segunda-feira, 28 de maio de 2018

Notícia - Greve dos caminhoneiros gera perdas de mais de R$ 4 bilhões.


Com a greve dos caminhoneiros, os supermercados brasileiros já perderam vendas equivalentes R$ 1,320 bilhão por conta do desabastecimento de produtos perecíveis, frutas, verduras, legumes, laticínios e carnes in natura. Só os supermercados do Estado de São Paulo deixaram de vender cerca de R$ 400 milhões de produtos perecíveis desde o início da greve. O cálculo é do superintendente da Associação paulista de Supermercados, Carlos Correa. 
“É um estimativa conservadora”, frisa o executivo. Apesar de a greve durar quase uma semana, ele considerou nos cálculos a perda de vendas de cinco dias porque, nos primeiros dias da greve, havia produtos perecíveis nas lojas e as vendas não foram prejudicadas. Correa diz que os produtos perecíveis respondem 36% das vendas dos supermercados e que a greve já afeta hoje 80% do abastecimento desses itens. 
As estimativas correspondem à realidade encontrada pelos consumidores nas lojas. 
ABPA 
Não é só o setor de supermercados que sente os efeitos da crise. O diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, disse ontem que a paralisação dos caminhoneiros em rodovias de todo o país já provocou um prejuízo de R$ 3 bilhões ao setor e levou ao sacrifício de 64 milhões de aves adultas e pintinhos. De acordo com Santin, o sistema não “está à beira do colapso, mas está entrando em caos." 
"Há mais de 64 milhões de aves e pintinhos que já foram sacrificados e há no campo hoje mais de 1 bilhão de aves que se não receberem comida nos próximos cinco dias, vão morrer”, disse Santin, ao chegar ao Palácio do Planalto. 
O diretor-executivo da ABPA - entidade que representa 150 empresas do setor - foi ao Planalto para entregar uma carta alertando para as graves consequências da paralisação dos caminhoneiros para os produtores de aves e suínos. De acordo com ele, a situação é mais delicada nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em parte do Paraná.
“Precisamos é salvar essas aves e esses suínos e prevenir um problema ambiental e de saúde pública”, alertou o diretor-executivo da ABPA.

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