quinta-feira, 29 de março de 2018

Indústria 4.0 e IOT: uma transformação muito mais que digital.

Estamos diante, antes de tudo, de uma questão estratégica, por refletir o modo como a empresa "passará a pensar".


A informatização e o alto nível de conectividade, que juntos dão origem ao conceito de IOT (Internet das Coisas), estão cada vez mais em pauta em todos os segmentos da economia. E não é diferente na indústria, setor no qual são crescentes os burburinhos em relação ao que é a Indústria 4.0 e como ela impacta no dia a dia das empresas e em seus processos fabris.
O termo indústria 4.0 nasceu na Alemanha e contempla medidas que visam aumentar e recuperar a competitividade industrial, usando como meio a aplicação de tecnologias, como a IOT, no chão de fábrica. Porém, não estamos falando de uma implantação propriamente dita, mas de uma jornada para melhoria da produtividade, sempre tirando proveito dos benefícios que o mundo digital pode trazer. Em minha visão, não se trata de um pacote que se compra, mas sim de um conceito bastante amplo para aplicar tudo que o "mundo digital" pode oferecer ao "chão de fábrica". E isso, sem dúvida, envolve uma grande mudança de paradigma que, assim como tudo, tem prós e contras.
Primeiramente, a IOT e a transformação digital criam uma necessidade ainda maior de garantir que todas as informações relacionadas à produção estejam protegidas e não extrapolem barreiras, indo além de quem pode visualizá-las. Fora as questões de espionagem industrial, o cuidado deve ser redobrado quando ingressamos no mundo digital e na indústria 4.0. Códigos maliciosos, cavalos de troia e outras ameaças veladas podem mudar a ordem de produção e até parar máquinas. Se isso já é desastroso hoje, imaginemos em um cenário 100% conectado, no qual qualquer falha de comunicação pode causar uma desorganização geral, atrasos em entregas, mudanças de rotas e muitos outros problemas. Por isso, esse cenário requer a adoção de controles específicos. 
Outro ponto importante é que, ao mesmo tempo em os ativos digitais já estão sendo reconhecidos por sua relevância para os negócios, eles ainda são tratados em muitas companhias como caixas pretas, ou seja, ainda predomina o desconhecimento acerca do real valor deste patrimônio. Assim, poucos ativos estão sob uma gestão mais organizada, o que demanda, de certa forma, uma mudança de comportamento por parte dos gestores, mesmo aqueles que não estão ligados diretamente à tecnologia.
Além disso, a indústria 4.0 também envolve desafios relacionados à gestão dos recursos humanos, pois as competências terão que estar alinhadas com o uso de Big Data, Robôs Autônomos, Simulação, Integração de Sistemas, IoT, Segurança Cibernética, Computação em Nuvem, Manufatura Aditiva ( impressão 3D), Realidade Aumentada e outros conceitos que passarão a ser largamente utilizados nos próximos anos. Inclusive, uma pesquisa da McKinsey apontou justamente isto: que o desafio nesse cenário todo é de caráter Cultural e de comportamento. Afinal, são pessoas que decidem e influenciam a adoção de novas tecnologias.
Mas, e o Brasil? Conquanto seja difícil fazer comparações, a situação por aqui em termos de competitividade ancorada pela tecnologia, mesmo em se tratando do maior mercado da América Latina e Caribe, não é das melhores, o que fica evidente no The Global Competetiveness Report 2016–2017 – World Economic Forum.
Desta forma, para avançar nessa jornada, o primeiro passo para tornar um processo digital é "desmaterializá-lo" (acho que este termo ainda não consta em dicionários, mas gosto de usar essa palavra), ou seja, tirar suas características físicas e excluir tudo o que impede o crescimento exponencial, característico do "mundo digital". E para isso, é preciso estudar o processo e encontrar formas de automatizá-lo e até mesmo de simplificá-lo. A partir daí, todos os componentes do processo passam a fluir muito rápido, tanto a circulação de documentos como a obtenção de informações sobre o processo para uso em Analytics, Big Data, entre outros. E nesse ponto, emergem benefícios, como rapidez na execução e controle nas variáveis do processo, como identificação de melhorias a partir dos dados gerados e a possibilidade analisar tudo o que acontece no seu ambiente fabril com base nessas informações.
É todo esse embasamento analítico que concede à indústria 4.0 o poder de abranger e ingressar em mercados até então inéditos e vender para outros países. As necessidades dos clientes ficam muito mais evidentes e também podem ser muito melhor atendidas. Quebra-se um pouco o conceito de produtos fechados e de unidades de manutenção de estoque (SKU, sigla em inglês) e tudo se volta às especificidades. A produção pode ser mais diversificada, as vendas mais consultivas e flexíveis e as respostas mais rápidas, respondendo a tal jornada do cliente. Será tudo isso também que preparará as empresas para atender o imediatismo dos clientes das gerações X e Y que estão vindo por aí, afinal são eles os futuros compradores. Isto inclui as empresas B2B. E, por último, este cenário permite aprimorar o desempenho dos processos internos, com menos pessoas e maior velocidade.
Diante de tudo isso, o que fica evidente é que a indústria 4.0, antes de tudo, é uma questão estratégica – por refletir o modo como a empresa "passará a pensar" e, assim sendo, não pode ser atribuída exclusivamente à direção de tecnologia das organizações e ao emprego da IOT, por exemplo. Temos aí uma transformação muito mais do que digital. Ainda há muito que evoluir.

