sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Afinal, o que é Inteligência Competitiva?


Inteligência Competitiva ou de Mercado é um dos assuntos mais explorados no mundo corporativo, apesar de ainda haver muitas divergências entre autores e especialistas no tema. No Brasil, há uma carência significativa de referencial bibliográfico direcionado ao mercado local ou obras traduzidas para língua portuguesa. Essa deficiência se torna ainda mais notória quando se fala da aplicação de inteligência no cotidiano das micro e pequenas empresas.
A Inteligência Competitiva é uma área específica de uma empresa, normalmente ligada ao departamento de marketing, de gestão estratégica ou da própria presidência. Isso porque se tratar de uma atividade fundamental para entender o futuro do mercado e traçar estratégias que antecipem ações dos concorrentes, preparem a empresa para as ameaças externas e aproveitem as oportunidades do mercado. Porém, o pequeno negócio opera, na maioria das vezes, com equipes enxutas e multidisciplinares que se debruçam sobre uma diversidade enorme de desafios todos os dias – muitos deles urgentes que necessitam da dedicação total dos empresários e de sua equipe.
Inteligência Competitiva nas pequenas empresas
Por meio da Inteligência Competitiva, a empresa coleta, analisa e aplica informações do mercado em tomadas de decisões estratégicas que visam o ganho de vantagens competitivas em relação à concorrência. As micro e pequenas empresas precisam inserir este processo em seu cotidiano, direcionando a inteligência para decisões não apenas futuras mas também presentes, além de ser necessário um senso de urgência e uma sensibilidade para captar tanto sinais externos como internos à própria empresa. A inteligência dos pequenos deve ser diária e natural ao processo de tomada de decisões.
A inteligência dos pequenos negócios deve estar presente inclusive nas pequenas decisões, por meio de um processo simplificado que habitue o empresário a pensar grande nas pequenas ações. O especialista de inteligência é o próprio dono do negócio, que olha para o futuro enquanto decide no presente. O empresário inteligente busca e capta a informação que precisa e qualifica, analisa e encontra soluções ágeis de forma eficaz e eficiente.
Para agregar inteligência às suas decisões, o micro e pequeno empresário precisa ser proativo, investigativo e integrativo, utilizando-se do trabalho em rede e de todas as conexões profissionais construídas pela empresa até o momento. Ele precisa estar sempre antenado ao ler uma notícia, ao participar de um evento, ao realizar um telefonema e, principalmente, ao atender aos seus clientes, sempre procurando obter feedback e perspectivas de futuro nas decisões do presente. Para o pequeno empresário não pode haver agendas ocultas. Ele precisa buscar sempre o claro entendimento de seus desafios e a maneira mais eficiente de encontrar as possíveis respostas.
Coleta de informações-chave
A coleta de informações deve se tornar um hábito do pequeno empresário. Antes de mais nada é preciso ter um Plano de Negócios com missão, visão e objetivos de curto e longo prazo muito bem definidos. A partir daí, deve ter mapeadas todas as informação necessárias para suas tomadas de decisões diárias, periódicas ou eventuais, sempre considerando aonde se quer chegar. Para essas necessidades, levantam-se fontes cujas consultas devem ser inseridas em seu dia-a-dia.
A leitura analítica de jornais e revistas (de atualidades, de economia e publicações especializadas no setor em que a empresa atua), clippings de notícias especializados, sites de concorrentes, de entidades de classe, de associações, de órgãos do governo ou quaisquer outras instituições que produzem dados relevantes para o seu negócio, é uma das soluções simplificadas de inteligência que o empresário pode utilizar sem prejudicar seu dia-a-dia atribulado.
Outro caminho possível e altamente eficaz para coletar informações privilegiadas para o seu negócio é por meio das conversas informais com as pessoas integrantes de sua rede de contatos, como especialistas, fornecedores, colegas de profissão e até mesmo concorrentes. Esta oportunidade de coleta pode inclusive ser planejada para a participação da empresa em feiras, exposições, congressos e outros eventos de networking. O que vai trazer a vantagem competitiva ao empresário é a utilidade que ele vai dar a essa informação após a coleta. É preciso ir além da informação em si.
Inteligência de Mercado na prática
Um exercício simples de reflexão sobre as informações coletadas já pode gerar um conhecimento, que se aplicado em uma estratégia de mercado, já se torna Inteligência Competitiva. Perguntas como “o que realmente está acontecendo?”, “em que circunstâncias essa informação me foi fornecida”, “o que há por trás dela?”, “qual o impacto dessa informação no meu negócio” e “qual o desdobramento futuro possível que essa informação pode gerar?”, são exemplos de reflexões cujas respostas facilitam o empresário a transformar a informação disponível, aparentemente, para todos em Inteligência Competitiva, ou seja, conhecimento de mercado aplicado em estratégias que propiciam vantagem competitiva para sua empresa.
É possível também inserir métodos mais avançados de análise em seu cotidiano de planejamento e tomada de decisões, como fazer as seguintes análises de:
–    Cenários prospectivos;
–    Situação financeira dos principais concorrentes;
–    Perfil dos executivos que comandam os principais atores do mercado;
–    Aplicação adaptada das melhores práticas conhecidas no mercado (benchmarking);
–    A tradicional análise de concorrência ou a análise cruzada de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do negócio da empresa.
Por fim, a questão crucial de inteligência é ter capacidade de tomar decisões críticas a partir de conhecimento imperfeito, mas razoável. Afinal, em toda informação há uma margem de erro e um grau de risco. Cabe ao empresário construir uma disciplina, criar o hábito de consumir informações relevantes e usá-las de forma eficiente, responsável e ética. Como disse Leonard Fuld, um dos mais reconhecidos especialistas no tema, “desenvolver Inteligência Competitiva é semelhante a criar uma pintura pontilhada. Seu objetivo não é criar uma imagem perfeita, mas uma imagem representativa da realidade.”
Fonte: SEBRAE

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Que tipo de empresa deve liderar a disrupção nos próximos anos?


