Qualquer objetivo que não possa ser transformado claramente em um número permite a manipulação para que os interessados o considerem atingido ou não.
Você já se deparou com indicadores e métricas bem intencionadas, mas que geram decisões inúteis ou até mesmo contrárias aos objetivos esperados? Infelizmente, isso acontece o tempo todo.
As métricas devem ser o ponto de partida para qualquer empresa iniciar seus planos e ações estratégicas.
O fato é que é muito mais fácil obter métricas erradas do que certas, e o dano causado a partir das métricas erradas geralmente excede o benefício potencial das métricas certas.
A métrica certa depende do entendimento claro do que a companhia quer realizar. Imagine que você seja um policial rodoviário. Se seu objetivo é pegar quem anda acima da velocidade máxima permitida, sua métrica será o maior número de multas emitidas por agente por hora. Se, por outro lado, seu objetivo for minimizar a quantidade de excesso de velocidade nas estradas, você vai garantir que cada carro da polícia esteja altamente visível, e a métrica passará a ser o menor quantidade de multas emitidas.
Muitas vezes as métricas, e os instrumentos para chegar a elas, são especificados antes da definição do objetivo. E talvez aí esteja o "x" da questão. É preciso primeiro determinar um objetivo; o que se quer alcançar. Só depois, buscar por métricas que possam atestar que os objetivos foram alcançados.
Métricas não importam se não forem associadas a maneiras de saber se a organização está ou não alcançando os objetivos mais importantes. Caso contrário, seus administradores estarão voando sem instrumentos. O desafio é medir direito, porque há coisas piores do que voar sem instrumentos. Entre elas, voar com base em instrumentos que permitem leituras falsas.
Há, ao que parece, três maneiras diferentes de errar.
Você pode:
1 - Medir as coisas certas de forma ruim
2 - Medir as coisas erradas, bem ou mal
3 - Negligenciar a medição de algo importante
O primeiro problema é o mais fácil de evitar. O segundo, o mais difícil de detectar.
Para não errar, é preciso que as métricas utilizadas sejam úteis e estejam de acordo com a realidade do negócio. Por isso, existe um conceito em administração de que estas métricas devem ser SMART (sigla em inglês): Specific (Específicas), Mensurable (Mensuráveis), Attainable (Alcançáveis), Relevant (Relevantes) e Timely (Temporais).
Quanto mais específica for a meta, maior a chance de você acertar. “Vender mais” é uma meta ampla, mas “vender X pares de sapato a mais por funcionário” é um objetivo mais bem definido e mais fácil de assimilar.
Mensurável significa que a meta deve ter um valor que possa ser calculado. Atingível significa que a meta deve ser realizável – não adiantará nada para a sua empresa estabelecer objetivos que não podem ser realisticamente cumpridos. Já uma métrica relevante é aquela que pode trazer benefícios reais para a sua empresa e temporal significa que as metas devem ser cumpridas em um determinado período de tempo.
Aprender a lidar com as métricas e definir quais são as mais relevantes para o negócio é essencial para tornar a empresa mais competitiva e otimizada.
Fonte: CIO
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