Fonte: Walter Sanches, superintendente de TI da Termomecanica para CIO

terça-feira, 27 de março de 2018

Consumidor curioso e impaciente orienta nova era no mobile.

Google Think debateu como marcas podem usar dados para prever necessidades do público.

Os números não mentem: o brasileiro está mais sofisticado e imediatista em seus gostos do que nunca. Não à toa, um breve levantamento do Google nos dois últimos anos revelou o aumento massivo de buscas por produtos e serviços de melhor qualidade e que, de preferência, estejam disponíveis para já.
O cenário demanda atenção das marcas, visto que essas novas exigências refletem diretamente no nível de atendimento esperado pelos consumidores. Essa discussão orientou os debates do Think Google 2018, evento que reuniu profissionais de marketing, negócios e tecnologia nesta quarta-feira (21), em São Paulo.
Allan Thygesen, presidente do Google Americas, abriu as discussões, apresentando dados de buscas no mobile que confirmam a tese: os consumidores estão, não apenas mais exigentes, mas também mais curiosos e impacientes. Buscam na plataforma, por exemplo, duas vezes mais termos como “entrega rápida” e quatro vezes mais por estabelecimentos que estejam “abertos agora”. 
Já pesquisas para “a melhor tapioca” cresceram 562% em 2017 em relação a 2015, enquanto a busca por “melhor fritadeira elétrica” teve aumento de 157%. A melhor gasolina, água mineral e colchão também foram itens que tiveram crescimento acima de 100% nos últimos dois anos.
Vale lembrar que todas essas buscas foram feitas no mobile, revelando o quanto os dispositivos móveis têm impactado as decisões de compra dos consumidores. Para o executivo, cabe às marcas aproveitarem do imenso universo de dados disponíveis para prever possíveis necessidades e oferecer aos clientes melhores experiências de consumo. Não é tarefa simples, mas aos poucos, surgem ferramentas para auxiliar as marcas nesse sentido.
Dois novos serviços gratuitos apresentados no Google Think 2018 prometem contribuir com as empresas. O Speed ​​Scorecard permite que as empresas verifiquem como a velocidade do seu site móvel é classificada em relação às principais marcas do mundo, com base em dados do Relatório de Experiência do Usuário do Chrome. Já a Calculadora de Impacto estima quanto de receita as empresas obteriam se investissem na melhor velocidade de carregamento da página. 
Segundo Thygesen, a relação entre velocidade de carregamento das páginas no mobile e conversão em negócios é direta. Cerca de 53% das visitas ao site mobile das marcas são perdidas se o carregamento demorar mais de três segundos. No Brasil, a média de velocidade dos sites móveis é de 5,8 segundos. A partir de julho, a rapidez de carregamento de sites no mobile também será um dos fatores principais para o rankeamento nas buscas do Google.
Além de Thygesen, o Google Think 2018 contou com palestras de Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, que falou sobre a transformação das marcas orientada pelos dados, e Mônica de Carvalho, diretora de negócios do Google Brasil. A executiva trouxe insights sobre a nova jornada do consumidor, que já não é mais digital ou offline, mas “all line”. Finalizando os debates, o canadense Mitch Joel, autor dos livros “Six pixels of Separation"  e "CTRL ALT DELETE" falou sobre como ser disruptivo em um ambiente tecnológico em que já é naturalmente desafiador.
Acompanhe a cobertura completa do evento, bem como entrevista exclusiva com Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, sobre segurança de dados, na edição impressa do PROPMARK.
Fonte: PropMark

segunda-feira, 26 de março de 2018

7 sistemas de CRM gratuitos que você precisa conhecer

Com eles, o gerenciamento do relacionamento com clientes não precisa ser um empreendimento caro.


A maioria das empresas vive e morre pelos relacionamentos que mantém e as oportunidades que pode promover desses contatos. Desenvolver relações fortes com os clientes é fundamental para o sucesso. Felizmente, o software de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) pode ajudar as empresas a organizar dados de múltiplos pontos de contato e equipar profissionais com ferramentas para acompanhar e analisar todas as interações. No cenário competitivo de hoje, encontrar o provedor de CRM correto pode fazer a diferença entre crescimento e estagnação.
O software de CRM está disponível em muitas formas, mas o objetivo é quase universal: aumentar as vendas, aumentar a produtividade e identificar perspectivas mais qualificadas para as atividades de marketing. As empresas que integram adequadamente as soluções de CRM em suas operações podem obter informações valiosas ao capturar e correlacionar informações sobre o comportamento do cliente em uma única interface. 
Considerando as contribuições vitais que o software de CRM pode fazer para o sucesso de qualquer empresa, é cada vez mais importante encontrar um provedor que ofereça os recursos, integrações de terceiros e técnicas de personalização que melhor se adaptem às necessidades de sua empresa. As empresas podem se surpreender com as opções disponíveis para eles e há muitas considerações que devem orientar o processo de seleção de software de CRM. No entanto, pequenas e médias empresas muitas vezes podem ter suas necessidades mais importantes atendidas com software de CRM aberto e de código aberto.
Revisamos dezenas de provedores para identificar o melhor software de CRM gratuito no mercado hoje. Depois de pesar seus pontos fortes e limitações, avaliações de líderes da indústria e rankings de várias empresas de pesquisa, selecionamos sete aplicativos (apresentados em ordem alfabética) para ajudá-lo a encontrar a melhor solução para você:
1 - Apptivo
O Apptivo é um CRM baseado em nuvem que inclui funções para organização de contatos, gerenciamento de projetos e rastreamento e operações financeiras. A versão gratuita do Apptivo é limitada a três usuários e 500 MB de armazenamento de dados. As principais características da versão gratuita incluem ferramentas de gerenciamento de vendas para listas de leads, contatos, oportunidades e negócios pendentes.