Pesquisa da IBM apresenta a resposta. Tecnologias como inteligência artificial e blockchain serão fundamentais no novo cenário.

Grandes companhias já estabelecidas no mercado, as chamadas Incumbentes, têm maior capacidade de serem disruptivas em seus mercados nos próximos anos. A constatação é de estudo realizado pela divisão de Consultoria de Negócios da IBM
O levantamento, feito pelo IBM Global C-suite Study com executivos 12.854 executivos C-level de 112 países, incluindo o Brasil, aponta que 72% dos entrevistados acreditam que as empresas tradicionais e consolidadas serão líderes em ruptura, inovação e competitividade.
A informação adquirida ao longo de décadas de conhecimento específico de setor se tornou o ativo mais importante e é o principal fator que leva a essa conclusão. Segundo o estudo, tecnologias como cloud, inteligência artificial, blockchain e internet das coisas propiciarão às grandes empresas as ferramentas necessárias para acessar e utilizar com eficácia esses dados.

Mudança digital

O Global C-suite Study também identificou três estágios de Reinvenção Digital nas empresas, classificados como Reinventores, Praticantes e Aspirantes, com base no foco na experiência do cliente, implantação de tecnologias digitais, estratégia competitiva e agilidade na organização.
No topo da lista, os Reinventores (27%) estão à frente na inovação e também são superiores em crescimento de receita e lucratividade nos últimos três anos. Suas estratégias de TI e negócios estão muito alinhadas. No entanto, o principal fator que posiciona este grupo à frente dos outros estágios é a eficácia na utilização de dados para identificar necessidades de clientes indefinidas e não atendidas.
Os Praticantes (37%) ainda não desenvolveram as capacidades correspondentes às suas ambições, mas planejam lançar um novo modelo de negócios nos próximos anos. Já para as organizações Aspirantes (36%), o maior desafio é obter a visão, estratégia e as capacidades de execução adequadas, principalmente em relação a funcionários e parceiros.

Plataformas

Os Reinventores também estão atualmente liderando a adoção de modelos de plataforma de negócios, seguidos de perto pelos Praticantes. Entretanto, o primeiro grupo se destaca em todos os elementos avaliados pelo, incluindo a escolha de uma abordagem colaborativa, a capitalização de dados e o compromisso com a inovação.
O estudo constatou que cerca de 57% das empresas com uma estratégia de disrupção são arquitetos ou proprietários de um modelo de plataforma de negócios. Criando interações diretas entre consumidores e produtores, além de reunir muitos dados ao longo do caminho, essas organizações estão dominando seus segmentos de mercado e entrando em novos com facilidade.
Aproximadamente 28% dos entrevistados afirmaram que estão realocando parte de seu capital para criar plataformas, movimentação que deve se requerer um investimento estimado em US$ 1,2 trilhão nos próximos anos, um aumento de 174% em relação aos cerca de US$ 420 bilhões já investidos. O estudo aponta que os setores realizando os maiores investimentos em plataformas são: produtos industriais (+25%), eletrônicos (+22%) automobilístico (+20%) e varejo (+17%).

Cultura

O estudo constatou ainda que fatores de mercado (69%), incluindo concorrência e mudanças nas preferências dos clientes, retornaram à posição de liderança, seguidos por tecnologia (63%) e people skills (61%), comprovando o aumento do valor dos ativos intangíveis, como o talento e as ideias.
Neste cenário, os Reinventores são mais eficazes que seus pares na construção de culturas em torno do feedback ativo, empoderamento, cocriação e compartilhamento de conhecimento. Aproximadamente 70% desse grupo respondeu que solicita ativamente a participação de funcionários para desenvolver novos projetos, promove a colaboração e o compartilhamento de conhecimento, investe nas habilidades dos colaboradores e apresenta uma rede adequada de parceiros, fornecedores e distribuidores.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

4 formas de melhorar a experiência digital do cliente.

Só a tecnologia não resolve todos os problemas. Haverá momentos em que um robô simplesmente não conseguirá satisfazer as necessidades dos clientes. 


