Por Alberto Carlos Almeida
Nada mais difícil para uma coluna que busca se manter equidistante do partidarismo do que falar de corrupção e, em particular, da operação Lava Jato. Afirmar que as ações do juiz Sérgio Moro e dos profissionais por ele mobilizados são louváveis será visto pelos petistas como a defesa do ponto de vista da oposição. Por outro lado, dizer que o combate à corrupção tem limites nas práticas sociais de todos nós, aí incluída a maioria dos que leem este artigo, pode ser considerado o mesmo que defender a corrupção e todos aqueles diretamente envolvidos com ela. Aristotelicamente, porém, a virtude, neste caso, está no meio.
De fato, as instituições, para que ajam, dependem das pessoas. Há a Justiça Federal e o Ministério Público, mas as decisões são tomadas por seus funcionários. É aí que entra Moro. Ele decidiu atuar e se preparou para isso. Como sabemos, as boas intenções não bastam, o ditado diz que o inferno está cheio delas. Não é suficiente querer combater a corrupção investigando e eventualmente punindo os responsáveis. É preciso ter preparo técnico, formar uma equipe, liderá-la, saber relacionar-se com a mídia. Moro fez tudo isso. É óbvio que há erros. O relevante, porém, é que os acertos sejam mais numerosos – e, aparentemente, têm sido. As ações de Moro e daqueles que o apoiam são fundamentais para que a corrupção seja reduzida.
Leia o post completo em: http://grupom.com.br/corrupcao-nao-acaba-por-magica/
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