Os usuários do Apptivo também gozam de ferramentas de gerenciamento de projetos, incluindo faturamento, ordens de serviço, estimativas e ordens de compra. A versão gratuita inclui relatórios padrão, recursos de pesquisa e notificações automáticas para tarefas e compromissos.
As integrações de terceiros estão disponíveis nas versões pagas, que começam em US$ 8 por usuário/mês. O Apptivo também oferece aplicativos para dispositivos Android e iOS.
2 - Bitrix24
O Bitrix24 é uma sólida opção de CRM para organizações que procuram um conjunto de ferramentas projetadas para gerenciar projetos, colaborar e reforçar os esforços de marketing. A versão gratuita do Bitrix24 é limitada a 12 usuários e 5 GB de armazenamento de dados. O Bitrix é projetado para levar a maioria das operações comerciais a uma única plataforma.

As principais características do CRM baseado em nuvem incluem ferramentas de gerenciamento de projetos, compartilhamento de conteúdo, mensagens, gerenciamento de tempo, tarefas e comunicações em um ambiente de estilo social. Processos automatizados como notificações, relatórios assistidos e assinaturas de grupos de discussões podem ajudar as empresas a rastrearem o progresso e agendar as próximas oportunidades com maior contexto.
As capacidades podem ser estendidas através de integrações de terceiros e os recursos mais avançados estão disponíveis a US $ 39 por mês para até 24 usuários. O Bitrix24 oferece aplicativos para dispositivos Android e iOS.
3 - Hubspot 
O Hubspot CRM é uma solução flexível completa que inclui todos os recursos principais de um sistema moderno projetado para gerenciar contatos, rastrear leads e fechar negócios. A Hubspot é uma empresa popular no mundo do CRM para muitas pequenas empresas porque oferece recursos e funcionalidades suficientes para melhorar as operações de marketing e vendas a custo zero. A versão gratuita do Hubspot inclui um número ilimitado de usuários, armazenamento de dados e até 1 milhão de contatos sem limites de tempo ou períodos promocionais.

As ferramentas de gerenciamento de contato e liderança da Hubspot permitem aos usuários reunir instantaneamente informações valiosas sobre qualquer empresa inserida no banco de dados, incluindo pessoal-chave, perfis sociais e origens. O Hubspot foi projetado para gerenciar todo o pipeline de vendas, de modo que ele rastreie automaticamente as interações dos clientes em e-mail, mídias sociais, telefonemas e reuniões. A plataforma baseada na nuvem possui um painel intuitivo com relatórios em tempo real no gerenciamento de leads e os usuários podem criar otimizar páginas de destino para gerar leads mais valiosos.
O Hubspot pode ser personalizado integrando serviços de terceiros do Google, Microsoft e muitos outros. O Hubspot CRM também está disponível como um aplicativo para dispositivos Android e iOS, e os recursos mais avançados começam em US $ 50 por usuário por mês.
4 - Insightly
A Insightly é uma plataforma de CRM projetada para gerenciar contatos, vendas e projetos de uma organização, mas a versão gratuita é limitada a apenas dois usuários, 2,5 mil contatos e 200 MB de armazenamento de dados. A plataforma baseada em nuvemoferece aos usuários uma visão detalhada de seus contatos, incluindo histórico de interações, datas importantes e outras informações relacionadas a projetos ou oportunidades de vendas. 

As principais características da Insightly incluem ferramentas de gerenciamento de projetos que permitem aos usuários rastrear o progresso em relação aos prazos, criar marcos e tarefas, definir alertas automatizados e acompanhar a correspondência. A Insightly também pode acompanhar a correspondência de e-mail, os contatos de mídia social e criar relatórios e gráficos personalizados para dar às organizações uma visão mais detalhada do seu envolvimento com os clientes.
Os usuários podem ampliar recursos integrando-se a vários serviços de terceiros, mas alguns fornecedores estão disponíveis apenas para clientes que atualizam para um plano pago. 
Planos com recursos mais avançados e maior integração de terceiros começam em US$ 29 por usuário/mês. A Insightly também oferece aplicativos para dispositivos Android e iOS.
5 - SugarCRM
SugarCRM costumava ser o maior CRM open source do mundo no mercado, mas a empresa não está mais lançando novas versões de código aberto do aplicativo Community Edition. No entanto, ainda está disponível para download e o foco centrado no desenvolvedor do SugarCRM é um portal com um rico conjunto de recursos e a oportunidade para as organizações criarem uma solução totalmente personalizada. A versão open-source do SugarCRM requer um administrador dedicado com habilidades consideráveis ​​em programação PHP e gerenciamento complexo de banco de dados.

