Analisar o cenário
competidor, prever tendências e antecipar cenários pode mudar a realidade de
uma empresa, tornando ela muito mais competente em suas ações.
Buscar o mercado ideal para o seu negócio, aquele em que
você é quem comanda e dita as regras, é o desejo de toda empresa. Mas a verdade
é que ser único em um ambiente de muita competição não
é mais possível: sempre vai existir, em algum lugar, alguém com uma oferta
igual ou parecida com a sua.
Vivemos em um mundo em que a cada dia surge uma nova
companhia, startup ou fintech totalmente orientada por dados, abraçada em
tecnologia e no universo digital. São competidores que chegam ocupando um
espaço significativo dentro do mercado, e toda e qualquer organização para se
manter ativa precisa estar atenta a essa movimentação.
Para entender o atual cenário competitivo basta lembrar que,
hoje, se vive na era do Big Data, da análise de dados e da pronta-entrega, do
imediatismo e também do real time marketing. Um produto ou serviço – mesmo que
físico – precisa interagir com o universo digital, que é onde toda a magia
entre empresa e cliente acontece atualmente. Mas, para isso, as empresas devem
estar muito concentradas em tomar as melhores decisões de negócio, sabendo
exatamente onde querem chegar e como podem alcançar isso.
As mais novas, por exemplo, entram no mercado mostrando todo
o potencial de quem já nasce pronta para enfrentar os desafios impostos pela
velocidade do digital, e acabam provocando mudanças muito rápidas em segmentos
de atuação já consolidados. É como o caso de uma operadora de televisão
percebendo a evasão de seus clientes para plataformas de streaming, como a
Netflix. Das redes de hotéis recebendo menos hóspedes devido a ascensão do
Airbnb. Ou dos motoristas de transporte urbano que usam canais digitais para
encontrar seus passageiros, migrando para o mundo das ofertas ágeis, assim como
a revolução que o crescimento das fintechs causou no mercado bancário.
Nesse cenário, empresas tradicionais, de segmentos antes
tidos como sólidos, como o de telefonia, hotelaria e até mesmo finanças, acabam
vendo as suas ofertas se tornando obsoletas. E a única saída é rever os seus
modelos de negócio, reparar processos e renovar as suas entregas. É preciso
encarar o movimento das novas entrantes com olhar de quem está vendo um leão a
sua frente. Afinal, não é à toa que para se manter ativo em um mercado
altamente competitivo é necessário matar um leão por dia – ou até mesmo 10 ou
20 -, certo?
Por isso, mais certo do que qualquer outra afirmação que
você vai ler neste artigo, é que as corporações que não procuram conhecer o
contexto em que estão desenvolvendo as suas ofertas, não serão capazes de
respirar por muito tempo. Elas podem até convencer seus consumidores de que o
seu produto ou serviço, ainda assim, é o melhor, porém, não terão forças para
brigar com aquelas que sabem muito bem “o que estão fazendo”, “porque estão
fazendo” e “para quem estão fazendo” e entregam o máximo de valor a cada
interação com o público.
Concorrência: um inimigo (nada) oculto
Contudo, não são só as novas entrantes que mexem com a
competitividade do mercado e provocam esse sentimento nas empresas de querer
sempre ser melhor do que a do terreno ao lado. Há séculos, sabemos que a
concorrência é um inimigo nem um pouco oculto que pode, muitas vezes, derrubar
a sua oferta se essa não for muito bem planejada e executada.
O modelo das Cinco Forças de Porter, sugerido por Michael
Porter, publicado no artigo “As cinco forças competitivas que moldam a
estratégia”, em 1979, na Harvard Business Review, faz uma análise do cenário de
competição existente entre empresas. Segundo Porter, existem algumas forças que
influenciam a capacidade das empresas em atender seus clientes e ter lucros, e
essas ainda mexem com todo o jogo de competição.
Entre elas estão: a ameaça de produtos substitutos, a ameaça
de entrada de novos concorrentes, o poder de negociação dos clientes, o poder
de negociação dos fornecedores e a rivalidade entre os concorrentes. Fatores
que continuam impedindo o avanço e crescimento de muitas organizações no
mercado.
O que mudou é que, hoje, não existem mais concorrentes
diretos ou indiretos bem definidos. Independentemente do segmento em que a
empresa atua, ela estará competindo com fatores que estão até mesmo acima das
suas entregas, são eles: a agilidade e a velocidade.
Startups como o Uber mudaram não somente a oferta de uma
serviço, mas os desejos dos consumidores. O avanço do digital, o uso constante
de novidades tecnológicas, ferramentas e softwares para construção de produtos
e soluções de negócio, assim como o fenômeno da mobilidade, transformou o
comportamento e os desejos das pessoas. Agora, elas querem ter produtos e
serviços ao seu alcance com muita agilidade e priorizam aquelas organizações
que conseguem resolver seus problemas em poucos minutos.
E, nesse contexto, não se pode ficar de braços cruzados,
esperando que as suas ofertas, assim como as suas ações e campanhas de
marketing, sejam engolidas por outras muito mais animadoras e adequadas às
expectativas dos consumidores. É preciso desenvolver uma nova mentalidade
dentro da organização, transformar os processos produtivos e criativos, bem
como a cultura da empresa como um todo. Começando por uma trabalho de leitura
de dados que levará a um entendimento do cenário competidor, afinal, conhecer
profundamente cada concorrente é fundamental para ter competência no mercado.
Competência: o motor por trás da competitividade
Por falar em competência, você já parou para pensar que ela
é o motor por trás da competitividade? Quanto mais competentes as empresas se
tornam, mais elas elevam o nível das suas entregas e sobem a régua para a
concorrência. Para alcançá-las, é preciso produzir melhor, ou seja, ser mais
competente a cada interação com o público.
Nesse contexto, a minha pergunta é: o que você está fazendo,
hoje, para ser mais competente? Uma das maneiras mais eficientes de conquistar
boas atuações no mercado e atingir o sucesso desejado é por meio de muito
conhecimento, um dos pilares da competência. Entender o cenário em que a
empresa está inserida, conhecer a realidade dos competidores, assim como o
comportamento dos consumidores – muito mais inseridos no ambiente online -, e
combinar essa capacidade com os recursos e habilidades certas, é o que torna
possível desenvolver ótimas soluções para o mercado.
No entanto, essa não é uma tarefa simples. Nem sempre as
informações são fáceis de serem apuradas, coletadas e avaliadas. Além da
análise de dados ser uma função complexa, exige certa preparação das empresas.
Elas precisam conhecer o universo da inteligência de dados e contar com
plataformas eficientes de coleta e mensuração de dados para somar resultados
positivos.
Por meio delas, é possível entrar a fundo no universo do
competidor, levantar informações pertinentes sobre a concorrência, antecipar
possíveis cenários e tendências e reunir o conhecimento necessário para
melhorar as suas estratégias. Assim, o trabalho das equipes de marketing e
vendas, por exemplo, se torna muito mais prático e eficiente. Com os dados
corretos em mãos, são desenvolvidos novos planejamentos, ocorrem mudanças no
rumo de estratégias e a performance das ações e campanhas é aperfeiçoada,
melhorando as tomadas de decisão da empresa como um todo.
Como vimos, concorrência e competência andam lado a lado
quando se quer alcançar melhores desempenhos. Esses conceitos são mais que uma
rima, eles são a verdadeira solução para as empresas, e você não precisa sofrer
mais por falta de conhecimento ou por fazer as escolhas erradas e perder
posições e clientes para os concorrentes.
Fonte:
ProXXima
Nenhum comentário:
Postar um comentário