mercado.

Atualmente, as empresas investem mais em big data e analytics (63%), plataformas de segurança (59%), mobile (51%), cloud (50%) e IoT (45%), e nos próximos dois anos elas investirão prioritariamente em big data e analytics (78%), cloud (61%), plataformas de segurança (58%), IoT (53%), mobile (44 %), aprendizado de máquina/IA (29%).

O estudo também mostra que os maiores desafios às iniciativas de transformação digital no Brasil são a falta de liderança (24%), falta de gerenciamento (19%) e de habilidades da força de trabalho (16%).

Impacto no varejo

A indústria de varejo está em plena transformação digital. O setor se encontra em um momento cheio de oportunidades e no qual a inovação é chave para se aproximar e dinamizar a conversa com uma nova geração de consumidores, muito mais atento e exigente. Segundo dados da Nielsen, já em 2018, os Millenials — mais conhecida como geração Y — representarão metade do consumo global e este número aumentará para 75% em 2025.

"O varejo está-se consolidando como uma das indústrias estratégicas da SAP na América Latina. No primeiro semestre deste ano, as vendas deste setor totalizaram dois dígitos, tanto em soluções na nuvem como em instalações on-premises", diz Muruzabal. Ele destaca que o momento do varejo é o de uma indústria em plena transformação digital. "Estamos em um momento muito especial para o setor, e a velocidade com que esse segmento cresce e se transforma não acontece por acaso, tem tudo a ver com os modelos e mudanças pelos quais o consumidor está hoje."

Para Muruzabal, mais do que nunca, o cliente deve ser o grande foco de atenção. "A experiência do cliente é a porta de entrada para uma transformação digital bem-sucedida e as ferramentas do dia a dia, como as que proporcionam dados emergentes para entender os padrões de comportamento do cliente; a “omnicanalidade” para gerenciar o relacionamento, e as tecnologias emergentes como a aprendizagem de máquina — capazes até de detectar o humor da pessoa de acordo com seus comentários — são vitais para gerar as respostas desejadas pelas empresas".

No Brasil, uma das grandes companhias que atuam no varejo, que já percebeu a nova realidade e atualizando seus negócios, levando-os para a nuvem, é o grupo Boticário, terceira maior empresa de cosméticos do país e maior rede de franquia do mundo. Com mais de 4.070 lojas no Brasil e em nove outros países, o Boticário começou a jornada da transformação digital com uma variedade de soluções da SAP para simplificar seus negócios.

Além do significativo valor que oferecemos para varejistas em todo o mundo, incluindo Macys, Burberry, Mink, L'Oreal, The BodyShop, e, na América Latina, para empresas como o grupo Éxito, Liverpool, El Palacio de Hierro, Mabe e as lojas brasileiras Marisa, que estão avançando sem seus planos de transformação digital com nossa participação, estamos focados, com nossa expertise e experiência, em alavancar a transformação digital, para empresas de todos os segmentos e portes", salienta Muruzabal.

Fonte: Computeworld

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Pare de desmotivar a equipe

Reveja alguns comportamentos que podem prejudicar o desempenho da tropa.


Não falha. Sempre que eu converso com alguém sobre gestão a pergunta acontece: "Como posso motivar a minha equipe?"
A maioria das pessoas começa em um novo emprego com a motivação muito alta. Estão empolgados e querem fazer um bom trabalho. Mas, conforme o tempo passa, a motivação acaba. E não é porque os gerentes e diretores falharam em motivar suas equipes. Mas porque os sistemas organizacionais, as políticas corporativas e, sim, porque ações dos gestores muitas vezes desmotivam a equipe. Como um gestor pode desmotivar seus funcionários? Vou contar algumas maneiras:
Surpresas na avaliação anual dos funcionários. A maior parte das pessoas vê as avaliações anuais como uma forma de melhorar o desempenho. Mas as pessoas têm de saber como estão e o que fazer para melhorar o ano todo. Quando os gestores esperam até a avaliação para dizer que algo deve melhorar, a equipe sente-se mal.
Microgestão. A maior parte das pessoas gostaria de ter algum grau de autonomia no trabalho. A microgestão – dizer em detalhes como cada tarefa tem de ser cumprida – impede esta autonomia. Dá a impressão de que o gestor vê seu subordinado como incompetente e incapaz de tomar decisões. A pior forma de microgestão é dizer às pessoas como fazer algo sem explicar porque tal tarefa é importante.
Críticas públicas. Se você vai criticar algo, faça isso em particular. Criticar publicamente inclui gritar tão alto que toda a equipe pode ouvir mesmo quando a porta de sua sala está fechada – e uma atitude como essa é certamente desmotivante para seus subordinados. E não apenas para o que foi criticado.
Solicitar um comportamento e recompensar quem não o segue.Um dos meus primeiros chefes dizia que nossa prioridade era um ambiente de produção estável, mas eu logo percebi que os colegas que recebiam promoções não eram os que seguiam as regras nos testes de software. As recompensas iam para os desenvolvedores que consertavam bugs no meio da noite – normalmente problemas que eles mesmos haviam criados. Os certinhos continuaram a trabalhar longe dos holofotes – ou começaram a criar bugs para atrair a atenção. 
Metas inatingíveis. Muitos gestores acreditam que, sem prazos, as pessoas relaxam e perdem tempo. Afirmam que é preciso trabalhar em todo o tempo disponível e que os profissionais têm de ser pressionados para dar tudo de si. A maioria das pessoas vai fazer de tudo para alcançar uma meta viável. Mas, se achar que aquilo é impossível, a motivação vai pelo ralo.
Perguntar algo e depois ignorar.  Um gestor pergunta à equipe quanto tempo é necessário para fazer algo. E, então, diz que aquele prazo é muito extenso e o corta pela metade. Esta equipe foi desmotivada três vezes: tem um prazo inatingível, teve seu julgamento profissional ignorado e foi ridicularizada publicamente. Eles estarão mais motivados a provar que o gestor está errado do que para cumprir a meta proposta.
Tratamento especial. Chefes não precisam tratar todos os subordinados da mesma forma, mas devem tratá-los com igualdade.
Frases vazias. Parece que há uma lista interminável de frases teoricamente motivadoras. “Apenas faça!”, “Falhar não é uma opção!”, “Pense fora da caixa!”. Em alguns casos, artifícios como esses podem realmente funcionar, mas não consigo pensar em algum agora. Problemas reais respondidos com frases vazias soam para os funcionários como a) o gestor não tem ideia de como agir ou b) o gestor não entende o problema.
Pessoas são custos Quando a redução de custos é sinônimo de redução de pessoal, a mensagem que fica é que pessoas não são investimentos.
Algumas pessoas são mais valorizadas do que outras. Quando há rankings e classificações entre as pessoas, a mensagem é clara: a companhia valoriza quem está no topo e quem está lá em baixo sabe que é candidata a sair no próximo corte. E o restante? Continua trabalhando, desmotivados.
Empregados não são confiáveis. Uma vez trabalhei para uma empresa na qual duas pessoas, em um departamento de 800, abusaram da política de uso do táxi. Depois do incidente, a VP decidiu que ela teria de aprovar pessoalmente qualquer despesa de mais de cinco dólares. Ficou claro que ela pensava que ninguém na companhia era confiável.
Empregados não são capazes de tomar boas decisões. Dezenas de assinaturas e de formulários e demoras para aprovações não apenas atrasam o trabalho, mas fazem as pessoas entenderem que não são capazes de tomarem decisões sozinhas.
Por Esther Derby, CIO/EUA