As organizações podem integrar serviços de terceiros com a API aberta do SugarCRM, mas a plataforma não fornece integrações simples através de um mercado como outros provedores de CRM. Alguns dos recursos destacados do SugarCRM incluem ferramentas de gerenciamento de contatos e leads, automação e previsão de vendas, gerenciamento de projetos, relatórios extensivos e recursos de análise de dados. O SugarCRM Community Edition é um banco de dados autônomo, de modo que esses custos adicionais devem ser levados em consideração.
As edições mais avançadas do SugarCRM começam em US $ 40 por usuário por mês.
6 - SuiteCRM
O SuiteCRM é uma alternativa livre, autônoma e de código aberto para SugarCRM que continua a crescer com novos recursos e suporte contínuo. Ele afirma ser o CRM de código aberto mais popular do mundo no mercado hoje, com mais de 4 milhões de usuários, 800 mil downloads e uma comunidade de desenvolvedores de 87 mil membros. O SuiteCRM também oferece muitos recursos que vão além das tarefas tradicionais do CRM.

As principais características incluem portais de autoatendimento que fornecem às organizações um método exclusivo para atendimento ao cliente, bastante interativo. Os usuários também podem criar modelos de pipeline de vendas, monitorar o progresso de leads, modelar processos de negócios, gerenciar contratos e modelos para cotações de clientes. O SuiteCRM inclui uma calculadora de ROI e um módulo de campanha de e-mail robusto que permite às organizações projetar, implantar e rastrear campanhas em um único painel de controle. O SuiteCRM também oferece um aplicativo para celular para dispositivos Android e iOS.
7 - Zoho CRM
O Zoho CRM é uma das soluções de CRM gratuitas mais populares no mercado hoje. O Zoho é uma opção sólida para SMBs e startups, mas a versão gratuita é limitada a três usuários, 25 mil contatos e 1 GB de armazenamento de dados. A plataforma é especialmente poderosa para as organizações que utilizam o Zoho Workplace, um conjunto de aplicativos de produtividade que competem com o G Suite e o Microsoft Office 365.

Alguns dos recursos destacados do Zoho CRM incluem uma grande variedade de integrações de terceiros, análises e previsões avançadas, notificações em tempo real e ferramentas abrangentes de gerenciamento de projetos para leads, contas e contatos. A interface intuitiva também inclui ferramentas para automação de vendas e marketing, configuração de produtos, relatórios e análise detalhada de clientes.
Os usuários do Zoho podem personalizar sua plataforma sincronizando com serviços de terceiros usando a API do Zoho. O Zoho CRM é uma plataforma baseada na nuvem e oferece aplicativos para dispositivos Android e iOS. Usuários adicionais e recursos avançados começam em US$ 12 por usuário/mês.
Fonte: CIO

sexta-feira, 23 de março de 2018

Zuckerberg quer ajudar o Brasil a evitar exploração de dados no Facebook durante campanha eleitoral.

O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou que a empresa "cometeu erros" que levaram milhões de usuários do Facebook a ter seus dados explorados pela consultoria política, Cambridge Analytica.

Ele também garantiu estar disposto à colaborar como for preciso e evitar que dados sejam novamente explorados indevidamente para influenciar campanhas eleitorais na Índia e no Brasil.

A consultoria é acusada de ter usado dados de cerca de 50 milhões de usuários do Facebook e ter influenciado eleições de maneira indevida. 


A companhia obteve as informações em 2014 e utilizou os dados para desenvolver uma aplicação que "previa e influenciava decisões dos eleitores", segundo reportagens publicadas pelo jornal "New York Times" e pelo canal britânico 4.

Segundo as reportagens, a consultoria também poderia agir em eleições na Índia e este ano no Brasil.

Em uma entrevista exclusiva na noite dessa quinta-feira (21) à rede de tv norte-americana CNN, Zuckerberg afirmou estar disposto até mesmo a ir ao Congresso brasileiro se for chamado para testemunhar e ajudar.

Zuckerberg admitiu ter ocorrido o que chamou de "uma quebra de confiança". 

Mais cedo, ele já havia publicado um pedido de desculpas em sua página oficial na rede social.

Durante a entrevista à rede CNN, Zuckerberg afirmou estar profundamente triste, e repetiu que vai adotar as ações necessárias para proteger os dados de usuários e "dificultar" a coleta de dados de informações por "aplicativos desonestos".

Afirmou que a empresa se compromete a investigar aplicativos que tiveram acesso à grandes quantidades de dados e que vai ser realizada uma auditoria forense em aplicativos suspeitos. Aqueles que não concordarem com esta verificação poderão ser banidos. Medidas para proteger contas inativas também deverão ser adotadas.

O Facebook investiga o vazamento dos dados que supostamente teriam sido usados pela empresa de consultoria britânica Cambridge Analytica, contratada pela campanha presidencial de Donald Trump em 2016.

Sobre a parceria com a Cambridge Analytica, Zuckerberg afirmou ter "se arrependido" de confiar na empresa.