Chegar à tão almejada experiência digital do cliente é um dos principais desafios das organizações atualmente. Só a tecnologia não resolve todos os problemas. Unificar planejamento, objetivos e execução é essencial para entregar não somente o digital, mas o digital com qualidade. Abaixo, estão quatro passos que podem guiar as empresas nessa jornada.
Tenha um estratégia e a coloque em prática
Enquanto muitas organizações afirmam que a Transformação Digital da experiência do cliente é prioritária para seus negócios, um número preocupante de empresas está falhando em agir. Neste ano, as empresas que têm uma estratégia clara e estão colocando ela em prática devem obter um sólido crescimento, enquanto outras que têm intenção de mudanças, mas falham na execução, terão uma perspectiva menos positiva.
Isso significa que é necessário fazer uma revisão radical do negócio? A evolução incremental não é suficiente? As respostas para essas questões dependem de quão madura a estratégia digital da empresa é. Se a organização apenas atende o telefone, enquanto seus competidores têm um contact center social e digital integrado, então ela precisa de uma transformação mais radical. É importante avaliar onde a empresa está, o que fez até agora e onde ela quer chegar.
Também é fundamental olhar para maneiras de reduzir custos, sistemas e pessoas, caso contrário, o ambiente fica mais pesado, complexo e custoso. Não construa capacidades em cima do que já possui, mas seja agressivo em retirar partes de suas capacidades legadas para liberar dinheiro para investir e possibilitar um ambiente digital. 
Domine a experiência omnichannel
Hoje, as empresas suportam uma média de nove canais de contato do cliente para entregar uma experiência multicanal, e esse número deve aumentar para onze nos próximos meses. Portanto, não é surpresa que entregar uma experiência integrada e completa em todos esses canais continuará a ser um grande esforço para a maioria das empresas.
A grande dificuldade é fazer com que todos esses canais interajam um com o outro. E isso é especialmente importante para operadores estabelecidos que não dividiram silos operacionais em linhas de negócios, como em vendas, marketing e distribuição. Essa fragmentação interna apenas aumenta a frustração dos clientes.
Invista em experiências pró-ativas alimentadas pela IoT
A tecnologia da Internet das Coisas (IoT) que permite aos contact centers juntar e analisar dados de milhões de transações já está aqui e deve aumentar as expectativas dos clientes em 2018. Empresas em serviços financeiros, comunicação e mídia e indústrias de manufatura estão liderando essa tendência de ‘experiência do cliente pró-ativa’.
A Bosch, por exemplo, possui sensores em suas máquinas de lavar e secar roupas, que podem dizer se o tambor da máquina está funcionando na velocidade programada. Se houver algum problema, a máquina alerta o centro de serviços, que entra em contato com o cliente para agendar um dia para o conserto ou mesmo para consertar o problema remotamente. Esse é o tipo de experiência que mais empresas devem adotar a partir deste ano, por meio de dados inteligentes em tempo real e comunicação pró-ativa.
Torne as máquinas como parceiras dos agentes
Automação, Inteligência Artificial, Analytics e Machine Learning são as principais tecnologias que receberão investimentos das empresas a partir deste ano. Com isso, haverá uma mudança no papel dos agentes, que terão tarefas mais complexas, cobrança para desempenhos de mais valor, e foco em prover assistência para interações iniciadas em canais digitais de autoatendimento. Nesse contexto, pessoas e máquinas irão combinar seus pontos fortes e compensar pelas limitações de cada uma, finalmente melhorando a experiência do cliente.
Essa abordagem é também importante para assegurar que as empresas mantenham um ‘toque humano’ e migrem da provisão de serviços de massa para a personalização em massa. Haverá momentos em que um robô simplesmente não conseguirá satisfazer as necessidades de um cliente. Dependendo do valor ou da complexidade dos seus requisitos, os clientes poderão querer empatia, segurança e conforto. Assim, as organizações precisam desenvolver um entendimento e sensibilidade de como certos clientes querem ser tratados, de acordo com sua demografia e a natureza da própria interação.

Fonte: Ricardo Fioravanti, Gerente de Desenvolvimento de Negócios em Varejo na Dimension Data para CIO

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Zeeng lança dashboard dos presidenciáveis nas redes sociais.

A menos de um 15 dias das eleições, a Zeeng, primeira plataforma de big data analytics voltada para o setor de comunicação e marketing, disponibiliza gratuitamente um painel online que monitora em tempo real o comportamento dos candidatos mais influentes em seus canais sociais oficiais.
Em um dashboard intuitivo, a startup reuniu todas as informações do Facebook, Twitter, Instagram e Youtube dos principais e mais engajados concorrentes à Presidência: Jair Bolsonaro, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Ciro Gomes e Marina Silva, trazendo uma visão geral de como cada um atua no ambiente online.
“Queremos oferecer para o mercado uma ferramenta completa de análise do comportamento dos candidatos nas redes sociais para auxiliar na escolha dos eleitores, além de possibilitar um melhor entendimento das estratégias utilizadas por eles nessas eleições”, comenta Eduardo Prange, CEO da Zeeng.
Fonte: ProXXima

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

5 princípios para construir um mindset digital.


Não há cartilha! Só depende de você. Pense você mesmo como começar. Estabeleça planos, estude teorias de inovação e entenda como elas acontecem.


Inovar é o caminho natural das empresas. Quando falamos em negócios, empresas, processos e tudo o que envolve o dia a dia de uma companhia, acabamos nos voltando a este tema. Como melhorar processos internos? Inovação. Precisa de um novo software para encurtar ou automatizar trabalhos? Inovação. Quer ganhar mais ou reduzir custos? Inovação!
As áreas de conhecimento respiram inovação. Cientistas inovam para obter novas fórmulas, teorias e avanços. Banqueiros inovam para ter margens maiores de lucro. Arquitetos inovam em construções para encontrar materiais mais baratos e mais resistentes. Desenvolvedores e profissionais de TI inovam para fazer sistemas mais rápidos e que tornem a experiência de seus usuários cada vez mais imersiva.
Temos então esta situação. Todo mundo precisa inovar, no entanto, como as empresas novas e tradicionais fazem para que isso seja possível? Como estimular um ambiente inovador? Quais resultados esperar e de quais tipos de inovação?
Quebrar hierarquia

