Quando aqui estiveram, em março, para a reunião da Comissão da Indústria
Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII/CBIC), João
Crestana, presidente da CII, e Celso Luiz Petrucci, diretor-executivo e
economista-chefe do Secovi-SP, focaram na realidade diferenciada de Goiânia
para dar a nossa capital como um caso especial na indústria imobiliária no
País. Em declarações prestadas na ocasião ao POPULAR, ambos se referiram à
correta gestão do solo em Goiânia para concluir, com ênfase, que aqui não se
vivem os problemas pelos quais passa São Paulo, por exemplo. A referência era
ao Plano Diretor de Goiânia, cuja correta concepção, e discussão com o setor
produtivo, e com as indispensáveis audiências públicas ao longo do processo de
gestação e de aprovação, legou à cidade condições desembaraçadas para o alcance
do crescimento sustentável.
Em ocasião anterior, tivemos a oportunidade de, atendendo a convite do
Secovi-SP, mostrar na capital paulista, para os executivos da indústria
imobiliária de São Paulo, o que ali foi definido como um modelo de mercado, que
é o de Goiânia. Ou seja: a nossa capital cresce aceleradamente, em meio ao
crescimento econômico de Goiás – hoje o maior do Brasil – e requer uma produção
contínua de imóveis. Para isso, se ombreia uma centena de construtoras e
incorporadoras, que levam ao mercado de alta demanda imóveis de qualidade
inquestionável. É esta uma regra viva no mundo dos negócios: quem tem e oferta,
responde pela qualidade do que está oferecendo. Isso também se chama
concorrência.
Se falamos no nosso modelo de mercado, e o apresentamos com o lastro de
um mecanismo centrado para regular a vida em comunidade, e mais que isso, a
dinâmica estupenda da organização urbanística, que é o nosso Plano Diretor, é
oportuna a defesa dos pontos centrais da atualização pela qual o documento
acaba de passar. De modo igualmente democrático, foi tudo feito com a consulta
à sociedade, discutida durante meses com uma comissão de vereadores, discutida
com o Conselho de Políticas Públicas (Compur), que é composto pela UFG, PUC,
IAB, Crea, Arca, Senge, Amma, SMT, CMTC, entre outros, e ainda nas variadas
audiências públicas realizadas.
O Plano Diretor é uma lei de diretrizes, portanto, um documento de
porte, que a todos cumpre executar e preservar. Por isso, deve ser mantido
distante da discussão meramente política, eis que seu conteúdo é eminentemente
técnico e legal.
Dispomos de um instrumento ajustado para normatizar nossa vida em
comunidade, é ele que define a gestão do solo urbano, o uso e ocupação do solo,
e é graças a ele que vamos continuar crescendo. Temos imóveis à vontade na
planilha das ofertas de mercado, e mais teremos, porque nossa indústria
imobiliária está suficientemente preparada para acompanhar essa vocação de
crescimento da Grande Goiânia. Há consumidores e há produtos. Não houvesse
produtos, teríamos a relação de compra dificultada, pelo impacto da velha
equação que põe de um lado a oferta – o que otimiza o preço – e do outro a
procura.
O mercado na Grande Goiânia continua comprador. Ao contrário de
conclusões apressadas, ou distanciadas da realidade de Goiânia – uma realidade
diferenciada em termos de Brasil –, é hora de comprar, sim. Estamos hoje
inseridos num cenário otimista, pois dispomos de crédito amplo ofertado dentro
de um processo de equilibrada concorrência entre os agentes financeiros – o que
resulta em ganhos para o comprador –, ofertas boas e variadas, segurança
jurídica nos negócios (especialmente no campo da garantia de entrega do
imóvel), projetos modernos e habitações com inovação e plena qualidade. Mais
ainda: mesmo com esses referenciais, Goiânia pratica o preço de metro quadrado
mais barato dentre as cidades do seu porte.
Não há o que temer. O crescimento do mercado imobiliário na Grande
Goiânia seguirá, em mais este ano, acima da média nacional. Nas declarações de
Crestana e Petrucci ao POPULAR, há a previsão de um crescimento médio do
mercado imobiliário brasileiro de 6% este ano. Em Goiânia, com certeza, esse
número será batido.
Ilézio Inácio
Ferreira é presidente da Ademi-GO
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