Em outras redes sociais como o Twitter, vários usuários participaram de uma campanha contra o Facebook, com a hashtag "deletefacebook", (apague o Facebook), em uma crítica à segurança da informação na plataforma.

Nos Estados Unidos, as especulações e suspeitas sobre uma interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, para um suposto favorecimento do presidente Donald Trump durante a disputa, é investigada pelo FBI e agora se discute como, redes sociais como o Facebook podem ter sido usadas na veiculação de notícias falsas no jogo político internacional e nacional.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Como a Revolução Digital está Transformando a Hierarquia de TI.

Para se manter na frente, as empresas de TI desenvolveram novos serviços e soluções para desafios ainda não considerados. Nesse contexto, ser grande não é suficiente. O sucesso exige que as companhias se adaptem, aprendam rápido, mudem com as condições e ofereçam soluções flexíveis rapidamente.


Como a revolução digital transforma o setor de TI?


Conforme as empresas concentram-se na necessidade de soluções de tecnologia voltadas ao negócio para suas transformações, pouco se reflete sobre como a revolução digital está transformando o próprio setor do qual eles buscam ajuda.


Mas, com a ameaça constante de mudança vinda de direções improváveis e que afeta as organizações de maneiras impensáveis, o setor de IT está passando por uma reestruturação. As empresas descobrem que precisam ser ligeiras na adaptação se elas quiserem atender às necessidades progressivas de seus clientes.


Ao passo que a competição aquece as empresas menores de TI, aquelas que são rápidas no aprendizado e rápidas na ação encontram oportunidades crescentes na esfera anteriormente mantidas pelos gigantes do setor: Tata, IBM, Accenture, Infosys e suas gangues.


Um modelo para o sucesso


A empresa que está liderando o avanço é a Stefanini, uma empresa de TI brasileira que desenvolveu um modelo de negócio que ela acredita que possa triplicar suas receitas ao longo dos próximos cinco anos, aumentando seu EBITDA em cinco vezes e dobrando sua equipe para 50.000 no mundo todo.


Mesmo que ainda não esteja na mesma liga da IBM, a Stefanini não é qualquer jogador. Como uma das empresas verdadeiramente globais do Brasil, ela possui uma presença em 41 países e receita de mais de USD 800 milhões, 60 por cento dos quais vêm de projetos fora do Brasil.


Seu modelo, encapsulado na Visão da empresa para 2022, detalhado em meu estudo de caso, “Stefanini e a Revolução Digital: Transformando e Sendo Transformado (coautoria com Gabriel Rozman, um ex-Vice-Presidente da Tata Consultancy Services) tem como base a flexibilidade e relacionamentos próximos com os clientes. O modelo inclui a transformação dos processos de vendas e de entrega da companhia, com o objetivo de expandir sua marca global em países em desenvolvimento e nos mercados maduros da Europa e América do Norte.


O conceito da Visão de 2022 data de 2014, quando empresas ao redor do mundo começaram a perceber que a transformação digital trata tanto sobre pessoas quanto sobre novas tecnologias.


O fundador, CEO e único proprietário da Stefanini, Marco Stefanini, reconheceu que ao mesmo tempo que a revolução digital trouxe oportunidades de negócio e importantes novas fontes de receita para o setor de TI, uma fonte significativa de seus rendimentos estava ameaçada, conforme os orçamentos para empregos de TI antigos migraram para novos projetos digitais. A única maneira de um negócio sobreviver e crescer era mudar junto de seus clientes.


“A transformação digital está criando um momento crítico em que todo mundo deve repensar não somente a maneira como fazem negócios, mas também a maneira que seus clientes, parceiros e concorrentes estão mudando”, observou Stefanini durante uma visita à INSEAD em Setembro de 2017.


Para se manter na frente, as empresas de TI desenvolveram novos serviços e soluções para desafios ainda não considerados.  Nesse contexto, ser grande não é suficiente. O sucesso exige que as companhias se adaptem, aprendam rápido, mudem com as condições e ofereçam soluções flexíveis rapidamente.


A força da reinvenção


O histórico, a adaptação e a transformação da Stefanini para sobreviver nas condições econômicas, financeiras e políticas em constante mudança no Brasil, ajudou a construir os “músculos” necessários para ser flexível.


Isso está agora enraizado na flexibilidade que está ajudando a empresa a competir contra os principais players.


“Sempre estive convicto da importância de nossos líderes terem uma “mentalidade flexível” em que nós continuamos tentando, nunca desistimos e aprendemos com as respostas”, observou seu fundador.


Uma mentalidade flexível, uma ideia  desenvolvida primeiramente pela Professora Carol Dweck da Standford, é a vontade de aprender e tentar coisas novas. É oposta à mentalidade fixa de empresas ou indivíduos que focam em melhorar o que já conhecem.


Enquanto a mentalidade flexível da Stefanini a ajudou a se reinventar no passado, o desafio de hoje tornou-se ainda mais difícil pelo fato de que a mudança repentina está sendo forçada em seus clientes também. Nesse contexto, a prontidão da empresa para embarcar em muitas jornadas individuais com diferentes organizações em diferentes níveis dá a vantagem a ela.