A hierarquia mata a inovação. Encare isso. A pessoa que está se propondo a isso não pode depender do julgamento de outras acima de seu nível hierárquico até que a ideia chegue a quem realmente a entenderá. As inovações incrementais mais bem-sucedidas e mais rápidas são aquelas que pesquisam o hábito do consumidor. É algo rápido, está na boca de todos os usuários que usam sua ferramenta e não pode esperar pela hierarquia.
As pessoas têm medo de levar suas ideias adiante por acharem que serão julgadas. Quando há muitas etapas a serem vencidas, a ideia morrerá sem chegar aos ouvidos de quem realmente importa.
Tenha muitos ouvidos

Vejo muitos clientes, com orgulho, dizer: criamos uma área de inovação - que já foi chamada de R&D (ou P&D – Pesquisa e Desenvolvimento) -, com orçamentos volumosos. Reconheço que a inovação precisa começar de alguma forma, mas restringir os ouvidos somente às vozes vindas do próprio time é perigoso.
Mas, lembre que empresas pequenas e com poucos funcionários não têm um departamento de inovação. No Nubank, por exemplo, há uma área que se chama “Fator Wow!”. Como o nome sugere, a responsabilidade do time é criar experiências que impressionem seus clientes.
Seu cenário é de empresa grande? Pense no Google. Com milhares de funcionários, 20% do tempo de cada funcionário é livre para que possam trabalhar em suas próprias ideias. O modelo de negócios da Google permite este tempo ocioso, pois sua fábrica de dinheiro está automatizada. Legal, vamos olhar agora para a Apple. Ela vende hardware, é uma fábrica e é uma das empresas mais inovadoras do mundo!
Estimule o intraempreendedorismo

O objetivo final é inovar, mas isso só vai acontecer quando as pessoas pensarem fora da caixa e, para isso, precisam se sentir à vontade e entender que têm liberdade para propor ideias e que elas não serão cortadas.
Não deixe o outro se desmotivar

Um projeto é analisado por diversas pessoas antes de ser colocado em prática ou não. Por este motivo, é essencial passar feedbacks ao idealizador, deixando claro o que achou da ideia e destacando os pontos positivos e negativos. Desta forma, a pessoa não ficará desmotivada e buscará se aperfeiçoar em uma nova ideia.
Uma dica: quem for avaliar uma proposta deve buscar com o idealizador o conceito principal, para juntos decidirem se é aplicável ou não à empresa.
Comece

Não há cartilha! Só depende de você. Grandes empresas de consultoria irão propor modelos prontos, que custam milhões de dólares, sobre como “implementar a transformação digital”, por exemplo. Não vai funcionar. Sua cultura não deixará. A inovação é incremental. Não terá prazo e custo definidos. 
Pense você mesmo como começar. Estabeleça planos, estude teorias de inovação e entenda como elas acontecem. Uma vez compreendido, você saberá por onde começar. Sugestão: estude lean, jornadas de design e metodologia ágil de desenvolvimento de software.

Por Guilherme Sesterheim, Business Innovation na ilegra para CIO

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Conectividade privada crescerá 10 vezes mais do que a internet.


Estudo da Equinix revela que velocidade de interconexão deverá chegar a algo equivalente a 33 zettabytes em 2021.

Empresas de todos os setores vêm apresentando uma aceleração significativa por conta da transformação digital. Como parte dessa transição, as pessoas, softwares e máquinas criam e consomem dados, cada vez mais rapidamente e nos mais variados locais, acarretando em um desequilíbrio que leva empresas a recorrerem à Interconexão privada e direta para resolver seus desafios de integração.
De acordo com o Global Interconnection Index Volume 2 (GXI Vol. 2), estudo de mercado publicado anualmente pela Equinix, a Interconexão, ou troca de tráfego direto e privado entre os principais parceiros de negócios, está se tornando ferramenta ideal para as empresas operarem no mundo digital atual. O estudo de mercado analisa, com abrangência global, a troca de tráfego.
Segundo as projeções, em 2021, a Velocidade de Interconexão provisionada para esta finalidade deve chegar a mais de 8,2 mil terabits por segundo (Tbps) em capacidade, ou o equivalente a 33 zettabytes (ZB) de troca de dados por ano, aumento radical em relação à projeção do ano anterior e dez vezes a capacidade projetada de tráfego de internet1. Isso representa uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) significativa no período de cinco anos, alcançando 48%, quase o dobro da CAGR esperada de 26% do tráfego IP global.
Diversas tendências macroeconômicas, tecnológicas e regulatórias  impulsionaram o crescimento da Interconexão no ano passado e exercerão impacto sobre seu crescimento futuro. Saiba quais.

Transformação digital

Pelo menos 50% do PIB global passará a ser digital até 2021, com o crescimento em todos os setores impulsionados por ofertas, operações e relacionamentos, com respaldo digital.

Segurança digital

Risco à segurança cibernética, que expande o consumo de Interconexão à medida que as empresas passam utilizar a troca de tráfego de dados privados para evitar a internet pública e reduzir as ameaças digitais, conforme os dados são distribuídos em um número crescente de pontos de vulnerabilidade.
As violações de segurança cibernética em larga escala representam um dos riscos mais sérios atualmente enfrentados em todo o mundo, e a intensidade das ameaças está se expandindo drasticamente. Até 2021, o custo global das violações de segurança cibernética deve chegar a US$ 6 trilhões3.

