segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Judiciário - Pesquisa mostra sinais inéditos de rejeição da população ao punitivismo.

Pesquisa sobre prestígio e desprestígio dos mais vistosos personagens do universo judiciário, divulgada neste domingo pelo jornal O Estado de S.Paulo, espelha o grau de confusão da plateia diante do encadeamento de fatos recentes ligados à vida judicial.
Surpreendente e espantoso, o grau de rejeição de personagens identificadas com o punitivismo, como Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, Rodrigo Janot e Luiz Edson Fachin é a novidade — muito embora, no caso de Moro, o índice de aprovação seja maior, de 55%, contra 37% de rejeição.
Fora da lista dos entusiastas da prisão, o ministro Gilmar Mendes encabeça a lista dos impopulares. Ele aparece com índice de 63%. Já a cifra de pessoas que não o conheciam o suficiente para opinar caiu, de 53% em julho para 30% em agosto.
Que o ministro está na pole position da impopularidade do mundo judiciário já se sabia. Mas não que as maiores estrelas desse cenário, os protagonistas da "lava jato", chamados de "justiceiros" pelos criminalistas, carregam também pesados índices de rejeição. É o que mostra pesquisa feita pela consultoria Ipsos, divulgada neste domingo (27/8) pelo Estadão.
Por exemplo, a ministra Cármen Lúcia, em janeiro deste ano era desconhecida para 51% dos entrevistados, e era rejeitada por 27% deles. Em agosto, a cifra de quem não a conhece caiu para 31% e a rejeição subiu para 47%.
O procurador da República Deltan Dallagnol, chefe do grupo que toca a "lava jato", também sofreu com a fama. Em maio, 63% dos procurados pela Ipsos nunca tinham ouvido falar dele, e seu índice de rejeição era de 23%. Em agosto, as cifras mudaram para 41% e 45%, respectivamente.
Fonte: Portal Consultor Jurídico

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