“Não estou dizendo que sabemos como fazer isso ou que seremos os vencedores… mas não acho que a Tata ou a IBM descobriram isso também”, disse Marco Stefanini. “Todos nós ainda estamos aprendendo e tentando bolar uma solução.”


A vantagem empreendedora


Como parte do processo de aprendizado, o fundador da Stefanini viaja incessantemente, voando ao redor do mundo falando com empresas, clientes, novos talentos e startups, perguntando constantemente o que vai acontecer em seguida.


Uma forma de acessar conhecimento especializado é investir em parcerias com empresas startups. Enquanto esses jogadores possuem muita demanda, a cultura empreendedora da Stefanini significa que a probabilidade desta se combinar de forma bem sucedida com essas empresas é muito maior do que as concorrentes autocráticas, bem estabelecidas, nas quais a burocracia é abundante e os processos demoram a serem adotados.


Tamanho é apenas um elemento de sucesso


A Stefanini não é a única estrela digital nos mercados emergentes. Muita coisa está acontecendo no Brasil e na América Latina, onde diversas empresas criam, adaptam e usam a tecnologia em novas maneiras todos os dias para solucionar problemas que, em muitos casos, os clientes ainda não sabem que existem.


O futuro do setor de TI recai sobre a aceitação de trabalhos que não estejam bem definidos e que mudarão constantemente.


Capturar o mercado se tornou uma corrida urgente, em que o tamanho é somente um elemento de sucesso. E as empresas descobrem que, no processo de busca por conhecimento para transformar seus clientes, elas acabam transformando a si próprias.


Felipe Monteiro é Professor Afiliado de Estratégia na INSEAD.


This article was first published on INSEAD Knowledge (http://knowledge.insead.edu). Copyright INSEAD 2017.


Fonte: ProXXima


quarta-feira, 21 de março de 2018

Opinião - Como a tecnologia pode contribuir com o combate à corrupção.

Novamente São Paulo foi a cidade sede do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, que aconteceu nos últimos dias. Como já era de se esperar, a experiência foi a mais positiva possível, bastante rica na troca de conhecimento com diversos líderes e representantes da região.
Em um painel que contou com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e a presidente da Transparência Internacional (TI), Delia Ferreira Rubio, pude levar algumas ideias de como a tecnologia pode ser uma aliada no combate à corrupção. 
Como sabemos, o Brasil tem enfrentado esse grave problema nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa da Transparência Internacional publicada no início deste ano, o país caiu 17 posições no ranking de Percepção de Corrupção em relação a 2016 – atingindo sua pior colocação nos últimos cinco anos. A enorme queda, que nos joga para a 96ª posição em uma lista de 180 países, foi interpretada pela Instituição como uma continuação no caminho da corrupção com forças atuando para conter os esforços de combate.
Os cidadãos sofrem há tempos com isso e demandam cada vez mais transparência da sociedade como um todo e, especialmente, de seus representantes. Nada mais justo, já que a falta de transparência e a corrupção prejudicam a competitividade e a produtividade, privando as pessoas, países e empresas de alcançar seu verdadeiro potencial.
É algo que mata sonhos e destrói a confiança nas instituições, na democracia e nos negócios.

Soluções à serviço da sociedade

A corrupção se opõe completamente às nossas crenças e missões, e, sendo assim, gostaria de compartilhar uma visão de como as tecnologias que hoje são estado da arte podem contribuir para o seu fim. Aponto aqui 4 maneiras pelas quais a tecnologia pode ser uma grande aliada no combate à corrupção:
1) Dados abertos
Podemos aumentar e muito o nível de transparência permitindo que o público tenha acesso aos dados do governo que, de acordo com a Lei de Acesso à Informação, são abertos. Esses dados podem ser organizados com tecnologia e transformados em serviços públicos mais transparentes, e de fácil acesso através dos meios digitais. 
2) Identificação digital
A unificação dos cadastros do cidadão pode ser uma ferramenta essencial no combate à fraude. O cadastro único simplifica e agiliza a prestação de serviços públicos, pois traz consigo uma forma segura de autenticação do cidadão, permitindo seu reconhecimento com total confiança.
3) Licitações inteligentes
Com a Inteligência Artificial, é possível detectar padrões de anormalidade em processos licitatórios. Através de análises dos dados de uma concorrência, por exemplo, algoritmos poderiam identificar fraudes como direcionamento e formação de cartel. Existe portanto tecnologia para tratar a corrupção preventivamente, antes mesmo que ela aconteça.
4) Blockchain
Vários setores vêm testando o blockchain e os governos podem usá-lo ativamente na auditoria das contas públicas e dos contratos estabelecidos com prestadoras de serviços. O blockchain nos permite controlar e rastrear todas as transações feitas por qualquer entidade, pública ou privada. É como se ele criasse um carimbo para cada centavo existente e atualizasse seu registro e localização a cada nova movimentação. Como resultado, em caso de uma hipotética tentativa de desvio de verba, ela seria rapidamente descoberta e denunciada pela rede.
Com isso, temos um panorama das oportunidades que estão ao nosso alcance. Muitas dessas soluções, aliás, são de baixo custo, fácil implementação e em geral proporcionam aumentos de eficiência da gestão pública e melhoria na qualidade de serviços ao cidadão.
Esse é um ponto importante: quando falamos em aumentar o controle sobre os processos, muitas vezes imagina-se que isso vai torná-los mais lentos. Porém, a tecnologia disponível também aumenta a agilidade dos processos, assegurando um serviço de qualidade ao cidadão.
Para colocar isso em prática, a Microsoft participa da plataforma Tecnologia para Integridade (T4I) que foi lançada em Davos e e agora também durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina. O sistema conta com todas as ferramentas e recursos do Azure, a plataforma de nuvem da Microsoft, e permite que os membros da Iniciativa de Parceria Contra a Corrupção (PACI) possam desenvolver soluções e serviços inovadores na luta contra a corrupção.
Mais importante do que a tecnologia é o que se pode fazer com ela. Podemos usá-la para quebrar o ciclo da corrupção e empoderar cidadãos e instituições a construir uma sociedade mais transparente.
Por Paula Bellizia, General Manager at Microsoft Brazil, para o Linkedin.