Ecossistema de negócios

Os ecossistemas de negócios, que estão vivendo um aumento no leque de clientes, parceiros e funcionários, exigem a expansão digital e de Interconexão. Até 2021, as organizações que usam uma variedade de intermediários devem crescer mais que o dobro e o envolvimento ativo com segmentos que não fazem parte dos setores originais da organização deve triplicar.
Fonte: ITF365

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

ONU discute impacto da revolução digital na indústria brasileira.


Em São Paulo, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) defendeu o papel do Estado na facilitação e coordenação de políticas industriais voltadas para a chamada quarta Revolução Industrial, alavancada por inovações das tecnologias digitais de informação e comunicação.

A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) promoveu em São Paulo, dia 11/09, uma cúpula global sobre as recentes transformações tecnológicas no setor produtivo. Evento debateu as oportunidades e desafios que a chamada quarta Revolução Industrial trará para o Brasil.
“Não devemos acreditar que a quarta Revolução Industrial afetará apenas algumas poucas empresas. Estamos certos de que será um movimento universal e de que todas as empresas, independentemente de seu tamanho ou setor, precisarão se adaptar para permanecer competitivas”, afirmou durante o encontro de especialistas o diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil, Carlos Eduardo Abijaodi.
A instituição sediou o evento em São Paulo, ligado à cúpula da agência da ONU conhecida pelo nome em inglês Global Manufacturing and Industrialization Summit (GMIS). A iniciativa na capital estadual foi uma das etapas do projeto itinerante GMIS Connect, que promoverá debates sobre a revolução tecnológica na indústria em diferentes partes do mundo.
“Estamos num ponto de inflexão. Perder as oportunidades criadas pela Indústria 4.0 será imperdoável”, completou Abijaodi.
Para o representante da UNIDO no Brasil, Alessandro Amadio, “não se trata de discutir se as políticas industriais devem existir ou não, mas de pensar em novas abordagens para o desenvolvimento produtivo que, ao mesmo tempo, minimizem os riscos associados a políticas seletivas e garantam o papel do Estado na facilitação e coordenação”.
A GMIS é uma iniciativa dos Emirados Árabes Unidos com a agência da ONU. O projeto reúne fabricantes, governos, ONGs, empreendedores, investidores e consultores em tecnologia para direcionar as inovações da quarta Revolução Industrial rumo à indústria do futuro.
Também presente no encontro em São Paulo, o embaixador da Argentina no Brasil, Carlos Magariños, afirmou que “tecnologias disruptivas e novos modelos de negócios estão mudando os padrões de comércio e produção em todo o mundo”.
“Desenvolvimentos com o big data, a digitalização e a inteligência artificial tornam possível todo um novo conjunto de aplicações nas ciências da vida e educação. Portanto, temos de entender que estamos entrando em uma nova era para a humanidade”, completou o representante do Estado argentino.
O diretor-geral do Comitê Organizador da GMIS, Namir Hourani, disse que “a oportunidade que a quarta Revolução Industrial apresenta para indústrias e economias em todo o mundo é imensa”.
“Porém, para garantir que capturemos esse potencial, deve haver colaboração entre todas as principais partes interessadas na elaboração de um caminho estratégico para sua implementação”, avaliou o especialista.
“Como uma plataforma para a discussão e o debate que definirá o curso para um futuro próspero, estamos muito satisfeitos de poder visitar o Brasil, a fim de ver essas inovações na prática”, concluiu Hourani.
O GMIS Connect do Brasil contou com três painéis de especialistas da indústria, que abordaram como a revolução digital e a inovação tecnológica estão transformando o mundo — economicamente, ambientalmente e em prol da inclusão social. O encontro também debateu como os setores privado o público podem se preparar para essas mudanças, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, os ODS.
Fonte: ONU BR

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Estudo da E-Consulting diz que digital é o “novo básico” do varejo brasileiro.

A consultoria nacional E-Consulting Corp. analisou as maiores empresas com negócios no varejo para saber quais estão mais avançadas e consolidadas no que tangem aos conceitos e práticas de Transformação Digital em seus modelos de negócio.
O objetivo do estudo foi medir como o varejo usa os elementos da Transformação Digital de forma inteligente, tanto de dentro para fora, como de fora para dentro. As empresas que oferecem a tecnologia de maneira mais funcional, indo além do quesito inovação, foram as que tiveram mais destaque na análise. “Não é só adquirir novas tecnologias. É saber adotar”, diz Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting e responsável pelo estudo “Régua da Transformação Digital no Varejo”.
O levantamento confirma o atual movimento do varejo brasileiro de, cada vez mais, incluir o digital no modelo de negócio, sendo considerado o “novo básico” para atender os consumidores. De acordo com o Domeneghetti, ter e-commerce ou aplicativo desintegrado não será vanguardismo nos próximos anos.
“O digital é o novo básico para o varejo. Por isso, a inovação estará ligada em saber trazer os benefícios da transformação digital no dia a dia e no relacionamento com cliente. E essa virada vai acontecer por meio de novas competências, como prototipação, design, experiência de compra, jornada, experimentação, analytics, Big Data, cloud, as a service, conexão, simultaneidade, algoritmos, colaboração e integração”, pontua o executivo.
Segundo o levantamento, a Netshoes foi considerada a organização que mais tem evidências e elementos ligados à Transformação Digital. Com DNA 100% digital, o e-commerce de calçados e artigos esportivos conquistou nota 4,0 – o máximo era nota 5,0 – por fortalecer sua atuação em marketplaces B2B, usar Blockchain em seu modelo de gestão, desenhar ofertas e serviços nativos digitais sempre com foco na melhor jornada de compra do consumidor e inserir inovação colaborativa.
A lista também reúne gigantes como: B2W (3,75), Home Refil (3,67), Supermercado Now (3,60) e Grupo Pão de Açúcar – GPA (3,40).
Metodologia
A E-consulting se debruçou em instrumentos como cliente oculto, enquetes on-line, inteligência competitiva, análise de mídias sociais, premiações, posições em rankings do setor. Entrevistas com executivos do varejo e com clientes, além de parceiros tecnológicos também serviram de base para concretizar os resultados do estudo “Régua da Transformação Digital no Varejo”
As notas do ranking, pontuadas de 0 a 5, foram construídas com base em diversos critérios que materializam o processo de competitividade a partir da transformação digital tanto internamente, envolvendo a apuração de sistemas de gestão, investimentos em TI, metodologias avançadas, organização produtiva e plataformas, bem como externamente. Ou seja, a partir da avaliação de seus diferentes stakeholders, tais como consumidores, clientes, funcionários e especialistas em consumo no varejo.
Veja o ranking abaixo.
As cinco varejistas mais digitais
Nota
Netshoes4,0
B2W3,75
Home Refil3,67
Supermercado Now3,60
GPA3,40

