Google Think debateu como marcas podem usar dados para prever necessidades do público.
Os números não mentem: o brasileiro está mais sofisticado e imediatista em seus gostos do que nunca. Não à toa, um breve levantamento do Google nos dois últimos anos revelou o aumento massivo de buscas por produtos e serviços de melhor qualidade e que, de preferência, estejam disponíveis para já.
O cenário demanda atenção das marcas, visto que essas novas exigências refletem diretamente no nível de atendimento esperado pelos consumidores. Essa discussão orientou os debates do Think Google 2018, evento que reuniu profissionais de marketing, negócios e tecnologia nesta quarta-feira (21), em São Paulo.
Allan Thygesen, presidente do Google Americas, abriu as discussões, apresentando dados de buscas no mobile que confirmam a tese: os consumidores estão, não apenas mais exigentes, mas também mais curiosos e impacientes. Buscam na plataforma, por exemplo, duas vezes mais termos como “entrega rápida” e quatro vezes mais por estabelecimentos que estejam “abertos agora”.
Já pesquisas para “a melhor tapioca” cresceram 562% em 2017 em relação a 2015, enquanto a busca por “melhor fritadeira elétrica” teve aumento de 157%. A melhor gasolina, água mineral e colchão também foram itens que tiveram crescimento acima de 100% nos últimos dois anos.
Vale lembrar que todas essas buscas foram feitas no mobile, revelando o quanto os dispositivos móveis têm impactado as decisões de compra dos consumidores. Para o executivo, cabe às marcas aproveitarem do imenso universo de dados disponíveis para prever possíveis necessidades e oferecer aos clientes melhores experiências de consumo. Não é tarefa simples, mas aos poucos, surgem ferramentas para auxiliar as marcas nesse sentido.
Dois novos serviços gratuitos apresentados no Google Think 2018 prometem contribuir com as empresas. O Speed Scorecard permite que as empresas verifiquem como a velocidade do seu site móvel é classificada em relação às principais marcas do mundo, com base em dados do Relatório de Experiência do Usuário do Chrome. Já a Calculadora de Impacto estima quanto de receita as empresas obteriam se investissem na melhor velocidade de carregamento da página.
Segundo Thygesen, a relação entre velocidade de carregamento das páginas no mobile e conversão em negócios é direta. Cerca de 53% das visitas ao site mobile das marcas são perdidas se o carregamento demorar mais de três segundos. No Brasil, a média de velocidade dos sites móveis é de 5,8 segundos. A partir de julho, a rapidez de carregamento de sites no mobile também será um dos fatores principais para o rankeamento nas buscas do Google.
Além de Thygesen, o Google Think 2018 contou com palestras de Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, que falou sobre a transformação das marcas orientada pelos dados, e Mônica de Carvalho, diretora de negócios do Google Brasil. A executiva trouxe insights sobre a nova jornada do consumidor, que já não é mais digital ou offline, mas “all line”. Finalizando os debates, o canadense Mitch Joel, autor dos livros “Six pixels of Separation" e "CTRL ALT DELETE" falou sobre como ser disruptivo em um ambiente tecnológico em que já é naturalmente desafiador.
Acompanhe a cobertura completa do evento, bem como entrevista exclusiva com Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, sobre segurança de dados, na edição impressa do PROPMARK.
Fonte: PropMark
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