terça-feira, 20 de março de 2018

As eleições de 2018 serão pós-modernas?

Forma de votar será influenciada pelas tecnologias, mas ainda haverá predominância das dinâmicas tradicionais.

Os analistas que estão se debruçando sobre as eleições 2018 estão claramente divididos em dois grupos diferentes. Um grupo segue utilizando como referência para análise as dinâmicas que se mostraram dominantes nas eleições desde pelo menos 1994. Esses dão peso bastante grande para questões como estrutura partidária, tempo de TV, rede de coalizões e apoios regionais, recursos disponíveis entre alguns outros fatores. Já o outro grupo – que aqui estou denominando de pós-moderno – parte do pressuposto que o processo eleitoral desse ano no Brasil será tão impactado pelas novas mídias sociais – e fenômenos a elas associados – quanto foram outros setores da sociedade como o jornalismo, o varejo, os meios de pagamentos etc. Como trabalham com pontos de vistas bastante distintos esses dois grupos de analistas tendem a desenhar cenários também bastante diversos.

Em geral bastante municiados com pesquisas de opinião – parte delas feita via meios digitais -, assim como utilizando fartamente os recursos analíticos sobre movimentação nas redes sociais, os analistas pós-modernos enxergam o Brasil como um país em ebulição, indignado, buscando desesperadamente alternativas às lideranças políticas atuais. Esse clima, segundo eles, foi criado em grande medida pela circulação de informação e a formação de preferências com base nos meios digitais e pelas interações das pessoas nessas plataformas, e tende a beneficiar os personagens e candidatos que neles sabem navegar. Tal qual a forma de consumir, que foi amplamente alterada por essas novas tecnologias, a dedução é que a forma de votar também será.

O uso das mídias sociais de fato explodiu no Brasil nos últimos anos. Tanto no Facebook como no Whatsapp o número de usuário ultrapassou os 120 milhões, mais do que o dobro do que eram nas eleições de 2014. Aumentou também o número de pessoas que se informam sobre política por esses meios. Os números aqui variam de 30 a 50% dos usuários das redes sociais.

Parece existir pelo menos duas grandes questões para avaliar o impacto dessas novas tendências nas eleições. A primeira é responder quanto o uso das mídias sociais de fato altera o comportamento dos eleitores, ou seja, a propensão de voto em um específico candidato nas eleições. Vários analistas sugerem que as mídias sociais são muito mais efetivas em destruir candidatos, imagem pública, desconstruir versões, do que de fato construir preferências ou mesmo ampliar entendimento das pessoas sobre um assunto complexo.

Se isso for verdade, as mídias sociais afetam apenas parte do comportamento dos eleitores, principalmente o componente de rejeição de candidatos e ideias. Mas elas seriam muito menos eficazes para sustentar candidaturas ou preferências políticas. Jogam mais a favor da dispersão do que da construção de convergências em torno de ideias ou de pessoas.

Nessa linha de raciocínio seria equivocado supor uma correlação direta entre o que dizem as pessoas nas mídias sociais – e a intensidade com que o fazem – com comportamento eleitoral. No Brasil essa tese precisa ainda ser demonstrada, sendo que nas eleições de 1994 esse fenômeno não foi observável, nem nas eleições municipais de 2016, ou ainda nas eleições excepcionais ocorridas ao longo de 2017 como foi o caso do estado do Amazonas.

A outra questão é sobre o perfil dos usuários das redes sociais em relação ao perfil do eleitor médio no Brasil. Até o momento esses dois perfis não são similares. A principal razão para isso é a enorme desigualdade reinante no país em termos de renda, educação e acesso à banda larga. Assim, o retrato do que ocorre nas mídias sociais pode não representar o que ocorre na população em geral, ainda mais quando se tratar de tema controverso e complicado como preferência política e ideológica.

Os dados apresentados pelo site Torabit – que monitora especificamente as movimentações de caráter político e eleitoral nas mídias sociais – dão uma indicação disso. Por exemplo, nesse grupo social específico figuram 71% de homens e 29% de mulheres.

Do ponto de vista regional a presença de manifestações de pessoas do Sudeste é em média 6 vezes maior do que as do Nordeste ou mesmo do que as do Sul. Nesse caso específico vê-se que o peso dos homens da região sudeste do país está sobre-representado na amostragem das mídias sociais. Portanto, análises nesse campo teriam que ter fatores de correção para ajustá-las ao perfil efetivo dos eleitores do país.

