O mercado imobiliário começa a reagir em Goiânia. É o que mostra uma pesquisa do Grupom divulgada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado de Goiás (Ademi-GO). Segundo o levantamento as vendas líquidas – ou seja, as vendas do período subtraídas das devoluções – aumentaram 70%, quando comparados os dados do primeiro quadrimestre de 2016 com os de 2017. Para o presidente da Ademi GO, Roberto Elias, esses números comprovam que a crise no mercado imobiliário está no fim e, o consumidor, mais seguro para fazer investimentos.
Os dados sobre os primeiros quatro meses de 2017 do mercado imobiliário foram apresentados no dia 30 de junho, na sede da Ademi GO. O aumento de 70% nas vendas média mensal líquida é consequência, de acordo com a pesquisa, do crescimento de vendas brutas aliado à queda dos distratos. O Valor Geral de Vendas (V.G.V) de vendas brutas, por exemplo, teve um acréscimo de 22%, considerando que a média mensal de 2016, em um total R$ 225 milhões, subiu para R$ 275 milhões em 2017. Já o volume de distratos saiu de uma média mensal de R$ 133 milhões em 2016 para R$ 100 milhões em 2017, significando uma queda de 25%.
A análise disponibilizou indicadores de lançamentos, vendas, distratos, vendas sobre a oferta (V.S.O) e estoque de unidades. Além do aumento apontado nas vendas líquidas, na curva de lançamentos que se refere ao período entre janeiro e abril, nota-se uma leve queda em 2017 – são 380 frente aos 402 lançados no mesmo período no ano passado. “Isso demonstra que os empresários goianos estão mais cautelosos, lançando menos. A oferta de imóveis tem diminuído nos últimos meses, o que deixa o mercado mais sustentável”, afirma Roberto Elias.
Há leve aumento no índice de Venda Sobre Oferta (V.S.O) – que é a relação entre as unidades vendidas e as unidades disponíveis –, que, neste quadrimestre, é de 3,44%, 0,2% a mais que em 2016, confirmando a retomada de crescimento do mercado imobiliário. A pesquisa traz, ainda, especificação dos distratos, curva do V.S.O e estoque em unidades (construção civil, residencial e comercial). Nos apartamentos, é mostrada a evolução do preço médio por metro quadrado vendido, com especificação dos tipos (1 a 4 quartos).
“É extremamente relevante perceber que o mercado imobiliário tem vendido mais, e que a oferta de imóveis tem caído. Os números de 2017 apontam para um panorama mais otimista que o do ano passado”, ressaltou Roberto, frisando a importância destes resultados frente às perspectivas econômicas do país.
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