Pesquisa prevê aumento
de R$ 48 milhões em gastos dos consumidores goianos para o Natal em relação ao
mesmo período de 2012
Wilson Isaías Da editoria de Economia
Pesquisa do
Instituto Grupom Consultoria e Pesquisas encomendada pela Associação Comercial Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), apresenta uma estimativa de vendas
para esse natal de RS 251 milhões. O responsável técnico pelo levantamento, Mario
Rodrigues Filho, diz que as pessoas deixaram para ir às compras de última hora
e de hoje até terça-feira, vésperas do Natal, mais de 300 mil consumidores
devem tomar conta das ruas da Capital, principalmente as do Centro e de
Campinas. Segundo Mario, quando comparado com o ano passado, cuja estimativa
era de RS 203 milhões, as vendas de natal este ano devem apresentar um
crescimento de 20% em termos superior, ou seja, Papai Noel injetará no comércio
mais RS 48 milhões.
O
pesquisador explica que a estimativa total final é feita a partir da
multiplicação do valor que cada família declara pretender gastar no Natal. Revela ainda que o Grupom faz esta pesquisa há
11 anos e que em fevereiro ou março vai a campo para novo levantamento ''desta vez para verificar se o
perfil sinalizado pelo estudo foi confirmado na hora da compra". Ele
Informa que, geralmente, o valor faturado é ligeiramente superior ao estimado. Explica
que a margem de erro da pesquisa é de 5% para mais ou para menos, e que
"comumente a variação se dá para cima".
Dos entrevistados, 63% informaram que farão as compras em lojas de Campinas, no Centro, camelódromos, feiras, super e hipermercados e lojas de bairros. |
A justificativa
para a estimativa de que a multidão tomará conta das ruas da Capital nos próximos
dias advém de duas constatações. A primeira delas é porque no dia em que foi
feito a pesquisa – 9 de dezembro - apenas
14,1% dos entrevistados já haviam feito suas compras natalinas e os demais
disseram que deixariam para comprar posteriormente. Disseram ainda que, apesar
de 23% dos entrevistados terem declarado que fariam suas aquisições natalinas em
shoppings outros 63% informaram que comprariam em lojas de Campinas, no Centro,
camelódromos, feiras, super e hipermercados
e lojas de bairros.
Apenas 15,8%
disseram não saber onde comprariam. Em comparação com 2011, a média de
consumidores que comprarão em shoppings continua dentro da mesma margem: 21,1%,
em 2011 e 23,3% em 2013. Já o percentual daqueles que informaram a intenção de
adquirir os produtos natalinos em lojas de bairros quase que dobrou, em 2011
foram 4.4%. Já em 2013 esse percentual saltou para 8,4% dos entrevistados. Na
variação percentual em 2012 x 2013, apenas dois itens experimentaram que da os
da linha branca (- 85) e informática (-4.5%)
ELETROELETRÔNICOS
Conforme já
vinha sendo apontado pelas últimas pesquisas, o desejo dos goianienses por
eletroeletrônicos (celular, tablet, TV
LED/3D e outros), só aumenta: em 2011 a pretensão de compra era de 18,1. Em
2012, 19.3%, em 2013 essa Intenção saltou para 25,3%. Na comparação com o ano
anterior o percentual significa uma variação de 31.1%. Contudo, conforme
ocorreu nos últimos anos, a maioria pretende comprar roupas (56,2%) e sapatos (51,8%).
Neste natal 61,5% dos homens pretendem comprar roupas e 53,2% calçados. lá
entre as mulheres 53,5% querem roupa nova e 51,8% calçados.
Mario Rodrigues aponta para outros
valores importantes. No ano passado 26,7% dos entrevistados disseram que
usariam o rendimento de final de ano para quitar dividas e este ano esse índice
caiu para 20,9%. Ele diz que essa queda de 5,8% demonstra que caiu o nível de endividamento
do goianienses e aumentou seu poder de
compra", comemora. Outro sinal positivo apontado por ele é o
aumento em 2,2% daqueles que pretendem
aplicar seus rendimentos em poupança.
VALOR DAS COMPRAS
O dinheiro
gasto com presentes de natal também seguiu em escala crescente. Em 2008 cada
entrevistado declarou que gastaria RS 307,99, em 2010 esse valor subiu para R$
444,17, em 2011 foi para RS 496,15, em 2012 teve uma pequena elevação e chegou
a RS 507,81, já em 2013 saltou para RS 655,90. O responsável técnico do Grupom,
credita que esse “boom" demonstra melhoria da economia, "o consumidor
passou a gastar mais nos últimos 10 anos devido ao aumento da empregabilidade e
renda", justifica. Ele lembra que houve um aumento da renda familiar.
Destaca que as famílias antes contavam com apenas um provedor, o pai. Lembra
que atualmente também estão no mercado de trabalho esposas e filhos e isso naturalmente,
eleva o poder de compra das famílias Ele também desmistifica a crença de que a
maioria vai às compras na véspera do natal porque o brasileiro deixa para fazer
tudo de última hora. "Não podemos esquecer que a maioria dos trabalhadores
recebe o 13° salário no dia 20 de dezembro", esclarece.
CONSUMIDORES
Consumidores ouvidos pela equipe de
reportagem do Diário da Manhã, deixa entrever que gastos e lucros podem ser
maiores do que aqueles estimados pela pesquisa Grupom/Acieg. Os entrevistados
pelo levantamento que disseram pretender adquirir seus bens natalinos em
shoppings estimaram um gasto médio com as compras de R$ 860,98. A única pessoa
encontrada e que estava dentro da média de gasto constatada pela pesquisa. não
faz parte do perfil daqueles que deixaram as compras para a última a hora. A
estudante Raiany Santos. 20 anos, revela que fez suas compras de Noel em setembro.
"Apesar de dizerem que no Natal tem muita promoção. sei que é tudo mentira
e por isso compro antes". declara. Mesmo tendo feito as compras
antecipadas, ela confessa ter gastado uma média de 800.
Já a
professora aposentada. Regina Costa. 62 anos, portava muitas sacolas e já havia
gastado mais do que o previsto. Ela contou que teria que presentear cerca de 15
pessoas, já havia gasto aproximadamente R$ 1.200, mas que ainda faltavam coisas
para comprar. Empresário do ramo de produtos naturais, Leandro Ferreira. 37
anos, confessou que ainda não havia feito suas compras e que gastaria no mínimo
R$ 2 mil com brinquedos e roupas.
600 MIL NAS RUAS
A presidente
da Acieg, Helenir Queiróz, acredita que nesses próximos dias 600 mil
consumidores "invadam" as ruas da Capital. Ela lembra que "a
pesquisa do Grupam só mensura os consumidores de Goiânia e não podemos esquecer
que vem muita gente do interior de Goiás e até de outros Estados”. Ela se diz
muito otimista quanto à projeção de faturamento feita pelo instituto.
Helenir
esclarece que uma pesquisa de mercado "é de grande importância por ajudar
o comerciante a se organizar e se preparar para as possibilidades de venda que terá".
Lembra que o estudo mostra o comportamento do consumidor, qual o tipo na
quantidade de gastos pretende fazer e, principalmente, que a grande maioria dos
consumidores ainda não fez suas compras. Helenir se diz otimista com as vendas
deste natal. Lembra que a pesquisa sinaliza para um aumento bastante
significativo no consumo. Fala que "esse recorde já é bastante positivo".
Contudo, não descarta a possibilidade de que as vendas sejam superiores do que
a média prevista pela pesquisa devido aos consumidores vindos de outras
localidades.
Fonte: Jornal Diário da Manhã
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