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Legislação brasileira para pesquisa eleitoral é eficaz, avaliam especialistas.

Em tempos de descrença generalizada, de disseminação de fake news e de teorias conspiratórias, as pesquisas de intenção de voto também ingressaram nas redes do ceticismo. Apesar do frequente debate sobre o grau de precisão dos institutos e o nível de influência que os levantamentos produzem no eleitor, juristas especializados em direito eleitoral avaliam que a regulamentação das pesquisas de intenção de voto no Brasil é eficaz. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) editou a resolução 23.549 especialmente para regrar os levantamentos.
— Entendo que o modelo atual é satisfatório. Há previsão de penalização de eventual divulgação de pesquisa fraudulenta, o que pode ser estendido a qualquer cidadão. A simples divulgação de informações não condizentes com o previsto pela lei, como, por exemplo, informar o resultado de uma pesquisa sem detalhar a metodologia em rede social, poderá ensejar o pagamento de multa e ainda constituir crime — detalha Roger Fischer, especialista em direito eleitoral. 
Com 25 anos de atuação na área, o advogado constitucionalista Antônio Augusto Mayer dos Santos, apesar de avaliar a normatização como positiva, faz crítica ao fato de a legislação nacional permitir a divulgação de pesquisas na véspera do pleito e até mesmo no dia da votação, desde que respeitados horários indicados pela lei. 
— Entendo ser razoável que a publicidade das pesquisas nos meios de comunicação seja banida pelo menos dez dias antes da eleição. Ficaria apenas a opção de elas serem realizadas para consumo interno dos partidos, mas sem a divulgação. Temos o dispositivo constitucional do direito à informação, mas o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) admite que é possível estabelecer algumas restrições. O eleitor fica condicionado, isso leva ao chamado voto útil, que é uma interferência. O voto consciente é prejudicado pela perspectiva de escolher um candidato que vai perder — analisa Santos. 
Diretora executiva do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari avalia as sondagens como "uma fonte de informação que o eleitor tem".  
— As pessoas vão levar em conta as notícias sobre os candidatos, vão assistir aos debates, o horário eleitoral e as inserções comerciais. Muitos fazem pesquisas sobre os concorrentes, conversam com outras pessoas, participam de grupos de discussão. Todas essas informações são levadas em conta. A pesquisa não tem o poder de fazer alguém olhar o resultado e mudar seu voto por causa disso. Se fosse assim, não estaríamos acostumados a ver viradas durante as campanhas, muitas delas de última hora — diz Márcia. 
Ela destaca que o eleitor tem decidido o voto cada vez mais tarde "para ter certeza de que nada vai acontecer com aquele candidato, se ele vai se sair bem nos debates, se não vai ser atingido por um escândalo".

Os três tipos de coletas

Domicílio: é o caso em que os entrevistadores vão até as casas das pessoas para aplicar o questionário. Para se obter amostragem representativa, neste modelo, é preciso visitar periferias e bairros de classe média e nobres. Este modelo é chamado face a face, quando entrevistador e entrevistado conversam pessoalmente.
Ponto de fluxo: nesta hipótese, o entrevistador circula em regiões de movimentação das cidades, abordando as pessoas nas ruas e parques, por exemplo. Este modelo é chamado face a face, quando entrevistador e entrevistado conversam pessoalmente.
Telefone: está em maior uso a pesquisa robotizada por telefone, quando um software dispara ligações para toda uma região ou país, transmitindo as perguntas do questionário via áudio gravado. O entrevistado responde pressionando os números do teclado. Também existe a possibilidade de um entrevistador humano telefonar para domicílios em busca de pessoas que se encaixem em perfis de entrevistados desejados. 

Fonte: Gauchazh

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Métricas dependem do objetivo e não o contrário.

Qualquer objetivo que não possa ser transformado claramente em um número permite a manipulação para que os interessados o considerem atingido ou não.