Contudo, mesmo não parecendo ainda ser o caso de se apostar em um cenário no qual uma dinâmica “pós-moderna” irá predominar nas eleições, não faz sentido descartar a dimensão das mídias sociais e outros fenômenos do mundo digital. As visões não precisam ser excludentes. Elas podem ser adotadas simultaneamente ainda que ponderando-se o peso de cada uma. No Brasil talvez ainda seja seguro trabalhar com modelos de análise 70% voltado às dinâmicas eleitorais tradicionais e uns 30% de novos fatores.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Cinco formas de melhorar o gerenciamento de dados.

Os dados estão crescendo muito rapidamente e as organizações precisam uma compreensão completa de como, onde e porque eles estão sendo guardados.


A imensa quantidade de dados que as companhias produzem atualmente pode ajudá-las a atender melhor seus clientes e aumentar a produtividade. Entretanto, as mesmas informações também podem se tornar um grande problema se não forem devidamente tratadas e protegidas.
Aqui estão cinco dicas para melhor gerenciamento de seus dados:
1 - Concentre-se na informação e não no data center ou device 
Foque na na construção de uma infraestrutura que otimize a capacidade da companhia de encontrar, acessar e utilizar informações críticas dos negócios. As principais tecnologias para isso incluem virtualização, computação em nuvem e dispositivos móveis. 

2 - Ganhe competência para avaliar e tratar seus dados
 Conheça a sua informação e perceba que as bases não são iguais. Muitas organizações não armazenam dados básicos, não sabem quem é o dono específico dentro da companhia nem como usá-los para ganhar vantagem competitiva.

É importante mapear e classificar as informações para descobrir o seu real valor. Feito isso, você pode mais facilmente priorizar os recursos de proteção, segurança  para gerenciar a informação que realmente é importante. 
3 - Seja eficiente
Faça deduplicação e adote tecnologias de arquivamento para proteger mais e armazenar menos. Guarde somente o que você realmente precisa.

4 - Defina políticas consistentes 
Estabeleça regras para armazenamento da informação, seja em ambientes físicos, virtuais ou de nuvem. Esta classificação unifica dados, automatiza, ajuda a descobrir quem é o seu dono, controla o acesso, distribuição e acelera o processo de eDiscovery.

5 - Mantenha-se ágil
Planeje o futuro. A empresa precisa das informações rapidamente para a tomada de decisão e isso exige a implementação de uma infraestrutura flexível e capaz de suportar crescimento contínuo dos dados.

Fonte: CIO

quinta-feira, 15 de março de 2018

Não parece, mas pesquisas de intenção de voto nunca acertaram tanto.

Um estudo analisou 30 mil pesquisas eleitorais feitas em 45 países desde 1942. E concluiu que as taxas de acerto não só se mantém estáveis como, em alguns lugares, melhoraram.

Trump foi mesmo uma exceção: dois cientistas políticos analisaram 30 mil pesquisas de intenção de voto feitas em 45 países democráticos entre 1942 e 2017. E descobriram que o número de acertos não só se mantém estável ao longo das últimas décadas como aumentou um pouquinho nos últimos anos.

Os dados foram separados entre países de sistema presidencialista, como o Brasil e os EUA, e de sistema parlamentarista, como Inglaterra e a Alemanha, em que há um primeiro ministro. Nos presidencialistas, a taxa de acerto aumenta quando a pesquisa é feita mais perto da data da eleição (menos de 50 dias). O motivo é óbvio: conforme o pleito se aproxima, a tendência é que uma parcela cada vez maior da população se informe e se decida por um candidato. Já nos parlamentaristas, a eleição é previsível desde o começo, pois a lealdade de longa data a um ou outro partido costuma ter mais peso do que a escolha de políticos específicos.

Nos gráficos mais abrangentes, que mostram o desempenho das pesquisas eleitorais de todos os países analisados ao longo de toda a janela de tempo, o número médio de erros se mantém estável em cerca de 2%, com picos de 6%. Quando a análise é limitada apenas aos 11 países nos quais pesquisas foram feitas de forma consistente em todas as eleições entre 1977 e 2017, fica claro que a porcentagem de erros de lá até aqui diminuiu cerca de 0,4 pontos percentuais – e os picos (eleições em que há mais erros que o normal) caíram de 6% para 3%. Nas palavras do artigo científico, “simplesmente não houve um declínio discernível na precisão das pesquisas ao longo do tempo.” Os autores admitem, é claro, que essas conclusões podem não valer em contextos políticos conturbados.

“Às vezes, as pesquisas dão errado e chamam muito a atenção, especialmente quando elas influenciam expectativas sobre quem será eleito (…) Mas não há evidências para afirmar que elas estão em crise”. Em entrevista ao The Guardian, Anthony Wells, diretor da empresa de pesquisa de mercado YouGov, concordou: “esse é o tipo de conclusão de que nós gostaríamos que mais pessoas tivessem consciência. Nós sabemos que as pesquisas não estão piorando, mas a percepção do público é de que elas estão. Eu acho que as pessoas se lembram dos erros recentes com mais proeminência que os do passado.”

Fonte: Super Interessante