quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Inteligência de mercado: tem oportunidade aí para pequenas e médias empresas

Com a grande quantidade de informações disponíveis, a inteligência de mercado se tornou acessível, também, para as PMEs. Saiba como esse recurso pode potencializar o seu negócio.

Em tempos de alta competitividade entre as empresas, vai se destacar no mercado o empreendedor que antecipar tendências ou detectar oportunidades de melhorar a experiência de seus clientes. Dentro dessas opções, a inteligência de mercado, que é capacidade de cruzar dados e transformá-los em informação, é absolutamente fundamental para uma empresa.

Em outras palavras, inteligência de mercado, ou business intelligence, significa transformar dados brutos (sobre mercados, concorrentes e comportamento de consumo, por exemplo) em informação relevante, insights, para as empresas.
O grande desafio de um trabalho nessa área é detectar as tendências e associá-las aos objetivos dos clientes para conseguir promover a marca, seus produtos e serviços.

Big Data expande as fronteiras e possibilidades da inteligência de mercado
Bom, se você leu o artigo Tudo o que você precisa saber sobre a internet das coisas já percebeu que estamos vivendo uma grande mudança na forma como fazemos tudo. E, relacionando o tema com a inteligência de mercado, uma das grandes mudanças trazidas pela internet das coisas é, justamente, o enorme volume de dados disponibilizados.

Big Data é o nome dado para a enorme quantidade de dados produzidos e armazenados na internet. Para se ter uma ideia, atualmente são gerados mais dados em um único dia do que em todo o ano 2000.

Bom, isso parece um prato cheio para esse universo, certo? Imaginem a quantidade de informações sobre usuários, padrões de consumo, hábitos e preferências que podem ser obtidas a partir de uma análise desses dados. Pois é. Mas o dado bruto pelo dado não diz nada. A análise feita a partir dele que é relevante.

Então, se de um lado o big data traz uma enorme oportunidade para um trabalho bem feito de inteligência de mercado, por outro ele aumenta muito a complexidade de análise desses dados.

“É preciso saber fazer as perguntas certas diante dessa montanha de informações”, sugere o físico alemão Andreas Weigend, uma das maiores autoridades mundiais na área.
Nesta entrevista concedida à revista Exame, o cientista alerta para o fato de que muitas empresas ainda não descobriram como o big data pode ser usado para uma inteligência de mercado. Em outras palavras, as empresas não sabem como trabalhar seus dados. Para ele, o big data pode, sim, se transformar em um tomador de decisões.

Como a inteligência de mercado pode usar técnicas de big data para potencializar negócios?
Essa é uma pergunta cuja resposta varia de empresa para empresa. E não importa o tamanho da sua empresa. Quanto mais informações você coletar sobre seus clientes, melhor poderá diferenciar o atendimento.

Por exemplo, uma pequena locadora de bairro: se ela tiver um histórico das preferências de filme de cada cliente, quando receber novos títulos, poderá entrar em contato com aqueles clientes que possivelmente gostariam dos mesmos.

Para cada cenário, há diferentes possibilidades. A British Airways criou um programa de fidelidade bastante interessante: por meio de um aplicativo, a tripulação consegue identificar passageiros que tenham passado por algum tipo de inconveniente em seus vôos de ida (atrasos, por exemplo) e oferecer à eles algum tipo de agrado no seu vôo de volta.
O programa nasceu nos laboratórios de computação da empresa, por meio de análises de dados, passou pelo marketing e chegou à ponta, envolvendo a tripulação da empresa. Esse é um bom exemplo para criar ações de marketing mais estratégicas para a empresa.

A Amazon, então, usa os dados coletados sobre cada cliente para tentar ajudá-lo de verdade em seu processo de compra. Assim, se um cliente está prestes a comprar um livro que ele já adquiriu, o sistema faz um alerta e pergunta se ele realmente quer comprar o título repetido. Esse tipo de ação só é possível quando se armazena e analisa dados. Mais uma vez: dados e estratégias associadas promovendo ações de marketing que diferenciam a empresa.

Nesta matéria da PEGN, Nir Kshetri, doutor em administração de empresas e especialista em computação na nuvem destaca quais são os usos de big data nas franquias.

Confira dicas para PMEs usarem o big data em seus negócios

Há soluções de TI que transformam qualquer um em um grande analista de dados. O que não falta no mercado são ferramentas e softwares de inteligência de mercado. Inclusive, esse é um setor que está muito em alta.  Atualmente, há diversas startups ofertando soluções nessa direção. Aqui, você conhece algumas delas.
Então, você não precisa ser um gênio da análise de dados, ou montar um departamento de TI na sua empresa, para investir nesse campo. Os avanços na capacidade do software de inteligência empresarial fizeram uma grande diferença. Busque uma solução que tenha funções analíticas e práticas recomendadas incorporadas para que você possa gastar seu tempo examinando os dados que realmente importam.

É necessário velocidade para acompanhar o grande volume de dados. Até certo momento, o trabalho desse segmento era muito demorado e caro. E por causa disso ficava restrito a grandes corporações. Era preciso gerar relatórios complexos e uma boa análise poderia demorar até meses para ficar pronta. A boa notícia é que o mundo mudou e essa realidade também. A má notícia é que o mercado também cobra do empreendedor mais velocidade na tomada de decisões, portanto é necessário mais velocidade nesse processo de análise de dados.

Adote uma abordagem visual. O nosso cérebro é visual. Então, a visualização é uma das melhores maneiras de examinar e entender dados, principalmente ao apresentá-los a clientes e investidores. Aposte em soluções que te ajudem nesse campo.

Não se esqueça: todas as informações podem virar indicadores para aprimorar os resultados de uma empresa, então, não deixe de usar a inteligência de mercado para se destacar cada vez mais.

Fonte: Endeavor

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