Você já se deparou com indicadores e métricas bem intencionadas, mas que geram decisões inúteis ou até mesmo contrárias aos objetivos esperados? Infelizmente, isso acontece o tempo todo.
As métricas devem ser o ponto de partida para qualquer empresa iniciar seus planos e ações estratégicas.
O fato é que é muito mais fácil obter métricas erradas do que certas, e o dano causado a partir das métricas erradas geralmente excede o benefício potencial das métricas certas.
A métrica certa depende do entendimento claro do que a companhia quer realizar. Imagine que você seja um policial rodoviário. Se seu objetivo é pegar quem anda acima da velocidade máxima permitida, sua métrica será o maior número de multas emitidas por agente por hora. Se, por outro lado, seu objetivo for minimizar a quantidade de excesso de velocidade nas estradas, você vai garantir que cada carro da polícia esteja altamente visível, e a métrica passará a ser o menor quantidade de multas emitidas.
Muitas vezes as métricas, e os instrumentos para chegar a elas, são especificados antes da definição do objetivo. E talvez aí esteja o "x" da questão.  É preciso primeiro determinar um objetivo; o que se quer alcançar. Só depois, buscar por métricas que possam atestar que os objetivos foram alcançados.
Métricas não importam se não forem associadas a maneiras de saber se a organização está ou não alcançando os objetivos mais importantes. Caso contrário, seus administradores estarão voando sem instrumentos. O desafio é medir direito, porque há coisas piores do que voar sem instrumentos. Entre elas, voar com base em instrumentos que permitem leituras falsas.
Há, ao que parece,  três maneiras diferentes de errar.
Você pode:
1 - Medir as coisas certas de forma ruim
2 - Medir as coisas erradas, bem ou mal
3 - Negligenciar a medição de algo importante
O primeiro problema é o mais fácil de evitar.  O segundo, o mais difícil de detectar.
Para não errar, é preciso que as métricas utilizadas sejam úteis e estejam de acordo com a realidade do negócio. Por isso, existe um conceito em administração de que estas métricas devem ser SMART (sigla em inglês): Specific (Específicas), Mensurable (Mensuráveis), Attainable (Alcançáveis), Relevant (Relevantes) e Timely (Temporais).
Quanto mais específica for a meta, maior a chance de você acertar. “Vender mais” é uma meta ampla, mas “vender X pares de sapato a mais por funcionário” é um objetivo mais bem definido e mais fácil de assimilar.
Mensurável significa que a meta deve ter um valor que possa ser calculado. Atingível significa que a meta deve ser realizável – não adiantará nada para a sua empresa estabelecer objetivos que não podem ser realisticamente cumpridos. Já uma métrica relevante é aquela que pode trazer benefícios reais para a sua empresa e temporal significa que as metas devem ser cumpridas em um determinado período de tempo.
Aprender a lidar com as métricas e definir quais são as mais relevantes para o negócio é essencial para tornar a empresa mais competitiva e otimizada.

Fonte: CIO

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Avaí FC inova no futebol brasileiro e anuncia que terá moeda digital própria.


Em coletiva no estádio da Ressacada, o Avaí FC, time de Santa Catarina , anunciou uma parceria com a SportyCo e a Blackbridge Sports e será a primeira instituição esportiva no futebol a capitar recursos financeiros em todo o mundo através do chamado ICO (Initial Coin Offerings). Ou seja, o clube terá sua moeda digital própria.

O ‘Token de Utilidade’ chamará Avaí FC Token e foi projetado especificamente para o clube. Porém, os torcedores do tubarão e fãs ao redor do mundo poderão fazer parte da visão do aplicativo. Dessa forma, o Avaí quer se estabelecer como o clube mais interativo do segmento.

Como funciona essa tecnologia? Nos ICO’s as empresas fazem a oferta pública de suas próprias e recém-criadas criptomoedas em troca de valor financeiro cotado e pagos utilizando Bitcoin ou, como no caso do Avaí, em Ether/Ethereum. Dessa forma, a empresa consegue levantar fundos ao redor do mundo para viabilizar a execução de diversos projetos.

No caso do Avaí FC Token, o torcedor poderá emitir tokens de utilidade, que funcionam da mesma maneiras que cupons de desconto ou vouchers de valor estipulado, e negociar livremente com outros interessados. As criptomoedas podem se valorizar com o tempo.

“Estamos ansiosos para trabalhar com o Avaí FC e ver como eles pretendem lançar a sua nova moeda digital com a plataforma da SportyCo que sempre esteve liderando a inovação no mundo do financiamento para os esportes e esportistas. Com esta oferta estamos abrindo um novo capítulo no futebol e indústria do esporte em geral”, disse o CO-Fundador da SportyCo, Marko Filej.

Segundo o presidente do Avaí, Francisco José Battistotti, criar uma moeda digital própria do clube faz parte de um plano de consolidação do Avaí no Campeonato Brasileiro da Série A e um projeto de chegar à Copa Libertadores.

“Nós estamos almejando ativamente alcançar uma base de fãs de futebol global. Estamos muito felizes em fazê-lo em parceria com a SportyCo, abrindo caminho para outros clubes em todo o mundo visando proporcionar o financiamento para as atividades esportivas nesta nova maneira”, comentou.

O início para a venda oficial das moedas digitais do Avaí está marcado para o dia 03 de setembro, as 12hrs e irá até o dia 03 de novembro de 2018, também as 12hrs. Será um período de um mês para que os torcedores consigam adquirir seu Avaí Token.

Fonte: Esporte - iG

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

A revolução ágil criando e transformando organizações.

