segunda-feira, 24 de setembro de 2018

5 princípios para construir um mindset digital.


Não há cartilha! Só depende de você. Pense você mesmo como começar. Estabeleça planos, estude teorias de inovação e entenda como elas acontecem.


Inovar é o caminho natural das empresas. Quando falamos em negócios, empresas, processos e tudo o que envolve o dia a dia de uma companhia, acabamos nos voltando a este tema. Como melhorar processos internos? Inovação. Precisa de um novo software para encurtar ou automatizar trabalhos? Inovação. Quer ganhar mais ou reduzir custos? Inovação!
As áreas de conhecimento respiram inovação. Cientistas inovam para obter novas fórmulas, teorias e avanços. Banqueiros inovam para ter margens maiores de lucro. Arquitetos inovam em construções para encontrar materiais mais baratos e mais resistentes. Desenvolvedores e profissionais de TI inovam para fazer sistemas mais rápidos e que tornem a experiência de seus usuários cada vez mais imersiva.
Temos então esta situação. Todo mundo precisa inovar, no entanto, como as empresas novas e tradicionais fazem para que isso seja possível? Como estimular um ambiente inovador? Quais resultados esperar e de quais tipos de inovação?
Quebrar hierarquia

A hierarquia mata a inovação. Encare isso. A pessoa que está se propondo a isso não pode depender do julgamento de outras acima de seu nível hierárquico até que a ideia chegue a quem realmente a entenderá. As inovações incrementais mais bem-sucedidas e mais rápidas são aquelas que pesquisam o hábito do consumidor. É algo rápido, está na boca de todos os usuários que usam sua ferramenta e não pode esperar pela hierarquia.
As pessoas têm medo de levar suas ideias adiante por acharem que serão julgadas. Quando há muitas etapas a serem vencidas, a ideia morrerá sem chegar aos ouvidos de quem realmente importa.
Tenha muitos ouvidos

Vejo muitos clientes, com orgulho, dizer: criamos uma área de inovação - que já foi chamada de R&D (ou P&D – Pesquisa e Desenvolvimento) -, com orçamentos volumosos. Reconheço que a inovação precisa começar de alguma forma, mas restringir os ouvidos somente às vozes vindas do próprio time é perigoso.
Mas, lembre que empresas pequenas e com poucos funcionários não têm um departamento de inovação. No Nubank, por exemplo, há uma área que se chama “Fator Wow!”. Como o nome sugere, a responsabilidade do time é criar experiências que impressionem seus clientes.
Seu cenário é de empresa grande? Pense no Google. Com milhares de funcionários, 20% do tempo de cada funcionário é livre para que possam trabalhar em suas próprias ideias. O modelo de negócios da Google permite este tempo ocioso, pois sua fábrica de dinheiro está automatizada. Legal, vamos olhar agora para a Apple. Ela vende hardware, é uma fábrica e é uma das empresas mais inovadoras do mundo!
Estimule o intraempreendedorismo

O objetivo final é inovar, mas isso só vai acontecer quando as pessoas pensarem fora da caixa e, para isso, precisam se sentir à vontade e entender que têm liberdade para propor ideias e que elas não serão cortadas.
Não deixe o outro se desmotivar

Um projeto é analisado por diversas pessoas antes de ser colocado em prática ou não. Por este motivo, é essencial passar feedbacks ao idealizador, deixando claro o que achou da ideia e destacando os pontos positivos e negativos. Desta forma, a pessoa não ficará desmotivada e buscará se aperfeiçoar em uma nova ideia.
Uma dica: quem for avaliar uma proposta deve buscar com o idealizador o conceito principal, para juntos decidirem se é aplicável ou não à empresa.
Comece

Não há cartilha! Só depende de você. Grandes empresas de consultoria irão propor modelos prontos, que custam milhões de dólares, sobre como “implementar a transformação digital”, por exemplo. Não vai funcionar. Sua cultura não deixará. A inovação é incremental. Não terá prazo e custo definidos. 
Pense você mesmo como começar. Estabeleça planos, estude teorias de inovação e entenda como elas acontecem. Uma vez compreendido, você saberá por onde começar. Sugestão: estude lean, jornadas de design e metodologia ágil de desenvolvimento de software.

Por Guilherme Sesterheim, Business Innovation na ilegra para CIO

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