É reconhecida necessidade de acelerar a velocidade de entregas de trabalhos com alta qualidade e a ênfase na satisfação do cliente. Isso exigirá ajuste na cultura organizacional, habilidades das equipes e ferramentas para permitir a gestão e medição de todo o fluxo.


A última semana de trabalho foi marcada pelo 4o Latam Retail Show, mais completo evento da América Latina voltado ao mercado varejista e que reuniu importantes líderes. Juntos, eles discutiram como superar as barreiras do presente e do futuro do varejo e consumo. No painel que moderei o tema central foi RENOVAÇÃO (E NÃO INOVAÇÃO) para aumentar a eficiência operacional e fazer “mais com menos”.


O resultado após dezenas de palestras, casos de sucesso, troca de experiências e networking foi muito positivo.


Mas o que quero trazer neste artigo é a continuidade do tema eficiência operacional, com destaque aos novos modelos de gestão e estruturas organizacionais modernas e prontas para agir rapidamente e atingir os objetivos dos negócios.


O fato é que vivemos um momento de transformação nas empresas, de transformação ágil e principalmente de convergência. Ao invés de uma organização concebida como máquina, uma organização ágil, como um organismo vivo. Sem espaço para o modelo tradicional fundamentado na hierarquia top down, controles e burocracia. Estamos falando de organizações onde lideranças, nos modelos mais modernos, possuem foco na estrutura ideal de trabalho e em criar valor para os consumidores. E esses times são constituídos para terem uma visão e atuação de ponta a ponta dos processos.


Essa transformação segue alguns princípios da metodologia “Agile”. Essa metodologia surgiu nos projetos de desenvolvimento de softwares. O objetivo principal é trazer os benefícios ágeis em gestão de projetos para a administração da empresa e assim responder rapidamente as mudanças que são exigidas pelo mercado e pelos consumidores.


Existe até um manifesto com valores fundamentais dessa metodologia, onde:

  1. Os indivíduos e relações devem ser priorizados em relação aos procedimentos e ferramentas;
  2. O funcionamento é mais importante que documentação ou regras abrangentes;
  3. A colaboração e relacionamento com os clientes são mais importantes que contratos;
  4. A capacidade de resposta às mudanças está acima de um plano pré-estabelecido.


Para nós esses valores fundamentais impactam basicamente em modelo de gestão, processos e indicadores de desempenho, que de longe são os conhecidos e habituais. Podemos traduzir as características da transformação ágil em:


  • Estratégias como ponto de partida para atender de maneira surpreendente o consumidor e suas necessidades criando valor, ou seja, focadas nas necessidades do cliente e não em áreas ou departamentos;
  • Modelo de gestão processual, ou seja, orientado a processos e não departamentalizado. Com processos eficientes, ágeis e simples de ponta a ponta (P2P);
  • Grupos multifuncionais de tarefas e com hierarquia mínima. Os chamados squads(pelotões), que são células autônomas;
  • Empoderamento das pessoas permitindo agilidade na tomada de decisão e resolução de problemas;
  • Estratégias de engajamento de pessoas e não de controle;
  • Valores compartilhados;
  • Indicadores alinhados a estratégia da organização controlando o que realmente importa.


Em dezembro de 2017, foi desenvolvida uma pesquisa ao redor do mundo (12th annual State of Agile survey) com mais de 1400 empresas que adotaram a metodologia. O objetivo era identificar o “estado Agile” que a empresa se encontra. A conclusão é que as organizações estão percebendo os benefícios que elas se propuseram ao adotar a metodologia. Os entrevistados da pesquisa também relatam as razões para adoção e os benefícios da adoção. Vejamos quadro abaixo:


RAZÕES PARA ADOÇÃO:
75% ACELERAR A ENTREGA DE TRABALHOS
64% GERENCIAR MUDANÇAS E PRIORIDADES
55% AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DA EQUIPE
49% MELHORAR ALINHAMENTO ENTRE ÁREAS
46% INCREMENTAR A QUALIDADE DA ENTREGA
BENEFÍCIOS DA ADOÇÃO:71% GERENCIAMENTO DAS PRIORIDADES
66% VISIBILIDADE DA EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
65% ALINHAMENTO ENTRE ÁREAS
62% VELOCIDADE DE ENTREGA
61% PRODUTIVIDADE DA EQUIPE

É reconhecida necessidade de acelerar a velocidade de entregas de trabalhos com alta qualidade e a ênfase na satisfação do cliente. Isso exigirá ajuste na cultura organizacional, habilidades das equipes e ferramentas para permitir a gestão e medição de todo o fluxo.

Neste sentido, os KPIs (indicadores de performance) e respectivas metas merecem um pouco mais de detalhes, pois são essenciais para controlar essa revolução na gestão, bem como conecta-la com a estratégia da empresa. A tradicional metodologia para definir KPIs chamada SMART SpecificMeasurableAttainableRelevant e Time-bound – na tradução para o português: específico, mensurável, atingível, relevante e com prazo definido para realização.

Existem mudanças também nos tradicionais painéis de controle. Onde a gestão à vista é mandatória e o mais importante, em tempo real.

Especificamente no varejo e impulsionado pela omnicanalidade, os tradicionais indicadores estão sendo substituídos por novos. Que passam pelo nível de satisfação dos clientes até experiências em loja por metro quadrado. Ou seja, a transformação já é uma realidade.

E a pergunta que não quer calar: Sua empresa está pronta para se tornar “Agile” ou vai esperar a concorrência sair na frente?

Fonte: Alexandre Machado, sócio-diretor da GS&Consult para ProXXima